quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O futuro é grátis?

Revista Superinteressante - Ed. 268 - Ago/2009 - Tendências

Chris Anderson, jornalista, pensador do mundo moderno e autor de A Cauda Longa, lançou nos EUA no começo de julho seu mais novo livro, Free: The Future of a Radical Price ("Grátis: O Futuro de um Preço Radical"). Na obra, ele defende que os avanços da tecnologia e da internet vão fazer proliferar cada vez mais produtos grátis, como o celular que a operadora dá quando você compra um plano de minutos. A teoria é atraente, mas desagradou a outro jornalista, pensador do mundo moderno e autor de livros, o inglês Malcolm Gladwell, que não vê lógica no universo grátis de Anderson. Entenda os argumentos de cada lado:

"Tudo que o Google faz é de graça para os consumidores, do Gmail ao Picasa ao HOOG-411. (...) O surgimento da economia do grátis é impulsionado pelas tecnologias que sustentam a internet. Assim como o preço do processamento de dados cai pela metade a cada 18 meses, o preço da banda larga e de armazenamento cai ainda mais rapidamente. (...) Nunca houve um mercado mais competitivo do que a internet, e todos os dias o custo marginal da informação digital se aproxima do zero". Chris Anderson

"Esse é o tipo de erro que os utópicos da tecnologia cometem. Eles assumem que sua revolução científica vai apagar todos os traços das antecessoras. [Anderson] dá o exemplo da indústria farmacêutica. Mas se esqueceu das usinas de energia e cabos elétricos. A parte cara de fazer remédios nunca foi o que acontece no laboratório. É o que acontece depois, como os testes clínicos, que podem demorar anos e custar centenas de milhões de dólares. (...) Nesse caso, a informação não quer ser barata. Ela quer ser muito, muito cara." Malcolm Gladwell


E vocês, de que lado estão? Justifiquem.

17 comentários:

  1. Se observarmos o caminho em que estamos hoje, podemos observar que realemente a tecnologia e a internet vem se tornando cada dia mais barata, e até gratuita muitas vezes. Uma das revoltas diante disso são as pessoas que compraram a enciclopédia barsa, que depois que do surgimento do Google e tudo que ele oferece mais e melhor, as pessoas não sabem o que fazer com aquilo. A internet propiciou uma aproximação da informação ás pessoas de forma gratuita. Hoje, as empresas estão vendo como que a força da marca depende muito mais do número de usuários/consumidores do que do lucro pelo produto propriamente dito. Com o sucesso do Google e o big bang das redes sociais e tudo mais, creio que vamos chegar a essa tecnologia e informação gratuita mesmo. Claro, não é totalmente de graça. Somos envolvidos nesses meios e claro que um dinheiro acaba saindo do nosso bolso por isso. E claro, esses meios não são associações caridosas, claro que eles lucram pra isso. Mas eu acredito que as empresas que vão ganhar o consumidor são as empresas que mostrarem pensar mais neles do que nelas.

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  2. Acredito mais na opinião de Malcolm Gladwell. Na verdade não da forma em que foi colocado pelo autor mas que esse mundo moderno grátis, na minha opinião é apenas uma falsa ilusão de que você se beneficia de " agrados" dados por determinadas empresas, como as de celulares, como foi dado de exemplo no texto de Chris Anderson.
    Muitos se iludem do fato de estarem ganhando celulares considerados caros, mas não percebem que a grande verdade é a de que estão pagando por eles, ao aumentar o custo de sua conta telefônica, o simples fato de terem um aparelho moderno não indica que o lucro total é do cliente, e sim da operadora, que ganha cada vez mais clientes com contas mais gordas. Contas essas que nem podem ser pagas. Sem contar o fato de ao assumir o compromisso de pagá-las o consumidor se vê preso a operadora, sendo obrigado por contrato a ser fiel aquela operadora por um determinado período de tempo, lucrando com esse consumir que muita das vezes não necessita de determinada conta, e sim de um aparelho moderno que o da credibilidade perante a sociedade contemporanea.Na minha opinião, nada é de graça, sempre a um interesse por trás de promoções como essa, podendo sim em casos específicos ser benéfico para ambas as partes, mas prejudicial na maioria delas.

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  3. Concordo com a opinião de Malcolm Gladwell, na realidade isso tem acobtecido com uma frequência muito grande, como nas promoções,onde os preços são aumentados e em cima deste novo preço você ganha às vezes até 50% de desconto,e você se ilude achando que saiu ganhando,quando na verdade você pagou por aquilo. Afinal,quem quer trabalhar de graça? Quam não quer ganhar dinheiro? Acho improvável que as pessoas utilizem meios de simplesmente doar serviços ou produtos para outras pessoas sem receber nada em troca. Usando do mesmo exemplo dado pelo autor, na indústria farmacêutica,realmente se barateou o custo da fabricação dos medicamentos,mas o custo dos estudos ,dos testes,da comercialização e da informação custa caro,e os laboratórios não tem o mínimo interesse de baratear sua comercialização,já que investiram tão caro nos medicamentos,eles necessitam de retorno. Essa relação de ser grátis é apenas uma ilusão para os clientes que muitas vezes pagam maios caro pelo serviço do que pelo próprio produto.

    Stephanie Paula Valadares Alvares

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  4. Discordo que o futuro vai ser gratis. Aquele ditado da vovò que quando a esmola é muita o santo desconfia, nada é de graça, tudo tem seu preço, e o preço é maior ou menor de acordo com o interesse. No inicio dos celulares, o grande problema era o aparelho, conseguir um era o problema, por que so existia a operadora do governo. Depois que foi liberado para as empresas, o problema era a operadora, a concorrencia é tão forte que elas fazem planos para que os usuarios fiquem com elas, em consequencia, os telefones fisicos não eram mais o problema já que a variedade é muito grande.
    Podemos concluir que esses bonus e celulares que ganhamos quando assinamos com uma operadora não é nada comparado à uma conta mensal que em poucos meses o aparelho e os bonus estarão pagos e a operadora ainda vai ganhar uma boa quantia para ela.

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  5. Eu sigo a teoria de Chris Anderson, acho que sim, cada dia mais os produtos tentem a ser mais baratos ou ao mesmo de graça. Com o andar da tecnologia, a facilidade de compra e vários outros recursos, creio que muitos produtos tenham o preço reduzido, fazendo que as empresas cobrassem muito mais pelo serviço do que o aparato físico. O exemplo mesmo dos celulares, as empresas te entregam o aparelho com o custo quase zero, mas prendem o cliente em seus serviços, tendo o produto, mas pagando por uma longa data para o uso dos recursos oferecidos. Telefones celulares com acesso a internet são cobrados por plano de uso ou tempo de permanência online.
    Por outro lado, serviços que não são vinculados a um produto também seguem a mesma linha de tarifa reduzida. Na internet quase tudo é de graça e o que se paga é um pós-serviço, seria como ter um e-mail normal, mas se você optasse por uma conta “premium” poderia ter recursos além do tradicional, tendo uma maior facilidade do uso, um suporte técnico ou até mesmo acesso a conteúdo restrito do mesmo.

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  6. Acredito na teoria do Chris Anderson. Assim como na telefonia celular, ninguem acreditva que isto seria possivel. O ultimo post deste blog ja mostrou que ate mesmo a internet passara uma queda nos valores, podendo chegar ao custo zero para o conusmidor. De acordo com webinsider, da uol, o que o Chris Anderson defende é que os serviços basicos serao 100%gratis e as empresas ganharao por serviços adicionais. Assim como telefonia celular. Um exemplo de como funcionaria é dado atraves do flirck. Hoje esta ferramenta é disponibilizada a tds os usuarios, porém ha uma capacidade maxima de armazenamento. Hoje são cerca de 10milhoes de usuarios desta ferramenta. Para aqueles que desejam ter espeço ilimitado é cobrado US$49 anuais, imagine se 1% pagasse por isso. Seria 100 mil pessoas gerando perto de US$5 milhoes por ano. Acredito que esta sera a saida para o "futuro gratis". E esta é a "filosofia" adotada pela GOOGLE. Como tera quem funcione assim, dificilmente uma empresa que pensa o contrario sobriveria.

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  7. Acredito na teoria de Chris Anderson, mas não seria tão radical. Os serviços em tecnologia barateiam cada vez mais, devido a concorrência e à própria estrutura da internet. A informação hoje já tem o custo zero para o consumidor.

    Atualmente, quem paga os serviços utulizados pelos usuários, são as empresas que anunciam nos sites, ou que patrocinam um certo serviço na web. Um exemplo disso são sites que utilizam os Ads by Google. Colocando os Ads, o site ganhará dinheiro por cliques nos anúncios, e tento bom conteúdo, serviços ou produtos grátis, terá mais acessos e consequentemente, mais cliques.

    Outra forma de ganhar dinheiro na web, é o exemplo dado pelo Rafael e Ignus, onde são cobrados por serviços adicionais. Por obter uma conta com mais privilégios e ferramentas em sites como flickr, olhares, sites de estoque de fotos, etc...

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  8. Eu concordo com Malcolm Gladwell, com esse fornecimento de serviço ou produto gratuito iremos perder em avanços, pois os pesquisadores não terão estímulos para fazer grandes pesquisas, os investidores não envolveriam verbas altas para depois ter que vender seus produtos ou serviços por preços baixos ou disponibilizá-los gratuitamente. Fora que nada neste mundo é gratuito, iremos ter que pagar de alguma forma, e com certeza os fornecedores que utilizam essa forma não entrarão para perder. Isso sairá muito caro.

    Rosivaldo Pereira Gonçalves

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Fico em dúvida de que lado estou nessa discussão. Olhando pelo ponto de vista de Chris Anderson é verdade que hoje há uma acessibilidade gratuita para quase todo tipo de produto e serviço, principalmente pela rápida evolução da tecnologia e também pela "briga" entre concorrentes. A internet é um dos grandes meios que proporcionam a nós consumidores essa facilidade em usufruir de serviços gratuitos. Por outro lado acredito que a teoria de Malcolm Gladwell é valida se pensarmos que há um interesse por trás de cada ação feita por empresas. Exemplo clássico, como algumas pessoas já citaram aqui, é o do celular grátis. Mas que por trás dessa vantagem oferecida pela empresa, o lucro para as mesmas vem pelos serviços que elas disponibilizam como acesso a internet pelo celular. Acredito que de uma forma ou de outra há sempre um interesse maior, e a preocupação do quanto realmente custará um porduto ou serviço para o consumidor final.

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  11. Um mundo grátis parece utópico, mas a análise sobre o custo marginal da informação de Chris Anderson faz sentido quanto à que novos valores isso pode trazer a produtos e serviços.
    Penso nessa análise em um cenário mais simples, dos serviços e produtos que muitas vezes são oferecidos como prêmio a que compra uma tecnologia. Chris Anderson defende "o surgimento da economia do grátis é impulsionado pelas tecnologias que sustentam a internet". Isso quer dizer que a internet é mantida por novas tecnologias que agora são impulsionadas por produtos e serviços grátis.

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  12. Thiago Campos

    Concordo com Chris Anderson.

    Pelo andar da carruagem, os produtos vão ficar cada vez mais baratos, e as empresas passarão a cobrar pelos serviços.

    Caberá à publicidade trabalhar lado a lado com as empresas para desenvolver novos serviços, e acho que isso trará sim avanços tecnológicos, pois à medida que os serviços se tornarem mais complexos, haverá a necessidade do desenvolvimento de diferentes bens de consumo para suportar tais serviços.

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  13. Na minha opinião é apenas uma falsa ilusão de que existe o mundo grais mas por outro lado acredito que a teoria de Malcolm Gladwell é valida se pensarmos que há um interesse por trás de cada ação feita por empresas, acredito que de uma forma ou de outra há sempre um interesse maior, e a preocupação do quanto realmente custará um porduto ou serviço para o consumidor final.
    A preocupação do quanto realmente custará um porduto ou serviço para o consumidor final.

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  14. Acredito que os dois estudiosos têm um pouco de sentido. Acho que o lado pratico do primeiro faz enorme sentido. Mais penso que o segundo tem enorme razão ao dizer que o remédio tem um custo elevado por ter milhares de pesquisadores e laboratórios trabalhando em pro do cura das doenças.Acho que a questão tecnológica tem razão maquinas como celular cada dia são de valores menores pois pela concorrências os consumidores optam pelo plano que tem um custo X e não pelo aparelho que nesse caso não tem valor para empresa.portanto acho que o primeiro autor tem muito fundamento em dizer que empresas de tecnologia cada dia que passa são submetidas a diminuir a margem dos produtos para conseguir vender um serviço.

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  15. Natasha Surette

    Não sei se o futuro é gratis, mas estamos a caminho disso.
    há uns 10 anos atras ao baixarmos músicas tinhamos que pagar o programa, as músicas e etc, nos dias de hoje é ao contrario não pagamos absolutamente nada, é filme, música, programas de computrador e etc é tudo grátis.
    não sou muito a favor não, acho que tem certas coisas que devemos pagar pra ter direito de uso, intelectuais escrevem livros, elaboram programa elaboradissimos de computador e etc, acho que nesses casos devemos pagar sim.

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  16. "PROFESSOR ESSE COMENTARIO FOI FEITO DIA 16 DE NOVEMBRO, ESTOU POSTANDO DE NOVO COMO VC ME PEDIU."
    NATHALIA
    Na minha opinião é apenas uma falsa ilusão de que existe o mundo grais mas por outro lado acredito que a teoria de Malcolm Gladwell é valida se pensarmos que há um interesse por trás de cada ação feita por empresas, acredito que de uma forma ou de outra há sempre um interesse maior, e a preocupação do quanto realmente custará um porduto ou serviço para o consumidor final.
    A preocupação do quanto realmente custará um porduto ou serviço para o consumidor final.

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  17. Nesse caso eu tenho que concordar com a opinião abalizada de Malcolm Gladwell. Realmente um aparelho celular que sai por R$ 1,00 terá sua compensação ao longo de 24 meses de contrato. Essa foi uma forma encontrada pelas operadoras de agradar seus clientes, mas ao mesmo tempo de fidelizá-los por um tempo maior e possibilitando o payback, ou seja, o retorno do investimento que foi feito ao se oferecer o celular moderno com design arrojado.

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