segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Estudo Dirigido IV - Novos Hábitos de Consumo



·        Façam trios, ou faça individualmente.
·        Consulte suas anotações, o livro base da disciplina, os textos no Material Didático, vá à internet...
·        Dia da entrega e apresentação*: 3 de dezembro (Turma LBB) e 7 de dezembro (Turma LBA) – IMPRESSO e E-MAIL (claudio.marcio@prof.una.br
·        O texto deve ter, no mínimo, 5.000 caracteres (c/espaço).

1)      Analisem a reportagem abaixo:


Economizar no básico para manter o supérfluo

Novo perfil. Brasileiro adota mesmo tipo de comportamento observado no consumidor europeu durante a crise econômica mundial de 2008.
Por Igor Veiga - Metro Belo Horizonte - 14/10/2015
 Sabe aquela história de que em tempos de crise todo mundo corta os pequenos luxos para manter o básico? Só que esse conselho tão pregado pelos economistas não corresponde ao atual comportamento de compra dos brasileiros. Um estudo recente da dunnhumby, empresa inglesa especializada em ciência do consumidor, analisou hábitos de 22 milhões de consumidores no país por três meses e constatou que, mesmo em meio à crise, os brasileiros têm economizado em produtos básicos para não abrir mão do que pode ser considerado como item supérfluo.
Comportamento idêntico foi observado no consumidor europeu durante a grave crise econômica que se instalou na Europa, em 2008. Conforme o estudo, os brasileiros estão poupando em alguns itens básicos de sua cesta para poder "esbanjar" em outros, fazendo também avaliações de quando economizar em itens básicos ou menos importantes para poder comprar outros produtos de maior valor afetivo ou especiais. É o cliente "econômico extravagante", uma adaptação da expressão em inglês "save and splurge". 
"Essa é a ponta do iceberg de uma mudança bem maior. Temos um novo consumidor, que não quer abrir mão de seus ganhos de padrão de vida, conquistados durante a última década e que, para isso, economiza em produtos mais básicos para manter os seus pequenos luxos e indulgências", afirma Adriano Araújo, diretor-geral da dunnhumby no Brasil. 
Ainda segundo o pesquisador, não se trata de um movimento exclusivo da classe C, mas sim um comportamento que tem acontecido em todas as classes sociais. A pesquisa detectou, por exemplo, que as classes C e D têm optado por comprar produtos mais baratos de limpeza, higiene pessoal e farináceos para manter seus gastos com refrigerantes, frios e sobremesas. 
Já os brasileiros da classe A e B têm economizado em massas secas, laticínios e itens de mercearia em geral para manter seus gastos com cereais saudáveis, doces, sobremesas e bebidas não-alcoólicas. Esse novo consumidor de alta renda tende a trocar parte do consumo em carne bovina por cortes de aves, em vez de passar a comprar cortes mais baratos de carne de boi. 
8 ou 80
Com o atual cenário de crise econômica, o brasileiro tem comprado mais marcas premium e as do outro extremo, as mais baratas. Os produtos com valor médio têm ocupado menos espaço no carrinho de compras. Uma outra pesquisa da dunnhumby investigou o consumo de seis categorias de produtos e detectou que, para economizar, os consumidores estão comprando menos doces e sobremesas, além de salgadinhos e congelados. Das categorias pesquisadas, o que chama mais atenção são as cervejas. Para fugir dos preços mais altos, 56% dos entrevistados afirmaram que têm frequentado menos bares e restaurantes com a crise e 40% deles disseram que passaram a comprar mais cerveja para tomar em casa.
Corte de gastos
Com uma inflação de 9,5% registrada em setembro, o pior índice no país desde 2003, oito entre dez brasileiros tiraram menos o 'escorpião' do bolso nos últimos 12 meses, conforme levantamento feito pela agência Hello Research, especializada em pesquisa de mercado. Comprar roupas novas, gastar com lazer e comer fora foram as atividades mais afetadas.



2)      Seu cliente pediu que fizesse uma análise BEM DETALHADA e CUIDADOSA sobre a reportagem, para que vocês pudessem ajudá-lo a entender esse novo consumidor.
Vocês deverão utilizar as referências e os conhecimentos adquiridos durante a disciplina. Para a avaliação do professor, será IMPRETERÍVEL que deixem claro quais foram esses conhecimentos e como foram trabalhados fazendo sentido com a reportagem. Ou seja, o professor/avaliador deve ver, OBJETIVAMENTE, sobre quais assuntos tratados em sala foram utilizados para a análise.

Podem haver DOIS tipos de relatórios:

1) Relatório de análise de perspectivas e tendências, onde o grupo irá conjecturar sobre o que pode ou não acontecer e 

2) Relatório de contextualização, que comprovem as temáticas abordadas, utilizando, como exemplos, anúncios publicitários ATUAIS (colocar data de publicação e revista/jornal veiculado). 

Os grupos/indivíduos devem escolher UM TIPO de relatório e deixar claro, no título, qual foi a escolha.

Em resumo, foram os tópicos tratados em sala:
A)    Tipologia
B)     Teorias da Motivação
C)     Necessidades e Desejos
D)    Percepção
E)    Personalidade
F)    Grupos e classes sociais
G)    Neurociência e consumo
H)  Influências Situacionais
            
      Ao final da análise, deverão ter sido citados, ao longo do texto, pelo menos SEIS dos tópicos aqui listados, sendo que Grupos Classe Sociais e Influências Situacionais são obrigatórios. Para que não haja dúvidas, DESTAQUE no texto (por item, por cores distintas; diferentes tipologias) quais tópicos estão tratando naquela parte do texto.
                                 
   Última dica: cuidado com os chavões do tipo “o brasileiro é assim”, pois, como viram na reportagem, seu comportamento pode (e deve) se comparado com outros consumidores. Lembrem-se que, no básico, temos características universais enquanto seres humanos, sendo brasileiros ou russos. Nos diferenciamos em níveis culturais e sociais, mas para que não seja confundido com características inatas (“o brasileiro nasce assim”), deve-se explicar sobre quais aspectos culturais e/ou sociais o brasileiro poderia se diferenciar de outros habitantes do planeta. E que não há um “brasileiro típico”, mas “brasileiros”.

3)      O texto deve ter, no mínimo, 5.000 caracteres (c/espaço).

4)      A apresentação será opcional, mas ajudará no esclarecimento ao professor de questões que, porventura, não estejam claras, ou mesmo na correção de eventuais erros ANTES da nota final.