terça-feira, 26 de março de 2013

Os jovens sabem a importância do propósito?

Os jovens sabem a importância do propósito?
A geração Y necessita, com urgência, estabelecer um significado para sua própria existência

Por Sidnei Oliveira - Click Carreira - 7/3/2013

Já faz algum tempo que tenho percebido o comportamento aflito dos jovens. É muito comum ver esses jovens ansiosos com os possíveis caminhos que podem ou devem tomar, sempre tomados por pressões pessoais que tentam garantir que se façam escolhas não só corretas, mas sobretudo “espetaculares”. Tudo acontecendo de forma acelerada e simultânea, como se a quantidade de possibilidades pudesse garantir um resultado satisfatório e talvez até a felicidade em cada passo dado. Esses jovens dedicam uma enorme energia em serem um sucesso e serem reconhecidos por isso. Entretanto, toda essa energia não está trazendo os resultados esperados. Frustração, decepção com a carreira e ansiedade extrema para novos desafios são características cada vez mais presentes, levando os jovens a ações sem foco e com o consequente resultado frustrante.

O que acontece? Com todos os recursos, todo o acesso às informações, todo o cenário atual, não era para estar acontecendo justamente o oposto?

Os jovens da geração Y tiveram o privilégio de desenvolverem uma grande intimidade com toda a tecnologia de conectividade e, portanto, se apresentam muito mais preparados para extrair todo o potencial dos comportamentos resultantes dos novos conceitos de comunicação. Normalmente, isso é associado a melhor desempenho e produtividade, contudo, é justamente aí que estamos observando os maiores desafios, pois os jovens foram expostos mais tardiamente às experiências que desenvolvem o conhecimento tácito.

Para suprir essa falta de conhecimento tácito, alguns jovens acreditam que quanto mais cenários diferentes experimentarem, mais estarão preparados. Essa é uma estratégia equivocada, pois confunde experimentação com absorção de experiência.

Creio que esteja na hora de o jovem refletir nos seus propósitos, contudo, isso também não é simples, pois esse conceito foi ligeiramente abandonado na sociedade moderna e os jovens, muitas vezes, nem entendem qual o real significado de se ter um propósito.

A geração Y necessita, com urgência, estabelecer um significado para sua própria existência. Cabe ao jovem decidir “para que” está realizando todo o esforço a que se submete diariamente. Qual é seu objetivo? Aquele que determina uma grande vontade de realizar. Aquilo pelo qual valha o sacrifício e que possa afirmar que é o seu propósito de vida.

Você já sabe qual é o seu propósito? Ainda não? Saiba que é exatamente aí que está o motivo de você ainda não ver sua vida avançar como deseja.

Prezadas e Prezados, essa foi uma contribuição da colega Viviane Aguiar. Aproveitem o texto e tentem responder as questões levantadas pelo artigo.

terça-feira, 19 de março de 2013

Mulheres fazem mais compras por impulso que os homens, diz SPC


Por G1, São Paulo - 12/03/2013

47% delas já consumiram motivadas por tristeza, angústia e ansiedade. Quase metade dos entrevistados chega ao fim do mês sem guardar dinheiro.

As mulheres tendem a fazer mais compras motivadas por impulsos emocionais que os homens, de acordo com estudo inédito encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgado nesta terça-feira (12). O objetivo da pesquisa era testar as práticas e o grau de conhecimento do brasileiro sobre educação financeira.

De acordo com os dados, 47% das mulheres entrevistadas já realizaram compras por impulso em momentos de tristeza, angústia ou ansiedade. Já entre os homens, este percentual cai para 37% dos casos.

Quando os consumidores admitem comprar movidos por algum impulso, a razão mais prepoderante entre as mulheres é a baixa autoestima (49%), como problemas relacionados à vaidade e insegurança com a própria aparência.

Já o público masculino se descontrola nas compras por conta da ansiedade com algum evento que se aproxima como viagens, férias ou festas (45%). Outros pretextos citados pelos entrevistados foram a tensão pré-menstrual, mencionado pelas mulheres em 32% dos casos; e situações de crise que envolvem o trabalho — segunda razão mais mencionada pela parcela masculina dos entrevistados (38%).

“Embora os fatores emocionais estejam mais associados às mulheres, a pesquisa detecta que o percentual de homens que faz compras por impulso também é elevado”, afirma, em nota, a economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos.

Na avaliação da especialista, o gradual processo de inserção de mulheres no mercado de trabalho e, consequentemente, o maior poder aquisitivo, fez com que elas passassem a consumir não somente para atender às necessidades básicas, mas inclusive, para saciar desejos, fato que sinaliza a necessidade de um aprendizado maior para lidar com o próprio dinheiro.

Economia
De acordo com o levantamento, 43% das mulheres e 41% dos homens chegam ao final do mês sem conseguir guardar nada de seus rendimentos. Dentre os que conseguem poupar, 70% das mulheres e 76% dos homens juntam dinheiro para garantir uma reserva financeira para ser usada em momentos de emergência.

O percentual dos que guardam dinheiro para aplicar em poupança ou comprar bens de consumo duráveis, como casas e automóveis, é maior entre os homens: 41% e 34%, respectivamente, contra 35% e 29% das mulheres.

“Ainda que a participação das mulheres no mercado de consumo tenha aumentado e tomado uma importância cada vez maior, a posição de ambos os sexos no ambiente de trabalho persiste de maneira desigual. Como em média a mulher recebe menos, é natural que ela poupe em razões de emergência, caso fique desempregada ou doente, em detrimento de outros tipos de investimentos mais caros”, explica Ana Paula Bastos.

Planejamento
Quando perguntados se realizam algum planejamento orçamentário, a maioria dos homens afirmou fazer apenas o planejamento pessoal (34%), enquanto a maior parte das mulheres afirmou não fazer qualquer tipo de planejamento (35%).

Uma das principais diferenças constatadas pela pesquisa é a maneira com que homens e mulheres controlam suas despesas. Entre os entrevistados, 45% dos homens afirmam utilizar uma planilha eletrônica para computar gastos e custos contra apenas 23% do público feminino. As mulheres optam na maior parte dos casos pelo tradicional caderno de anotações (64%), que conta somente com 34% da preferência masculina.

“Como os homens estão inseridos no mercado de trabalho há mais tempo e, por consequência, estão mais habituados ao ambiente dos negócios, eles tendem a utilizar meios de pagamento ou controle de gastos digitais com mais frequência que as mulheres”, esclarece a economista.

Foram ouvidos 646 entrevistados (57% de mulheres e 43% de homens) em todas as capitais brasileiras com alocação em cada capital proporcional ao tamanho da população economicamente ativa (PEA). A margem de erro é de 3,9%.

Prezadas e Prezados, comentem a notícia (sem sexismos!) e qual deveria ser o impacto nos projetos de comunicação. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Estudo Dirigido I - Psicanálise, Teoria de Maslow e Anúncios


 
Exercício aplicado e iniciado nas aulas do dia 12/03 (turno noite) e 14/03 (turno manhã), em grupo de até quatro componentes. Aqueles que não compareceram (e, portanto, constam como ausentes no diário de classe) devem entregá-lo INDIVIDUALMENTE. O prazo de entrega para ambas as turmas é dia 18/03.

1) Selecionem anúncios em revistas;

2) Selecionar um anúncio com ênfase em cada necessidade apontada pela Teoria de Maslow (total de cinco anúncios). Justifique a escolha.

3) Selecionar um anúncio com ênfase aparente em cada uma das características psíquicas (Id, Ego e Superego) (total de três anúncios). Justifique a escolha.

Os anúncios dos itens 2 e 3 podem ser coincidentes.

4) Escolha um dos anúncios e faça uma interpretação usando, como base, uma das teorias de motivação.

terça-feira, 12 de março de 2013

Leonard Mlodinow: "A neurociência está apenas arranhando a superfície do cérebro"

O físico Leonard Mlodinow, autor de "Subliminar" (Foto: Divulgação)
Por Felipe Pontes - Revista Época - Ed.771 - 04/03/2013

O físico Leonard Mlodinow, autor de "Subliminar", diz que ainda estamos muito longe de compreender o inconsciente como um fenômeno físico

ÉPOCA – Nós vivenciamos mais o mundo mais pelo inconsciente que o consciente?
Leonard Mlodinow – 
Sim. A quantidade de energia do cérebro que está funcionando em processos inconscientes é maior do que nos conscientes. A energia usada pelo cérebro por alguém que está se concentrando profundamente é quase a mesma que a de uma pessoa deitada no sofá, sem fazer nada. Isso mostra que o cérebro está trabalhando duro o tempo todo, mesmo quando você está sonhando acordado, com a mente limpa. O pensamento consciente não toma tanto da capacidade do cérebro. A maior parte dele é inconsciente, principalmente porque há muitos processos fisiológicos que são coordenados inconscientemente, como as batidas do coração e respiração.

ÉPOCA – Os pesquisadores conseguem apontar quando processos inconscientes se tornam conscientes?
Mlodinow –
 Os processos inconscientes e conscientes são todos interconectados. Um alimenta o outro. Não é fácil separá-los. Imagine um cientista que está tentando resolver um problema de física bem difícil. Após se frustrar e não conseguir resolvê-lo, ele esquece aquilo e vai correr ou tomar um banho. Subitamente, quando está no meio do chuveiro ou no parque, uma solução lhe vem à mente. No fundo, seu cérebro estava refletindo profundamente naquilo. Seu consciente estava considerando o problema e o inconsciente trabalhou em cima dele. Tudo é conectado. E essa interconexão é complicada de destrinchar.

ÉPOCA – O que mais lhe impressionou durante a pesquisa para fazer o livro?
Mlodinow – 
Uma condição chamada “visão às cegas”. Muito do nosso processamento de informação visual é inconsciente. Seus olhos, retina e nervo óptico gravam uma imagem que é interpretada por certas partes do cérebro até chegar a você. Eu fiquei chocado com o caso de um paciente que teve um infarto que liquidou a região cerebral que envolve a parte consciente da visão, mas não afetou a parte inconsciente. Aquele homem tinha todas as ferramentas para processar uma imagem, mas seu cérebro não conseguia interpretar conscientemente aquilo. Em outras palavras, ele não conseguia ver nada. Mas conseguiu, num experimento famoso, desviar de obstáculos de um corredor porque a parte inconsciente da sua mente estava automaticamente o alimentando para evitar alguma colisão. Há pessoas que são cegas, mas possuem uma visão inconsciente pela qual não estão cientes. Eu descrevi aquela pesquisa no livro porque achei isso muito contraintuitivo. É difícil de imaginar que algo assim existe.

ÉPOCA – A mente subliminar serve como um mecanismo automático de sobrevivência?
Mlodinow –
 Sim. Ele é pura sobrevivência, uma questão evolutiva. Desviar de obstáculos, sentir fome, vontade de reproduzir, medo de situações ou barulhos estranhos são instintos de sobrevivência. E todo animal precisa disso para sobreviver, mesmo que de maneira inconsciente. Pensamentos conscientes, como escrever um romance ou investir dinheiro não têm propósito evolutivo.

ÉPOCA – É possível dizer que isso afeta nosso livre arbítrio?
Mlodinow –
Seu consciente toma decisões. Mas está sendo alimentado pelo inconsciente. Só que você frequentemente você não está ciente das impressões. Para mostrar meu ponto, eu menciono no livro um estudo onde as pessoas compravam mais vinhos franceses quando ouviam música francesa e mais vinhos alemães quando escutavam músicas alemãs. Ao comprar um vinho, uma pessoa pensa em critérios como a uva, a região ou o que comerá no jantar. Mas não imagina que algo como a música pode mexer tanto com sua decisão.

ÉPOCA – Que escolhas nós tomamos inconscientemente todos os dias?
Mlodinow –
Ir ao trabalho. Você vai no piloto automático. Vira à esquerda e direita sem pensar. Comer. Decidir o que comer. Aquele salgado, aquele doce. Basicamente, qualquer decisão que você tomar. Há influências por trás que ajudam a determinar o que você pegar. O pacote vai ajudar a determinar. Por exemplo, fizeram um estudo onde deram às pessoas diferentes cores de caixa para detergente. Depois de usá-lo por um mês, os pesquisadores pediram para cada “cobaia” avaliar o produto. A cor da embalagem tinha um efeito nítido em como as pessoas determinavam sua efetividade. Só que todos detergentes eram idênticos. As pessoas preferiam a caixa. É claro que os publicitários sabem que o pacote tem um apelo forte no produto. O que não significa que você pode ser 100% manipulado. Apenas mostra que pode ter certo efeito.

ÉPOCA – O pensamento consciente e o inconsciente podem entrar em conflito?
Mlodinow –
Sim. Você não faz tudo o que racionalmente deseja ou planeja. O maior exemplo disso é o gasto com cartão de crédito ou dinheiro vivo. Pessoas com cartão gastam quase duas vezes mais porque não “sentem” o quanto estão gastando. A mente subliminar faz o dinheiro do cartão de crédito parecer menos. Ideias conscientes podem se chocar com sentimentos inconscientes.

Prezadas e Prezados, na sua opinião, qual o impacto das questões levantadas aqui no comportamento do consumidor?