quinta-feira, 29 de abril de 2010

Classe C emergente e bem equipada

A popularização da tecnologia está criando novos hábitos e perspectivas. A seguir, cinco perfis da população conectada

Por Francine Lima - Revista Época - Ed. 586 - 08/08/2009

De uns anos para cá, milhões de brasileiros que antes pertenciam às camadas mais pobres da população subiram de vida e começaram a fazer uma revolução no consumo. Com a queda dos preços e as formas de pagamento mais acessíveis, equiparam seu cotidiano com computador, internet banda larga, micro-ondas, telefone celular com câmera, bluetooth e MP3. Segundo o Instituto Data Popular, eles já respondem por 62% dos domicílios conectados à rede e 53% dos clientes de sites de compras. Com isso, aproximaram-se do comportamento das classes A e B. Em alguns aspectos, foram além. A melhor surpresa dessa ascensão das famílias de baixa renda foi que suas dificuldades iniciais diante da tecnologia se transformaram numa vantagem. Ao procurar entender como a tecnologia funciona, driblar o “informatiquês” e o inglês dos programas de computador e encontrar as formas mais baratas de usar os recursos em seu favor, a classe C aprendeu a buscar soluções mais adequadas para seus problemas. E melhorou de vida.

Tudo isso foi observado por agências de pesquisa e publicidade interessadas em estudar o novo comportamento dos emergentes. A agência CO.R Inovação, de São Paulo, passou meses abordando pessoas na rua e visitando famílias em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Recife, em Curitiba e em Porto Alegre. Depois de cerca de 500 entrevistas, concluiu que uma das consequências mais importantes do acesso da classe C à tecnologia foi a valorização do ensino pelas mulheres. A pesquisa mostrou que o primeiro computador numa casa de periferia normalmente é comprado para os adolescentes fazerem as tarefas escolares. Com o tempo, se transforma no computador da família. Segundo Mari Zampol, diretora da CO.R Inovação, as mulheres que foram mães muito jovens e interromperam os estudos agora estão se sentindo livres para voltar à escola, aproveitando inclusive a conveniência barata dos cursos a distância pela internet. “Quando descobriram que podiam estudar sem sair de casa, foram atrás de diplomas de níveis técnico e superior, cursos de idiomas e outras oportunidades de crescimento profissional”, diz Mari. Os jovens também são grandes protagonistas dessa inclusão digital. Mesmo sem saber inglês e com menos estudo, estão usando melhor os recursos do telefone celular que os jovens das classes A e B. “Esse pessoal se vira muito melhor em situações de crise”, diz Renato Meirelles, publicitário e fundador do Data Popular. A seguir, cinco novos perfis populares criados pela tecnologia.


A bem informada
Com acesso garantido a uma conexão de banda larga com a internet, todo tipo de informação chega mais fácil e rapidamente. A classe C também usa essa facilidade para defender seus direitos e planejar os deslocamentos pela cidade. É o caso da empregada doméstica Marcia Almeida. Na cozinha da patroa, Marcia ouve músicas e busca receitas novas na internet usando seu netbook, um pequeno computador portátil que ganhou da dona da casa e é conectado à internet por rede sem fio. Durante o dia, elas se falam pelo Skype. À noite, Marcia se fecha em seu quarto para assistir aos seminários da igreja evangélica transmitidos ao vivo pela internet ou para ir às compras. Para ela, a pesquisa pela internet é uma economia de tempo. Sem precisar tomar ônibus nem faltar ao trabalho, já consultou pacotes de viagens e agendou um atendimento para seu pai num posto da Previdência Social. Recentemente, comprou um perfume numa loja eletrônica usando o cartão de crédito. “Achei o preço melhor e ainda recebi em casa.”

Prezados, comentem essa reportagem e tentem entender o que isso tem a ver com sua profissão.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Exercício Extra-Classe IV - Palestra "O Papel do Shopper no Trade"


Prezados e Prezadas,
Além da obrigatória presença, fazer o seguinte exercício para ser entregue na próxima aula:
1) Fazer um resumo da apresentação;
2) Usar exemplos (que não os utilizados na palestra) para ilustrar o que foi dito, de preferência pessoais.
O exercício é individual.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Exercício Extra-Classe III - Turnos Noite e Manhã

Prezados,

Turno Noite: já que não estive com vocês na noite do dia 08/04 - por motivo de gala (não "do Galo", que jogou ontem!) - passo o exercício compensatório.
Turna Manhã: para os faltantes do dia 16/04.
Ele está na sala virtual, sob o título "Exercício 3 - Grupos de Referência".

Para ser feito individualmente, sem medo de errar. Não será avaliado por algum possível "erro", e sim pelo empenho em fazê-lo seriamente e com raciocínio lógico.

Tragam para a próxima aula.

terça-feira, 6 de abril de 2010

E a mídia social virou a mídia da vez

Por Erich Beting - Blog do Erich Beting - 29/03/10

Aqui no blog já comentei, ainda em setembro do ano passado, que as mídias sociais seriam a grande vedete da Copa do Mundo. Nada de mesa-redonda pós-jogo, com a análise modorrenta de comentaristas. Tudo em tempo real, com a opinião e a participação do torcedor, alçado à condição de comentarista da vez, podendo ainda dar o recado para os atletas, serem de fato ouvidos, conectarem-se a eles.

E isso vale para o bem e para o mal! Neste domingão tivemos um exemplo claro de como isso acontece. Alex Glikas é diretor comercial da Locaweb. Não é uma figura pública. Mas representa a empresa que, neste domingo, estreou o patrocínio de dois jogos para o São Paulo. Corintiano (assim como são os donos da empresa), Glikas não se conteve e tirou sarro do Tricolor em sua página na internet. São pouco mais de 200 seguidores, provavelmente quase todos eles amigos e conhecidos de Glikas, passíveis de entenderem a brincadeira e darem risada dela.

Só que algum jornalista (tinha de ser!!!!) viu a gozação de Glikas ao rival. E a história se espalhou. Ganhou chamada de capa nos sites, revoltou a torcida tricolor. Glikas retirou seu comentário do ar e publicou um pedido de desculpas aos torcedores.

Em seu perfil no microblog, agora, diz ele: "Sinceras desculpas à torcida e ao SPFC. No calor do clássico, o torcedor tomou conta do profissional. Não acontecerá de novo".
Em 140 caracteres veio a frase que comprova o quanto o torcedor, hoje, está ligado nas redes sociais, interagindo, interferindo, palpitando, mudando o rumo das coisas. A Locaweb teve de publicamente dizer que não vai retirar o patrocínio ao São Paulo. E que a opinião foi dada por um funcionário, não representando o sentimento da empresa. É a mídia da vez, que reforça o quanto é importante, para as empresas, para o esporte e para as figuras públicas, se policiarem com essa exposição aparentemente inofensiva.

É claro que Glikas não queria ofender o Tricolor, muito menos relacionou seu ato com o patrocínio recém-acertado. Foi a opinião de um torcedor. Como se estivesse na mesa do bar, ou no estádio, ou em frente à televisão.

A força das mídias sociais é tão grande que outra empresa, a Vivo, decidiu basear sua campanha de mídia para a Copa do Mundo nas redes. Comunicação feita por meio de personalidades selecionadas do meio esportivo e também da arte e da cultura. Para a empresa, que patrocina a seleção brasileira, será na mesa-redonda virtual o grande retorno de comunicação desse patrocínio. Blogs, Twitter, Facebook e outras quetais entram no escopo de atuação. Mídia nada convencional, mas que tem como grande diferencial a força de mobilizar as pessoas.
Colegas, qual o impacto no comportamento dos consumidores desta tendência?