segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Entenda, passo a passo, a fraude da Volkswagen nos EUA 85



Por André Deliberato e Eugênio Augusto Brito - Do UOL, em São Paulo (SP) - 24/09/2015

A Volkswagen passa por um momento complicado, com queda de ações, prestígio e (possivelmente) vendas, após denúncias de fraudes em testes de emissões e poluentes nos Estados Unidos. A marca vai divulgar nesta sexta-feira (25) quais são os modelos envolvidos no esquema (o total de unidades pode chegar a 11 milhões).

As acusações motivaram outros países a também abrir investigação contra a companhia, como Alemanha, França, Itália, República Checa e Coreia do Sul. Foi o estopim para a queda do ex-chefão da marca, Martin Winterkorn, que pediu demissão nesta quarta (23). Outros executivos, como o CEO americano Michael Horn, também devem cair.

No Brasil, o único carro que pode contar o software "mentiroso" -- trata-se de um chip que funciona apenas em inspeções, mas que polui normalmente na rua -- é a picape Amarok, equipada com o motor 2.0 TDI de 180 cv. A Volkswagen brasileira ainda não se pronunciou porque também aguarda a divulgação da lista.

Entenda o que houve

No início desta semana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação penal contra a montadora alemã por conta de um software utilizado pela marca para fraudar resultados de testes de emissão de poluentes em quase 500 mil automóveis movidos a diesel naquele país. A fraude foi descoberta por pesquisadores da Universidade West Virginia.

Com o escândalo, representantes da Volkswagen, nos EUA e também na Europa, admitiram o esquema e informaram que o dispositivo eletrônico equipa mais de 11 milhões de automóveis movidos a diesel feitos pela marca e suas subsidiárias (como Audi e Seat, por exemplo) em todo o mundo.

Desde que o caso se tornou público, as ações da Volkswagen acumulam queda de 20%, com expectativa de prejuízos na casa de bilhões. A cúpula da montadora já separou 6.5 bilhões de euros para custear as primeiras despesas, e espera multa de até US$ 18 bilhões só nos EUA.

Prezadas e Prezados, comentem essa notícia e quais os possíveis impactos no comportamento do consumidor de automóveis. Mas pensem "fora da caixinha", menos senso comum e mais senso crítico, iniciando por tentar responder questões como "esse escândalo é causa ou consequência do comportamento do consumidor contemporâneo?" Lembre-se que não há uma resposta propriamente certa, mas um linha de raciocínio coerente e realista.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Aula Sábado 26 de setembro: Sustenbilidade e Relações de Consumo



Não é possível qualquer discussão hoje sobre Comportamento e Relações de Consumo sem que a Sustentabilidade faça parte da pauta.

Desde quem produz os produtos/serviços até o consumidor final, palavras de ordem como reuso, reaproveitamento, reciclagem doméstica e reversa, preservação do meio-ambiente, lixo eletrônico, esgotamento de recursos, consumismo e consumerismo entre tantas outras fazem parte deste novo cenário de consumo global e, ainda mais, local e pessoal.

Para que possamos estar inteirados destas temáticas, uma das nossas aulas de reposição aos sábados irá acontecer neste próximo fim de semana.

Oficina: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE

Palestrante: Ana Maria Yagelovic
Dia: 26 de setembro – Sábado
Hora: 9h30 – 12h30
Sala 10 – Campus Liberdade

Aqueles que estiverem presentes e escreverem comentários NESTE blog sobre as temáticas abordadas e o comportamento do consumidor (entre 180 a 250 palavras), uma vez pertinentes as observações, já terão garantidos 2 pontos dos Estudos Dirigidos e/ou participação no Blog. 

Nos encontramos lá.

 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

5 motivos que fazem as pessoas compartilharem conteúdo nas Redes Sociais


Por Amir Faria - Análise Digital - 1/9/2015 - traduzido do artigo original de Buffer Social, de Mridu Khullar Relph 


Saber o motivo pelo qual as pessoas compartilham conteúdo é o sonho de qualquer analista de redes sociais. Pois bem, ainda bem que temos nossos amigos psicólogos para pesquisarem isso para nós. Seguem 5 motivos (dentre muitos outros existentes):


1 – Neurociência: Nós compartilhamos para entreter, inspirar e para sermos úteis

Apesar de que nas Redes Sociais as pessoas tendem a focar nelas mesmas, de praticarem muitas vezes um comportamento narcisista, o principal motivo que faz as pessoas compartilharem coisas no Facebook e Twitter segundo uma pesquisa é para serem úteis para outras pessoas.


Em 2013, um estudo conduzido pela UCLA, os pesquisadores, pela primeira vez, conseguiram determinar quais as regiões do cérebro estão associadas com ideias que se tornam contagiosas e quais regiões estão associadas com o fato de sermos comunicadores eficientes. O pesquisador Matthew Lieberman, professor da UCLA, afirma em seu livro Social: Why Our Brains are Wired to Connect:

Nosso estudo sugere que as pessoas estão regularmente atreladas ao fato de como as coisas que elas estão vendo serão úteis e interessantes, não apenas para elas mesmas, mas para outras pessoas.

2 – Psicologia: Nós compartilhamos para expressarmos quem nós somos de fato

Em 1986, os psicólogos Hazel Markus e Paula Nurius reconheceram que existe uma disparidade entre o nosso “eu agora” e o nosso “possível eu”.


Em um estudo publicado na época, eles desenvolveram o conceito do nosso “possível eu”:

  1. É o “eu” que idealizamos de como gostaríamos que fôssemos
  2. É o “eu” que nós poderíamos nos tornar
  3. É o “eu” que temos medo de nos tornarmos
O primeiro “eu”, a versão idealizada de nós mesmos é o que nós frequentemente nos espelhamos para podermos compartilhar nas Redes Sociais.

Neste caso, estamos desenvolvendo em nossas mentes esse possível “eu” de quem somos ou quem podemos ser um dia, e então compartilhamos coisas que estejam alinhadas com essa visão.
Quando compartilhamos por esses motivos, algumas vezes compartilhamos coisas ligadas ao nosso “eu” idealizado, de quem gostaríamos de ser.


3 – Comunidade: Para nutrir nossos relacionamentos

Sabe aquela postagem que você marca vários amigos seus ou aquela postagem que você só compartilha pra marcar alguém? Pois é, é o caso desta categoria.


Em uma pesquisa realizada pelo The New York Times Customer Insight Group em conjunto com o Latitude Research, os pesquisadores constataram que 78% das pessoas que responderam as pesquisas compartilhavam informações nas Redes Socais porque as informações as possibilitavam manter contato com pessoas que elas normalmente não manteriam.


Além disso, 73% das pessoas entrevistadas disseram que elas compartilhavam informações porque as informações as permitiam se conectarem com pessoas que compartilhavam de interesses semelhantes, para se aproximarem de pessoas com os mesmos interesses.


4 – Motivação: Para se sentir mais envolvido

Em uma pesquisa antiga mas ainda bem atual, de 1966 da Harvard Business Review, o pesquisador Earnest Dichter constatou que 64% das pessoas compartilham uma informação (não apenas nas redes sociais) por motivações pessoais. Ditcher numerou 4 motivos pela qual as pessoas falam sobre uma marca:

  1. Experiência pessoal – cerca de 33% das pessoas gostam de falar sobre suas experiências pessoais e sobre as experiências únicas que tiveram com uma determinada interação com uma marca
  2. Auto afirmação – cerca de 24% gostam de receber atenção das pessoas, mostrar conhecimento sobre algo ou mostrar às pessoas que ela faz parte de um grupo exclusivo, que possui informações exclusivas
  3. Ser gentil – cerca de 20% das pessoas buscam ser altruístas e compartilham conhecimento com as demais pessoas (seja uma e compartilhe este artigo :) )
  4. Influenciadas por propagandas – cerca de 20% das pessoas são influenciadas pelo valor de entretenimento das propagandas e estão propensas a falarem de marcas que as entretêm. Ou seja, conteúdo inteligente e divertido tendem a ser mais compartilhados (meio óbvio).

5 – Altruísmo: Mostrar apoio ou aprovação à algo
No relatório da New York Times Customer Insight Group Report, 84% das pessoas que compartilham algo disseram compartilhar pelo seguinte motivo:

é uma forma de apoiar causas nas quais elas se importam

O relatório vai adiante e afirma que 85% dessas pessoas disseram que ter lido as respostas de outras pessoas sobre o assunto as ajudaram a entender e processar melhor as informações desses eventos. Portanto, nós não apenas compartilhamos informações de causas que são interessantes à nós mas nós também interagimos com causas que são importantes para outras pessoas, se essas pessoas investem tempo compartilhando informações conosco através das Redes Sociais. Lembram do desafio do balde de gelo?


Este artigo foi escrito com base neste post da BufferApp.

Prezadas e Prezados, qual dos motivos lhes parece ser o mais adequado? Defenda sua posição. 

Esse tópico foi sugerido pelo colega Diego Siuves. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Aula Sábado 19 de setembro: Panorama das Teorias da Comunicação



Prezada/os Estudantes

Conforme já sabem, teremos atividades em alguns sábados para complementar a nossa carga-horária.

A disciplina Comportamento do Consumidor irá trabalhar junto com os projetos gerais do curso.

E o primeiro acontecerá neste sábado:

Palestra/Oficina Panorama das Teorias da Comunicação
Palestrante: Prof. Carlos Jáutejui
Dia: 19 de setembro
Horário: 8:30 às 12 horas.

Será passada uma lista de presença, uma vez que trata-se de carga-horária do curso.

Como trabalho opcional, aqueles que desejarem pontos extras, devem enviar para o meu e-mail um pequeno texto (entre 350 e 500 palavras) que responda a seguinte solicitação:

"Descreva as aproximações entre as teorias da comunicação explicadas na palestra com as teorias do comportamento explicadas em sala até o momento".

O trabalho valerá até três pontos, a serem acrescentados ao final do semestre.

Abraços e até lá.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Bem-vindos à Zuckernet: os efeitos de conhecer o mundo através de uma única rede social

A reportagem ilustra a preocupação de Eli Pariser, que elaborou a ideia do "filtro bolha", ou seja, os sites de redes sociais filtram somente visões de mundo de acordo com o seu pensamento e, assim, não dá oportunidade para o contraditório.
Mas quase 100% deles não fazem ideia de que o Facebook edita o que eles veem em suas timelines; de que essa rede social tem um algoritmo escrito por um menino de 26 anos que define o que 1,4 bilhão de pessoas no mundo devem ler; e de que isso empobrece nossa visão de mundo e fere um princípio básico da internet, o de fornecer acesso à informação sem censura e sem filtro.

Os mais apocalípticos dizem que o Facebook é a verdadeira Deep Web, porque tudo o que está ali não é nem indexável nem buscável — pelo menos para nós. Os cientistas de dados da rede social têm acesso ao que 20% da população mundial curte, compartilha, comenta, consome, lê, se interessa, em quem vota, o que come, com quem se relaciona, o que compra, o que ama, o que odeia e tudo o mais que despejamos no Facebook diariamente.

Além de essa inteligência (capaz de prever resultados de eleições) ser vendida para marcas, governos e organizações, há notícias de que são realizados experimentos questionáveis com essa base de usuários. Um desses experimentos vazou para a mídia uma vez, quando eles manipularam as emoções de milhares de usuários só porque... podiam! Isso é o que sabemos, mas existem coisas acontecendo no backstage da nossa rede social favorita de que nem fazemos ideia e que nos afetam diretamente.

Com o objetivo de fazer a rede social ser cada vez mais relevante para os usuários (para que eles não saiam nunca de lá) e com a grande e autoproclamada missão de levar a internet para os dois terços da população mundial que não têm acesso a ela, o Facebook toma medidas extremamente centralizadoras e questionáveis. O Internet.org, seu projeto ~altruísta~ de levar internet gratuita a populações carentes, é uma delas. A pessoa não ganha acesso a toda a internet, ganha acesso ao Facebook e a mais uma pequena porção de outros sites.

Ou seja, a medida expande a base de usuá­­rios do Facebook (que precisa crescer) e corrobora a visão de uma grande parcela de usuários de que o Facebook é TODA a internet. A rede social tornou-se a primeira e principal experiência wébica que muita gente tem aqui no Brasil, e uma parcela enorme dos brasileiros conectados não co­­nhece nada na internet além do Facebook.

Inclusão digital é algo maravilhoso, mas conhecer o mundo através do olhar e das regras de uma única rede social, sem experimentar a verdadeira web, que é livre, colaborativa e criativa, é problemático. O Facebook não é a internet, é a Zuckernet — um cachorro gigante que corre na sua direção e que vai arrancar a sua cabeça... na base da dentada ou da lambida.

Beatriz Granja é Founder e curadora do youPIX e cocuradora da Campus Party Brasil. Seu trabalho busca entender como os jovens brasileiros usam a rede para se expressar e criar movimentos culturais .

Prezadas e Prezados, vocês notaram se isso acontece com vocês? Deem sua opinião sobre o artigo. 

Esse tópico foi sugerido pela colega Gabriela Ketren, da turma A, que sugeriu a leitura de um artigo mais completo que saiu na SuperInteressante de junho/2015, edição 348.

sábado, 12 de setembro de 2015

Estudo Dirigido I: Teorias Motivacionais

Olá Pessoal, seguem algumas instruções:


O trabalho é individual para aqueles que não estiveram presentes nos dias 8/9 (Turma A) e 10/9 (Turma B).
 
Para aqueles presentes, fazer grupos de, no máximo, 3 componentes.
 
Consulte suas anotações, o livro base da disciplina, os textos no Material Didático, vá à internet e o Plano de Aula (lá, inclusive, tem as indicações de páginas de cada conteúdo).

1)    Quais as diferenças entre motivo, incentivo e impulso? Dê exemplos.

2)    Achem as palavras-chaves referentes a cada teoria motivacional:

Teoria Econômica

Teoria Behaviorista


Teoria Psicanalitica
        
Palavras (estão misturadas): atributos, condicionamento, conflito, ego, frustração, gratificação; hábito, id, identificação, impulso, inconsciente, maximização, observação, preferências, produto, projeção, punição, repetição, satisfação, sexo, sublimação, superego, transitividade. 


3)  Vocês vão apresentar ao cliente (o Ministério das Cidades) a peça acima representada pelo cantor Luciano.

O cliente, no entanto, não poderá recebê-los e vocês terão que enviar a defesa via e-mail com apenas algumas linhas.

Como sabem, os bons publicitários buscam as motivações do seu público-alvo (no caso da peça, os motoristas) para entendê-los e acionarem suas motivações. No entanto, o que são as motivações é tema de visões diferentes, dependente de cada teoria.

O estudo solicita, portanto, que façam a defesa da peça publicitária utilizando-se dos argumentos das teorias sobre motivação até agora estudadas: econômica, behaviorista e psicanalítica.

Não precisam ser defesas muito elaboradas, apenas para que possam resgatar suas anotações e o entendimento sobre a visão de cada uma das maneiras de se ver as motivações. Podem fazer um quadro como o de baixo.

Teoria
Argumento
Econômica




Behaviorista




Psicanalítica





Para os demais exercícios, utilize peças publicitárias de revistas ou jornais:
4)   Selecionem um anúncio de uma revista com ênfase aparente em cada uma das características psíquicas do adulto (Id, Ego e Superego) (total de três anúncios). Justifique a escolha em poucas palavras. 
5)   Selecionem um anúncio com ênfase aparente em cada um dos processos de negação ou expressão de nossos desejos (projeção, identificação e sublimação) (total de três anúncios). Justifique a escolha em poucas palavras. 

6)   Selecione um anúncio que exemplifique os arquétipos de Carl Jung. Justifique a escolha em poucas palavras
Atenção: Os anúncios podem ser coincidentes
(ou seja, um anúncio pode servir para ilustrar dois ou mais itens acima). Só não se esqueçam de numerar para que se possa avaliar sobre cada item.

Datas de entrega: Turma A - 15 de setembro e Turma B - 17 de setembro

Entregar impresso!