terça-feira, 8 de junho de 2010

Trabalho de Recuperação: em três anos, 10% mudam de classe

Da redação do Jornal O Tempo - 06/11/2009 - Caderno Economia

Apesar da melhora, cerca de um quarto da população vive com renda baixa

SÃO PAULO. Os brasileiros que subiram de classe social entre os anos de 2005 e 2008 somaram 18,5 milhões, mostra levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem. O número representa quase 10% da população do país, hoje com cerca de 193,7 milhões de habitantes.

Baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, o estudo mostra que 11,5 milhões de pessoas passaram para o nível de maior renda, enquanto outros 7 milhões passaram para a classe média.

O instituto repartiu a população em três partes. No primeiro terço ficaram as pessoas com rendimento de até R$ 188 mensais no ano de 2008. No segundo terço, ficaram aqueles dentro do intervalo de rendimento individual de R$ 188 a R$ 465 mensais. Por fim, no terceiro, que representa o estrato superior da renda, estão os rendimentos individuais acima de R$ 465 mensais.

A partir dessa divisão, tornou-se possível retroagir e avançar no tempo e mostrar a evolução da população de 1995 a 2008. Os dados mostram que a população de menor renda perdeu importância no conjunto, caindo de 34% do total da população até 2004 para 26% em 2008 - a menor desde 1995.

Mesmo assim, ressalta o Ipea, o Brasil ainda possui um quarto de sua população vivendo com rendimentos extremamente baixos. Como consequência, as classes média e alta ganharam maior representatividade populacional.

Camada mais pobre tem acesso maior a bens duráveis
A migração entre classes sociais se reflete dentro das casas, mesmo nas de quem permanece na mesma faixa. Em dez anos, o número de pobres com máquina de lavar roupas em casa mais que dobrou. Já a posse do telefone é o que mais impressiona: em 2008, apenas 5,1% dos trabalhadores nessa faixa de renda tinham um aparelho; em 2008, já eram 62,69%.A geladeira também se tornou item mais comum nas casas das pessoas com renda mensal per capita até R$ 188. Em 1998, ela estava presente em pouco mais da metade desses lares. No ano passado, já havia chegado a 80% deles.Na divisão por gênero, os homens reduziram a participação entre a classe mais baixa e tiveram uma pequena elevação na mais alta.

Metade da migração é no Sudeste
As regiões Sudeste (36,3%) e Nordeste (34,1%) se destacam como as que mais registraram ascensões entre as classes baixa e média, uma vez que responderam por quase 71% do movimento da mudança na estrutura social na base da pirâmide brasileira.
No movimento de ascensão para a classe mais alta, a região Sudeste respondeu pela incorporação de 51,2% dos indivíduos que saíram de estratos inferiores. Na sequência, ganhou importância a região Sul com 18,1%, o Nordeste com a inclusão de 16,4%, o Centro-Oeste com 7,6%, e o Norte com 6,7% de beneficiados.


Para aqueles que querem tentar uma recuperação, aí vai:

1) Em dupla ou individual, pesquisem um levantamento sobre comportamento do consumidor, como o daí de cima. Uma dica é usar os dados do IBGE. Existem diversos dados, principalmente no que diz respeito à população e a economia.

2) A partir dos dados, faça uma análise e prepare um texto e uma apresentação de 15 minutos para a classe.

3) O trabalho valerá até 15 pontos que poderão ser acrescentados à nota, ao final do semestre, conforme critério do professor.


4) Cite a fonte, não faça plágio - principalmente dos colegas de semestres anteriores (tenho todos eles ainda no arquivo, para consulta).
Se acontecer, ao invés de ganhar 15 pontos, o professor irá tirar 15 pontos.

5) Apresentações nos dias 15 de junho (turma noite) e 25 de junho (turno manhã). Isso mesmo, são os dias do jogo do Brasil. Quem foi bom aluno durante o semestre fica mais tranquilo para curtir a Copa. Os demais, façam suas escolhas.

6) Postem, aqui, quais as duplas ou os alunos individualmente que farão a recuperação, colocando nome(s) e o tema do trabalho a ser apresentado.

Bom trabalho

Coisas que atraem

Livro analisa como consumo é guiado pelo poder de sedução do design e mostra o que existe por trás dos produtos usados no cotidiano

Por Fábio Victor - Folha de S. Paulo - Ilustrada - 01/06/2010

Logo no início de seu "A Linguagem das Coisas", o inglês Deyan Sudjic conta como, numa loja do aeroporto londrino de Heathrow, comprou quase sem notar seu quinto laptop da Apple em oito anos.

Não que o anterior estivesse quebrado ou obsoleto.

Mas, observa o autor, "a Apple acha que o caminho para sua sobrevivência num mundo dominado pelos programas de Bill Gates e pelos componentes físicos chineses é usar o design como isca para transformar seus produtos em alternativas almejadas ao que os seus concorrentes estão vendendo".

Sudjic, diretor do London Design Museum, lembra, então, que a ideia de sucatear tão depressa "algo que pouco tempo antes parecia prometer tanto" não é nova.

Existe pelo menos desde 1930, quando os pioneiros do marketing americano, na ânsia de que o consumo tirasse o país da Grande Depressão, criaram o termo "engenharia de consumo".

Num livro de 1932 citado por Sudjic, o pioneiro da publicidade Earnest Elmo Calkins escreveu que "os bens são de duas classes: os que utilizamos, como carros e aparelhos de barbear, e os que consumimos, como pastas de dentes ou biscoitos amanteigados. A engenharia de consumo precisa tratar de fazer com que consumamos o tipo de produtos que agora simplesmente utilizamos".

E o maior responsável pelo êxito de tal tese, segundo a obra do inglês, é o design.

Mas, e o papel, nessa cadeia, da publicidade e da propaganda?

"O aspecto mais poderoso do design é que ele consegue se apresentar como conectado à cultura, enquanto o marketing e a publicidade são sempre compreendidos como manipuladores e, de certo modo, sinistros", afirmou Sudjic em entrevista por e-mail à Folha.

E o que dizer então do papel da tecnologia na cadeia de consumo -senão, como explicar que o CD mata o vinil para logo ser morto pelo MP3, o mesmo ocorrendo com VHS/DVD/Blu-ray?

"O design é a maneira pela qual a tecnologia adquire uma face humana. Ninguém entende todas aquelas siglas, mas as pessoas compram Apple, que pode até não ter a tecnologia mais avançada, mas a embala de um jeito desejável e sedutor."

Para ler o restante da matéria.


Prezadas e Prezados, continuem a responder a questão em negrito. E já passaram pela mesma situação do autor?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Exercício Extra Classe V - A Cara Brasileira




Para aqueles que não fizeram em sala de aula, faça, individualmente, o exercício abaixo a partir do texto Interface – A Cara Brasileira, que está na nossa sala virtual:


Entregar impresso em sala.



a) como você caracterizaria a cultura brasileira em um comercial para ser exibido no exterior;


b) com base nos principais traços de “A Cara Brasileira”, avalie que aspectos positivos deveríamos valorizar cada vez mais em nossa cultura e que aspectos negativos deveríamos eliminar urgentemente. Justifique;


c) caso você fosse criar uma campanha publicitária para transformar esses valores, que elementos utilizaria em sua mensagem para obter um resultado eficaz?


d) Utilize o quadro acima e acrescente outros exemplos de valores, costumes, rituais, mitos e objetos e artefatos da cultura brasileira.


Fonte: SAMARA, Beatriz; MORSCH, Marco. Comportamento do Consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Pearson, 2007.