Do UOL Ciencia e Saúde - Em São Paulo - 14/10/2009 - 07h00
Em tempos de leis que proibem o fumo em locais fechados, observar um anúncio de cigarro produzido entre as décadas de 1920 e 1950 chega a ser cômico, para não dizer trágico. Naquele tempo, a indústria usava a propaganda para esconder os reais e hoje inegáveis efeitos do tabaco à saúde, como o aumento do risco de câncer.
Um Papai Noel que fuma e um médico que anuncia as vantagens de determinada marca de cigarro para a garganta são algumas imagens estampadas nas peças publicitárias da época, selecionadas pelos médicos Robert Jackler e Robert Proctor, professores da Universidade de Stanford, nos EUA. O material, mantido no Instituto Smithsonian, em Washington, será exibido pela primeira vez no Brasil entre os dias 15 e 26, na Livraria Cultura, em São Paulo. A mostra chama-se "Propagandas de Cigarro - Como a Indústria do Fumo Enganou Você".
Uma das estratégias dos fabricantes para convencer o consumidor, como mostra a exposição, era usar a imagem de estrelas de Hollywood, cantores e atletas de elite para vender os "benefícios" do produto. Um exemplo é a peça em que o ator Henry Fonda afirma que fuma cigarro de determinada marca para proteger a voz.
Outra tática das indústrias de tabaco era a veiculação de pesquisas pseudocientíficas para tentar reverter a opinião do público, que começava a ouvir falar sobre as reais consequências do fumo para a saúde. Para reforçar o discurso enganoso, médicos e dentistas apareciam como garotos-propaganda.
"Com a autorregulamentação da propaganda e o amadurecimento de autoridades e consumidores, anúncios como esses jamais seriam produzidos hoje em dia", comenta o publicitário Bob Costa, sócio-diretor da NovaS/B, responsável pela exposição.
Em 2008, a agência foi contratada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para desenvolver uma campanha para o Dia Mundial Sem Tabaco, que convidava as pessoas a quebrarem a rede de marketing do fumo e foi veiculada simultaneamente em 200 países. "O Brasil não fez parte da campanha porque já adota restrições à propaganda de cigarro", explica Costa.
Exposição: "Propagandas de Cigarro - Como a Indústria do Fumo Enganou Você" Apoio: Livraria Cultura Período: de 15 a 26 de outubro de 2009 Horário de visitação: de segunda a sábado das 9h às 22h; domingos e feriados das 9h às 18hLocal: Livraria Cultura do Conjunto Nacional Endereço: Av. Paulista, 2.073 - Bela VistaTel.: (11) 3170-4033
Colegas, façam uma discussão entre a ética publicitária e o comportamento do consumidor.
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ResponderExcluirPara se fazer uma propaganda eficiente é imprensindível seguir as tendências de Mercado e o comportamento do consumidor. O consumidor de hoje tem o perfil de uma pessoa mais conciente, que presa pela saúde e por seu bem estar. Uma prova disso são as estatísticas que mostram que o consumo do cigarro caiu em 32% de 1989 a 2004. www.noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2008/05/27/ult4477u662.jhtm
ResponderExcluirAinda por cima, tem a novíssima Lei do Tabaco que acabou de sair do forno e já reduziu bastante o numero de fumantes na cidade de São Paulo. Como fazer uma propaganda de um produto que é ensinado a todo o tempo não consumir. Dentro deste cenário podemos conhecer uma a líder de indústria de tabaco do mundo, a Philip Morris www.philipmorrisinternational.com/br/pages/por_br/ . No site deles, podemos ver que eles fazem uma campanha muito forte alertando os males do cigarro, e até ações de prevenção ao fumo entre os jovens. Analizando o site deles, podemos ver como eles são éticos e até bem sustentáveis, se preocupando com o meio ambiente e tudo. Criamos até uma certa afinidade com a empresa. Eles estão andando no ritmo da música do consumidor, mostrando-se preocupados tambem com a saude deles. Bacana essa empresa né? Se eu fumasse, fumaria Philip Morris. OPA? Isso é efeito da propaganda?
Rosivaldo Pereira Gonçalves
ResponderExcluirNós como publicitários temos que ter o discernimento para promover com ética um produto, mas será que tudo aquilo que “vendemos” consumiríamos? Se formos parar para pensar bem nesta situação perceberemos que muitos “lixos” são colocados na mídia fazendo com que as pessoas possam consumir sem saber quais os possíveis danos que o produto/serviço pode trazer. Dentre uma enorme variedade de produtos que causam mal para todos e que são consumidos inconscientemente, podemos pensar nos milhões de celulares que são produzidos, utilizados pelas pessoas por um período determinado, ficam velhos e são descartados para ser substituído por aparelhos mais sofisticados. O que muitos não sabem é para onde vão os aparelhos que nos descartamos sem nenhuma orientação do fabricante quanto à periculosidade do produto quando jogado ao solo. A seguir tem um link de um vídeo que explica bastante sobre a ética do consumo. Acho que todo publicitário deveria ver, pois são os que mais contribuem para o consumismo sem ter noção dos danos que causam ao meio ambiente.
http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E&eurl=http%3A%2F%2Fwww.orkut.com.br%2FFavoriteVideos.aspx%3Fuid%3D14755863361114721591&feature=player_embedded
Qum nunca ouviu dizer que: "A propaganda é a alma do negocio?"
ResponderExcluirInfelizmente ou Felizmente o propaganda tem o "poder" de persuadir o consumidor. Com isso pessoas utilizam esta ferramenta para engana-los e tirar proveito deste "poder". No Brasil o conar foi criado para regularmentar e ponderar as propaganda criadas. Tambem há orgaos como este em vários paises. Mesmo com este "policiamento" varios agencia tentam bular as regras e fazem propaganda de forma agrassiva e enganadoras. A uol disponibilizou uma reportagem que destacar exatamente este tema http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=702
Bats digitar "propaganda enganosa - conar" no google que aparecera varios anuncios tirado do ar por este orgao. Quem não se lembra da historia do ator David McLean (Eugene Joseph Huth), o "cowboy da Marlboro". O mesmo passou boa parte da sua vida fazendo propaganda para o cigarro malboro. E em 1985 descobriu que tinha cancer. O mesmo "abriu as portas" do seu dia a dia para registrar o sofriemnto que o cigarro traz e virou simbolo da guerra contra o tabaco. Acabou morrendo de cancer no pulmao. Sua historia virou livro: "Obrigado por fumar".
Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto". Trazendo para a a realidade publicitária diante do comportamento do consumidor, eu posso dizer que nesse caso é o ID e o EGO e o SUPEREGO atuando como três pessoas, o ID são as agencias que precisam convencer os fumantes o quanto fumar faz bem, afinal são milhões em reais e dolares investidos por seus clientes,o EGO é o Governo que por uma questão política ligada à saúde diz: não fume! E o SUPEREGO o consumidor que se vê diante de um conflito entre sua saúde e o parezer de fumar.E é nesse momento que a ética cai diante da publicidade e são geradas estratégias para "ajudar o consumidor a sair desse conflito".
ResponderExcluirGilvan Gomes
ResponderExcluirQue diremos de pessimos profissionais e de pessoas interessada apenas em retorno financeiro. No passado funcionou, mas hoje temos muito mais informações, as pessoas estão mais conscientes e não acreditam mais cegamente em meras propagandas e testemunhais. O consumidor está interssado em dados concretos e que trazem de preferencia resultados de pesquisas e profissionais de renome. Podemos verificar no livro Administração e Marketing de Pillp Kotler, em que há um case do Mc Donalds que reposicionou a marca e o conceito de fast food, comidas industrializadas e pessoas sedentarias, para alimentação saudável, lojas modernas e aconchegantes e pessoas preocupadas com a saúde. Hoje se temos muitos que estragam a saúde com cigarros, comidas elatadas e bebida, fazem concientes que no futuro proximo terão um retorno negativo.
De acordo com a Lei n.º 10.167, do ano 2000, ficou proibida a propaganda e promoção de produtos derivados de tabaco na mídia, restringindo essas ações aos seus pontos de venda.
ResponderExcluirCom as restrições os publicitários têm investindo em técnicas de atração nos pontos de venda e também nas embalagens, apesar das embalagens também possuírem informações obrigatórias contra o tabaco.
“Países desenvolvidos como Austrália e Canadá têm interessantes políticas públicas de saúde no que diz respeito às embalagens. No Canadá, é proibida a publicidade de cigarros nos pontos de venda, os produtos não ficam à mostra e as embalagens têm advertências de ambos os lados. Na Austrália, 14 mensagens de advertência são trocadas a cada 12 meses, permitindo uma constante informação ao usuário sobre os males do cigarro.”Fonte: Aliança de Controle do Tabaco.
Durante muito tempo a publicidade usou todo tipo de metáfora para vender cigarros para mulheres independentes, jovens que queriam ser únicos, além de homens que queriam sucesso. Creio que a publicidade possa agora colaborar para a divulgação de uma vida mais saudável, sem tabaco
A questão da venda do tabaco é uma via de mão dupla. De um lado as empresas que vendem esse produto não deixam de anunciar na mídia, apesar de existir atualmente varias restrições na forma de anunciar esse tipo de produto, o que antes não existia. Do outro lado, o Governo cria leis que buscam incentivar a diminuição do consumo de tabaco. Entre tudo isso há enormes controvérsias, as empresas não podem deixar de anunciar, mas também não podem vender seu produto explicitamente. Com isso, acredito que buscam um equilíbrio entre o "mostrar e o esconder" e o consumidor em "consumir ou não consumir"!!!
ResponderExcluirComo um lado quase que imprescindível da publicidade, a agência precisa levantar pontos positivas do produto e estancar na frente do consumidor como algo único e grandioso, que somente aquele produto poderia lhe oferecer. Até mesmo levando pro lado do exagero e da omissão da verdade, como por exemplo, o McDonalds que não distribui um alimento nutritivo e mesmo assim continuam a estampar a marca e levando os conceitos positivos para a cabeça do consumidor. Para isso estratégias têm que ser pensadas, planejamento de curto e longo prazo tem que ser posto em pratica. Pois o consumidor final hoje não é simplesmente um receptor adepto a todas as mensagens, ele expressa suas opiniões e pode levar uma marca a um declínio com uma maior velocidade. Contornando esses caminhos, o foco no serviço, no marketing cultural sempre estará em pratica, oferecendo ao consumidor a imagem de que a empresa se preocupa com o bem estar social ou oferece entretenimento para a sociedade.
ResponderExcluirHoje como antes, muitas agências são pagas para extorquir o lado bom do produto, não preocupando com a ética e sim com o “vender” do produto, colocando o consumidor sempre a favor da marca, mesmo que ela ofereça produtos que não faça bem a saúde do individuo.
No Brasil tudo é feito pelas metades, começamos a fazer uma lei que regulamenta a veiculação de anuncios de cigarro, mas ela dá brechas para que o cigarro apareça. Nos pontos de venda os anuncios de cigarros são tão agressivos quanto os da Coca-cola. É importante entender que o governo tenta conter o consumo, pois o custo do cigarro é 80% do valor em impostos.
ResponderExcluirÉ complicado definir a etica para essa situação por que se a empresa esta pagando pelo serviço, a agencia tem que empenhar ao maximo para conseguir atender da melhor forma possivel. Porem sem desrespeitar e enganar o consumidor e sempre lembrando que o cigarro faz mal.
O governo finalmente percebeu que o cigarro é ruim para o orçamento dele mesmo. Pois quanto mais gente fuma, mais gente vai precisar do SUS quando estiver com câncer de pulmão.
ResponderExcluirO consumidor atualmente não é tão influenciado pelos comerciais tradicionais. As pessoas não acreditam em tudo o que é dito a eles na televisão, sempre quando se recebe uma informação, o consumidor atual busca outras fontes para confirmar o fato. A internet serve para avaliar a qualidade dos produtos, pois é compartilhada a experiência de outros usuários, e de médicos.
As agências não podem simplesmente se revoltar com os efeitos causados pelo tabaco, pois se eles optam por atender o cliente, devem fazer da melhor maneira possível para o cliente. Porém, a agência não pode dizer mentiras para persuadir o consumidor, e fazer com que ele se iluda ao consumir o tabaco.
Natasha Surette
ResponderExcluirNós publicitários não podemos simplesmente falar: não vou fazer esse anuncio pq não fumo e pronto.
Mas se por acaso ainda fosse liberado o uso de comerciais de cigarros nós publicitários poderiamos de alguma forma tentar passar os males do cigarro.
Mas por outro lado nos dias de hoje o público não está sendo muito influenciado pelos meios de comunicação, ainda mais quando se envolve cigarro, bebida e outros.
Muitos não gostam de cigarro, de bebida e não sentem atração por esse tipo de comercial. Penso que para estes casos seria mais do que uma perca de tempo e de dinheiro fazer esse tipo de anuncio.
Thiago Campos
ResponderExcluirAntigamente, para obter resultados rápidos e agradar o cliente, muitas agências fazem toda uma campanha em cima de mentiras, ou melhor, "omissôes de verdades", como no caso do cigarro.
isso comprova a "bullet theory", da primeira teoria da comunicação, onde se pensava que toda e qualquer mensagem enviada seria recebida exatamente daquela forma.
Com o passar dos anos, comprovou-se que isso não passa de balela, e que é necessário muito mais do que uma mera transmissão de mensagem para captar algum consumidor.
Como o Vinícius disse, o consumidor atual é mais cético do que antes, procura mais informações em outros meios, e creio eu que hoje seja impossível dizer sobre qualquer assunto coisas como o que se dizia antes do cigarro.
O consumidor de hoje tem o perfil de uma pessoa mais conciente, que presa pela saúde e por seu bem estar. o consumidor final hoje não é simplesmente um receptor adepto a todas as mensagens, ele expressa suas opiniões e pode levar uma marca a um declínio com uma maior velocidade.
ResponderExcluirPor outro lado nos dias de hoje o público não está sendo muito influenciado pelos meios de comunicação, ainda mais quando se envolve cigarro, bebida e outros. Acho que se caso ainda fosse liberado o comercial de cigarro, o anuncio deveria ser melhor planejado, colocando tambem problemas que nos causa, enfim um anuncio mais verdadeiro, realista.
Os avanços tecnológicos e os meios de divulgação fazem com que os órgãos regulamenta dores do mercado publicitário a cada dia que passa fica mais criterioso ate para a liberação de uma campanha ficar no ar ate mesmo com a ética dos anunciantes e seus anúncios no ar.Portando,penso duas coisas claras:Primeiro que o consumidor não é mais fácil convencido que um produto é melhor ou pior que outro.As pessoas do tempo de hoje questiona muito mais e tem milhares de opiniões de especialistas para definir qual produto deve se utilizar.O que faz com que as empresas não subestima mais o consumidor.Que o consumidor não é fácil de se convencer.Alem disso o órgão regulamentar é muito mais rigoroso e tem um conselho muito mais instruído o que faz com as empresas pensem duas vezes em divulgar um atributo ou beneficio.
ResponderExcluirInfelizmente ou Felizmente o propaganda tem o "poder" de persuadir o consumidor. Com as restrições os publicitários têm investindo em técnicas de atração nos pontos de venda e também nas embalagens, apesar das embalagens também possuírem informações obrigatórias contra o tabaco. Muitos não gostam de cigarro, de bebida e não sentem atração por esse tipo de comercial. Mais acredito que para estes casos seria mais do que uma perca de tempo e de dinheiro fazer esse tipo de anuncio.
ResponderExcluirNós como publicitários, não podemos dizer não, e não fazer esse tipo de propaganda.Se for liberado a veiculação,temos que pensar em uma estratégia,para que o cigarro seja visto como um mal a saúde,mais que o consumidor sabe disso, e consuma se assim quiser.
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ResponderExcluirAtualmente o consumidor tem acesso a muitas informações principalmente quando se tratam da própria saúde são, portanto cem por cento capazes de determinar o que consumir, porem é um fato inquestionável que a propaganda os influía e como plubicitarios devemos ter noção de nossos atos, não negaria uma campanha de cigarros, mas não seria desonesta na campanha, não apresentaria mentiras e nem tentaria enganar a população, mostraria os fatos e faria meu trabalho, pois acredito que é assim que devemos agir, mantendo a dignidade, mas não impedido que ela interfira em nosso trabalho, pois como sabemos é totalmente possível trabalhar com ela.
ResponderExcluirStephanie Paula Valadares Alvares
Como já vimos muitas vezes em sala de aula,o sucesso de uma propaganda está relacionado com diversos fatores, seja ele cultural, social, pessoal, psicológico, dentre outros. Daí surge a discussão de ética na propaganda. Quantos de nós já vimos nossos paia,tios, enfim, familiares mais experientes nos falando como eram belas as propagandas de cigarro? Se ela influencia ou não o consumo já é outro caso a ser discutido. E mesmo assim,muitos de nós já ouvimos fumantes que dizem não saber porque fumam, ou até mesmo que um dia vão morrer por causa desse hábito, mas mesmo assim não deixam de usurflui-lo. É nessa hora que o fator psicológico e pessoal supera a ética, o que é certo ou errado. Opiniões sobre esse assunto temos várias,mas cada uma de acordo com sua personalidade, com aquilo que você quer acreditar e levar como sustentação.
ResponderExcluirA sociedade contemporânea possui uma grande característica que é a comunicação. Através dela as pessoas ficam sabendo as últimas notícias, acontecimentos, novidades sobre pessoas, produtos, serviços entre outros.
ResponderExcluirOutra característica marcante é o intenso desejo de consumir, seja por bens indispensáveis ou supérfluos.
Contudo para saciar esse desejo consumidor, ele precisa saber quais produtos e serviços estão no mercado a sua disposição. Essa é a tarefa da publicidade. Entretanto, publicidade não é apenas informação, é persuasão.
A publicidade enganosa por exemplo, pode induzir o consumidor ao erro quando omite dados relevantes sobre o que está sendo anunciado, nesse caso, o cigarro. Acho que esse tipo de publicidade de produtos que podem prejudicar a saúde dos consumidores, deveriam ser banidas e passíveis de punição aos criadores.