segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Novas tendências de consumo exigem adaptação das empresas

Por: André Inohara e Daniela Rocha - Amcham Brasil - Tendências e Negócios - 26/04/2011 - 17:00

A mudança do mercado consumidor impõe que as empresas reinventem a oferta de produtos e serviços e as formas de fidelização do cliente. Uma pesquisa recente da consultoria TNS Research sobre perfis e tendências de consumo revelou uma série de fatores locais e globais que mudaram o hábito de compras no Brasil e em vários outros países.
"As companhias precisam analisar seu leque de atuação e adequá-lo às necessidades dos grupos, aproveitando as oportunidades”, disse Karina Milaré, diretora de Planejamento do setor de consumo da TNS Research. A executiva participou do Seminário de Compra e Venda do Futuro, organizado pela Amcham-São Paulo nesta terça-feira (26/04).
No Brasil, as principais transformações detectadas pela sondagem foram aumento do poder de compra das classes populares, melhora do nível educacional da população como um todo, proliferação do uso da internet e maior inserção dos jovens no mercado consumidor.
Em termos globais, as principais mudanças foram a crise econômica nos países ricos, o que levou os países emergentes a ganharem espaço, além do aumento do consumo consciente, da violência, e dos desafios para combater a escassez de recursos naturais e a incidência de desastres naturais.
Encasulamento
Diante do novo cenário, o consumidor ficou mais recluso, crítico e seletivo. Em sua apresentação, Karina mencionou o termo cocooning (encasulamento), que significa buscar locais seguros ou mídias sociais para se relacionar com grupos de afinidade. Como exemplos, cita os apartamentos novos que possuem terraço gourmet (espaço onde se localizam cozinha, churrasqueira e área de convivência) e as confrarias de bebidas e charutos.
O fenômeno do cocooning levou os consumidores a definirem interesses próprios de consumo, e algumas empresas lançaram produtos customizados. Há alguns anos, a Brastemp iniciou uma linha de geladeiras em que o consumidor pode escolher o modelo e a cor.
Em 2010, a Fiat exibiu no Salão do Automóvel de São Paulo o Fiat Mio, carro-conceito produzido com a ajuda de milhares de internautas que participaram do processo de criação enviando sugestões pela internet.
A montadora também lançou o Fiat 500, automóvel que pode ser entregue de acordo com os acessórios e cores escolhidos pelo cliente.
Consumidor mais exigente
Além de querer produtos customizados, o consumidor também valoriza a transparência das empresas e a atuação sustentável. O colunista de tecnologia do jornal O Estado de S.Paulo, Renato Cruz, disse que a convergência entre TV, celular e computadores criou um novo tipo de espectador.
“Quando se falava em espectador, se pensava em alguém passivo que só recebia informações. Porém, em função da internet e do celular, eles respondem para a empresa”, comentou. Segundo Cruz, os consumidores pesquisam e buscam mais informações antes de efetuar uma compra, obrigando as companhias a reagir mais rápida e adequadamente às demandas.
Outro painelista, Luiz Goes, da consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza, afirmou que os grandes fatores motivadores de compra são a necessidade e o impulso. Entretanto, surgiram novos elementos que devem ser considerados, como conveniência, fidelidade a algumas marcas e produtos, experiência de compra e valor agregado.
Conveniência na hora da compra significa que o consumidor busca praticidade e canais mais fáceis de compra (como internet e loja do bairro), de acordo com Goes. Já a fidelidade se dá pela identificação e ligação emocional das pessoas em relação a determinadas marcas e produtos. Valor agregado, por sua vez, trata-se da percepção quanto ao montante pago versus o retorno em termos de qualidade dos produtos.
Marcas próprias
Para Goes, uma tendência que se fortaleceu no setor de varejo mundial – e que deve chegar ao Brasil – é o desenvolvimento de marcas próprias. Ele citou exemplos no exterior de como redes varejistas ganharam vendas com produtos nessa linha, concorrendo com marcas tradicionais, por atenderem determinados nichos de clientes.
“No Brasil, as marcas próprias eram vistas como produtos de menor qualidade e preço. Agora, esse conceito mudou”, comentou. Os produtos de marcas próprias têm conquistado gôndolas especiais dentro dos estabelecimentos, destacou Goes.
Foco na classe C
Com o aumento da renda, a classe C responde hoje por 60% do consumo do País, disse Karina. A TNS Research elencou dez dicas para atuar no mercado das classes populares:
1. Considere parâmetros de desembolso desse consumidor. Ele faz comparações entre o que pode adquirir com o dinheiro disponível e suas reais necessidades.
2. Ofereça produtos de qualidade. O consumidor das classes de menor renda também prioriza qualidade e marca.
3. Desenhe promoções que impliquem em vantagens imediatas (bonificações, brindes úteis).
4. Reveja o papel do ponto de venda. É recomendável que o estabelecimento proporcione experiência de aprendizado sobre o produto e lazer.
5. Trabalhe para gerar identificação com o produto, respeitando cultura e hábitos do público-alvo.
6. Fale de forma simples e direta.
7. Considere os valores tradicionais (família como prioridade, segurança do lar e empreendedorismo).
8. Inove. A adaptabilidade ao público pode ser um dos fundamentos da inovação.
9. Lembre-se dos jovens consumidores que estão na base da pirâmide. Segundo Karina, essa faixa de clientes trabalha, estuda e tem responsabilidade nos gastos.
10. Conheça seu consumidor e entenda como ele lida com recursos financeiros limitados. As companhias devem promover visitas às residências de sua clientela e descobrir como maneja o orçamento doméstico.
No dia a dia
Na segunda etapa do seminário da Amcham, representantes de empresas de diversos setores contaram um pouco de suas experiências em relação à nova realidade do mercado.
A divisão de seguros do Itaú Unibanco está se aproximando da classe C por meio da oferta de serviços com maior comodidade. “Reduzimos nosso portfólio de seguros de vida de 12 para apenas dois, adicionando algumas vantagens como auxílio-funeral e check-up”, disse Luiz Butori, diretor de seguros de pessoa física do Itaú. Os clientes de menor renda querem explicações mais simplificadas e oportunidade de serem ouvidos, reforçou o executivo.
Marcelo Schulman, presidente da Vita Derm, disse que está diversificando seus canais de venda. “No segundo semestre, atuaremos nas vendas porta a porta”. Os produtos da Vita Derm são comercializados atualmente por meio de franquias, distribuição aos profissionais de salões de beleza e marcas próprias no varejo.
Outro ponto em relevo no debate é que a responsabilidade das empresas em entregar o prometido ficou mais importante do que nunca, devido à maior interatividade tanto nos canais de venda como nas redes sociais. “Temos de ter mais controle e times para entregar a promessa de valor”, afirmou George Dolce, diretor de Planejamento Comercial da Vivo.
Simplificação, fidelização e flexibilização
Para o sócio da rede Fran’s Café, José Henrique Ramos Ribeiro, é preciso simplificar os processos gerenciais e fidelizar o cliente no momento em que  é atendido. A chegada da classe C ao mercado consumidor trouxe alento à sua rede de cafeterias. “As classes que eram consideradas mais frágeis hoje sustentam os negócios.”
A operadora de turismo CVC também está aprendendo a vender para as camadas populares. O diretor comercial da companhia, Claiton Armelin, disse que essa faixa possui reduzido poder de crédito, porém sua inadimplência é baixa, uma compensação.
Claiton afirmou que esse público tem cartões de crédito com limites baixos e dispõe de poucos talões de cheques. “Um grande salto na comercialização de pacotes se deu com a emissão de boletos bancários”, comentou.
A flexibilização de serviços foi a solução encontrada pelo Grupo Pão de Açúcar. “Aumentamos o foco em produtos não-alimentícios (compra das Casas Bahia) e trabalhamos em multicanais de vendas (internet, lojas de conveniência, hiper e supermercados)”, observou o diretor comercial do grupo, Pedro Henrique Pereira.
Além da diversificação dos canais de venda, o Pão de Açúcar tem uma área específica para monitorar as redes sociais e divulgar produtos nesse ambiente virtual. “Também comunicamos iniciativas em sustentabilidade e serviços. Na Páscoa, informamos sobre a procedência e qualidade de nossos pescados”, exemplificou Pereira.

Prezadas e Prezados, dêem a sua opinião sobre as questões levantadas pelo artigo e façam paralelo com nossa conversar sobre tipologias na primeira aula (para aqueles que faltaram, é a primeira referência do livro).

 



39 comentários:

  1. O texto reflete uma realidade do mercado consumidor brasileiro, a que várias empresas já estão se adaptando para não perderem espaço, ou ganhá-lo, porém, a percepção dessa nova faceta sócio-econômica brasileira não foi absorvida por todo o mercado de produtos e serviços. Existem ainda adaptações a serem feitas, a fim de que o maior número de consumidores sejam impactados e percebidos de maneira correta, sobretudo com a ascensão da “Classe C”, e o consumo e/ou produção sustentável. As empresas têm de estar atentas às mudanças de perfil da nossa sociedade, sejam elas de ordem econômica, política, nos relacionamentos, a franca expansão e utilização da Internet pelo consumidor como produtor, editor e colaborador de conteúdo, dentre outras. Mais do que nunca, quem não procurar se atualizar e fazer os ajustes necessários para atender às novas demandas de consumo ficará para trás, literalmente, pois o público-alvo hoje é, em sua maioria, exigente, sabe o que quer, e quando não tem as suas necessidades e anseios atendidos, reclamam, criticam, brigam, fazem um “buzz” negativo (o que mais do que nunca pode ser muito prejudicial), e por aí vai. Pesquisa, relacionamento, proximidade e monitoramento são essenciais para tentar evitar ou minimizar os ruídos que podem advir da relação cliente X empresa, e consequentemente, alavancar as vendas, com satisfação para ambas as partes.

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  2. A abordagem é muito interessante mostra que as empresas estão se colocando a disposição de seus cliente atendendo suas necessidades, desejos e expectativas. Demonstra a necessidade de se fazer um estudo minucioso do público para ter um maior alcance e uma verdadeira identificação para quem se vende a ideia.
    Um estudo minucioso do comportamento do consumidor indicará quais as ações necessárias para atender o público em sua pespectiva de excelência. Podendo assim fidelizar o seu público alvo.

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  3. O mundo muda, o consumidor muda, e consequentemente as empresas têm que mudar sua forma de encarar o os negócios, se adaptando à realidade atual, levando em conta os perfis dos vários grupos de consumidores existentes. Levá-los em consideração é levar o negócio adiante.

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  4. O conceito de emissor -> receptor não funciona mais como estratégia comunicacional nos dias de hoje, as mudanças que houveram fizeram com que o consumidor deixasse de ser passivo, que apenas absorve informações. Agora ele deseja direta ou indiretamente influenciar quem transmite a mensagem. É necessário pensar cada possível cliente com um ser único que apenas se fideliza as marcas que realmente o tratam como ele quer. Tentar separar estes consumidores em caixas e enquadrá-los em modelos pré-estabelecidos torna a forma de comunicar defasada e ineficiente. De acordo com o texto, os novos consumidores se formaram como uma classe exigente e que, para ser atendida precisa antes de tudo ser compreendida.

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  5. É interessante essa afirmação do poder que o consumidor adiquiriu com a internet e as redes sociais.

    Só dessa interatividade consumidor/consumidor servir como alerta para as empresas quanto a qualidade e entrega dos produtos/serviços, já impulsiona não só a melhora da qualidade destes, como também tras uma gama maior ao consumidor de marcas e serviços que podem satisfaze-lo e, talvez, fidelizá-lo.

    A consciência do Jovem da classe C como consumidor e pessoa ativa na economia, também revela muito das ações das empresas hoje em dia. Não é atoa que o leque de produtos e serviços para Universitários esteja cada vez mais aberto: Contas Universitárias, cartões de crédito para universitários etc., são algumas das muitas opções direcionadas a esse público antes não tão percebido como ultimamente.

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  6. Os tempos mudaram as empresas, e o consumidor também, as organizações precisam se adaptar a cada perfil e ficar ‘‘antenadas’’ com o poder de informação que os consumidores têm hoje.
    As empresas hoje em dia precisam estabelecer padrões de produtos que correspondem para cada tipo de consumidor.

    Daniel Carvalho

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  7. Bem, ao ler esse texto me veio a mente uma aula de cursinho onde o professor de ciências falava sobre a Seleção Natural; pode parecer desconexo, ainda mais vindo de uma aluna que nem curtia essas aulas, mas deixa eu me explicar: o exemplo utilizado foi o das girafas, onde a espécie, para se adequar ao meio desenvolveu um pescoço alongado para facilitar sua sobrevivência e alcançar o alimento; vejo as empresas "esticando seus pescoços" todos os dias, de diferentes formas. Elas se adequam ao que o consumidor exige, à sua linguagem, às suas aspirações. Ou seja, se adequam ao que o mercado pede, utiliza todos seus conhecimentos, pesquisas e meios para aproximarem-se do consumidor. Analisam estruturas psicológicas, sociológicas e antropológicas, procuram cercar e envolver o consumidor de todas as maneiras. E estamos diariamente nessa selva... rs.

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  8. O texto revela a realidade que hoje é vivida pelas empresas, a de saber se adequar às necessidades dos grupos humanos. Os consumidores não são mais passivos e estão cada vez mais exigentes, levando as empresas a terem um grande jogo de cintura. E pessoalmente assumo que o "consumidor tem razão" em querer qualidade, boa procedência e bom preço nos produtos/serviços que que adquire. Afinal, quem também não é consumidor e não quer comprar do bom e do melhor?

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  9. O mercado brasileiro passou por várias mudanças nos últimos anos, duas das quais considero mais significativas: a web 2.0 e o crescimento e ascensão da classe C.

    A internet, chamada de web 2.0 depois do estouro da bolha em 2000, impactou fortemente o relacionamento cliente-empresa por meio principalmente das mídias sociais. O consumidor, antes considerado passivo, ganhou voz com esse novo “meio”. São inúmeros os casos de comentários negativos na rede que tomaram repercussão rapidamente e mexeram com a reputação de várias marcas. E não foi só no ponto de atendimento/reclamações que a internet impactou as relações de consumo. O comércio eletrônico está em acelerado crescimento, prova disso, é que no primeiro semestre de 2011 faturou mais de 8 bilhões (fonte: IDG NOW). Mas ainda há muito que melhorar, principalmente no setor de logística.

    Já o outro ponto que ressaltei foi o crescimento e a ascensão da classe C, responsável por 60% do consumo no país. Há muito que se estudar sobre esse “novo consumidor” que busca qualidade, mas que também tem limite para gastar.

    Enfim, o Brasil vive um momento de transição e as empresas têm que ficar de olho aberto nas oportunidades e no consumidor, que não pode ser classificado em escaninhos classificatórios, como foi por muito tempo (classe, idade, sexo, etc). O consumidor hoje está mais exigente sim, tem suas próprias características e está cercado de informações. “Uma pisada na bola e você já era”.

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  10. Estamos numa era de inovação, tecnologia avançada e de adaptação. Cada vez mais as empresas tende a se adequar as necessidades e exigências do consumidor. Algumas ferramentas vão passando a ser menos utilizadas com tanta tecnologia contida num aparelho de celular mas, acredito que nem por isso as pioneiras deixarão de ser úteis. É preciso e necessário que as empresas estabeleçam padrões que correspondam a cada "tipo de consumidor" para assim atendê-lo melhor oferecendo o que é desejado.

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  11. Uma serie de fatores estão se convergindo para uma nova era nas relações entre consumidor e empresas. Já faz tempo que as empresas estão tomando um novo rumo nos negócios, numa busca crescente de valorizar cada vez mais a opinião do cliente, e solucionar com mais agilidade seus problemas no pós-venda. Empresas que não estão fazendo este caminho não irão se sobressair no mercado e dificilmente vão sobreviver.O aumento do poder aquisitivo da população, em especial o da classe c, trouxe também o aumento da informação, e através da internet o consumidor está descobrindo não somente o novas formas de conseguir resolver seus problemas com as empresas, mas também descobrindo pessoas iguais a ela e formando grupos de consumidores, que vão fazer as grandes organizações rolarem em suas camas macias, num desconforto propiciado por esta eterna dor de cabeça. Agora o consumidor não mais será cativo, admitido e calado, ele imporá às empresas a incessante renovação de seu atendimento; esta, não poderá fazer outra coisa senão ouvir atentamente seu cliente ou estará fadada a sucumbir, não porque seu concorrente está na sua frente mas porque seu consumidor ficou mais exigente, mais consciente e sobretudo mais bem informado.

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  12. O Brasil está em plena ascensão, por este motivo eleva os índices e o poder econômico da população, esse fenômeno é muito favorável para os setores que vendem produtos e serviços, mas para satisfazer esse público tem que primeiro conhecê-los e entender onde esse novo consumidor está e como ele age no mercado, Para essas tendências os publicitários estão atentos porque esses são os dados que irão compor as estatísticas dos futuros promissores de 10 anos. A indústria começa a oferecer produtos customizados tornando único e especial para o cliente e outra forma e facilitando a vida dos consumidores e adaptando o mercado com refeições prontas e individuais, e investem em mercados rápidos e produtos em pequenas quantidades, e investe em marcas próprias em outros países essa moda pegou aqui no Brasil tem essa alusão de que o produto e inferior que uma marca já difundida no mercado. Vejo toda essa transformação com bons olhos porque não podemos viver um futuro com cultura e forma de vida do passado os conceitos se auto reformula e nós publicitários temos que aproveita estes momentos para vender nosso peixe.

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  13. É notória a mudança do comportamento da sociedade. A população quando encontrou na web a oportunidade de dar sua opnião, que muitas vezes não se encoraja para faze-lo pessoalmente, descobriu que esta forma mais comoda e eficiente de se manifestar e ter retorno. As empresas, por sua vez, passaram a ter ouvidos para essas manifestações, visto que começava a se criar um grupo que compartilhava do mesmo ponto de vista. Dai começou a nascer o relacionamento que vem dando às empresas o reconhecimento, positivo ou negativo, perante o público. Neste ponto foi-se entendendo o conceito de comunicação. Um publico em ascensão financeira e cultural deixou de ser mero expectador do sistema comercial e passou a ter voz ativa. Entender que a comunicação é uma via de mão dupla é essencial tanto para o consumidor quanto para a empresa. Os produtos deixam de ser itens de consumo básico. E também deixam de ser objeto de desejo simplesmente. O fator "valor agregado" tem ganhado representatividade no padrão de exigência da sociedade. Hoje eu não compro um produto apenas por que eu preciso ou eu gosto. O que a empresa faz além de simplesmente fabricar o produto integra um valor ao que ela produz. Há muito o que melhorar neste caminho. E com as novas tecnologias que vêm chegando, a forma de consumo está em constante mudança. Estamos em uma era de mudança e quem não acompanha este processo, naturalmente será excluido dele.

    José Lana Jr.

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  14. Analisando os textos aqui propostos podemos notar um gigantesco mercado mutante e em plena transformação, consumidores que antes se contentavam com “O bom é o barato” hoje dispõe de mecanismos de pesquisas imediatistas, como a internet.
    Em vinte minutos de navegação pela rede, podemos encontrar analises sobre um determinado produto ou serviço, avaliar a satisfação de outros consumidores, contentes e aborrecidos, felizes e extremamente chateados com determinados produtos, podemos traçar paralelos de marcas concorrentes e produtos semelhantes e bolar uma estratégia de compra que possibilite efetuar uma compra, que satisfaça a necessidade o desejo e por um preço justo.
    As marcas próprias vistas como de menor qualidade e preço baixo estão sim avançando para mudar esta imagem, pois os consumidores estão antenados e fazem associações entre marcas e as grandes empresas não querem mais associar sua marca a produtos de qualidade duvidosa.
    O acesso das classes mais baixas em relação a informação e educação de melhor nível , formam consumidores mais exigentes e que juntos dispõe de grande poder de consumo.
    Hoje a classe C é a base da pirâmide do consumo, antes descartados ou esquecidos hoje dispõe de produtos muitas vezes exclusivos, que atendam suas necessidades e desejos

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  15. O texto relata como as empresas mudaram o ponto de vista referente o consumidor; elas trabalham com foco no cliente, no seu público alvo.
    Hoje os consumidores estão mais atuantes, participativos e rigorosos referente os produtos que adquirem e nos que pretendem adquirir. O consumidor passou a opinar mais e a ser mais exigente, eles querem produtos de qualidade, criticam quando acham pertinente e podem até mesmo mobilizar outras pessoas através das redes sociais.
    A ascenção da classe C mostra que as vendas aumentaram e que as novas classes médias adquirem produtos que antes não tinham condições de adquirir. Eles também são formadores de opinião que fazem toda a diferença no resultado final de cada empresa.

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  16. Hoje em dia, as pessoas buscam mais informações e com essas novas tecnologias, facilitam a comunicação e a interação uma com as outras.
    O consumidor está mais exigente e busca mais praticidade nas coisas, nem que seja comprando um filme pelo controle remoto da sua tv, a população está se tornando mais ociosa com toda essa comodidade e as empresas estão tendo que se adaptar com essa nova rotina.

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  17. Foi dada a largada... E quem tiver o melhor carro (planejamento) e o melhor motor (estratégia) pode ganhar a corrida. Já não é de hoje que podemos perceber que cada vez mais as empresas estão de olho na classe C. Um bom exemplo? As operadoras de telefonia que cada vez mais criam planos mais acessíveis, mais baratos e mais chamativos. Mas o que vem sendo o óleo na pista destas empresas é o famoso atendimento pós-venda. Não só as empresas de telefonia, mas muitas outras como setor de vestuário, eletrodomésticos têm apresentado “derrapagens” justamente aonde eles teriam que passar sem nenhum problema. Como o próprio texto diz o consumidor hoje busca referencia, informações antes de adquirir o produto. Com o advento das redes sociais se um “fulano” lá no Nordeste do Brasil compra um aparelho de TV que não liga e ele não consegue trocar devido à burocracia da loja ou ate mesmo da fabricante da TV comenta algo em alguma rede social em frações de segundo todo o Brasil esta sabendo. O consumidor brasileiro principalmente do da classe C passou a ser mais exigente e como já foi citado as empresas devem abrir o olho diante disso pois o carro das concorrentes está logo atrás aguardando um momento para a ultrapassagem e conquistar essa vitória neste caso o cliente.

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  18. Através das mudanças ocorridas no mercado brasileiro nos últimos tempos, várias empresas tiveram que se adaptar para atender bem aos seus clientes. Aqueles que não se abriram à estas mudanças, vem sofrendo as consequências. Constantemente vemos pessoas insatisfeitas nas redes sociais buscando serem atendidas e transmitindo mensagens de insatisfação a outras milhares de pessoas. As ferramentas disponibilizadas, tem ajudado no contato com o público, mas se não forem utilizadas corretamente, também podem comprometer a imagem da empresa envolvida, pois uma grosseria ocorrida no supermercado ou um produto em más condições de higiene podem ser "espalhados" na rede. Por isso, é sempre bom que elas tentem se manter próximas e sejam parceiras dos clientes, os consumidores estão cada vez mais exigentes, tem muitas opções de marcas, possuem ferramentas para pesquisar bastante antes de comprar e buscam praticidade e qualidade acima de tudo.

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  19. Hoje em dia a população está cada vez mais aumentando seu poder de compra. Sendo assim nós consumidores exigimos bem os locais ou o que queremos e por conta disso as empresas estão se adequando aos clientes para melhor atender a todas as classes. As empresas trabalham hoje sempre inovando e atualizando as informações nas redes sociais que hoje é uma grande fonte de pesquisa e com essas pesquisas que foram ocorrendo as mudanças das classes e as empresas perceberam que teriam que se adequar ao seus cliente de uma forma melhor para atender todos. As empresas passaram então a pesquisar os tipos de pessoas, consumidores que estão surgindo, como por exemplo quais os comportamentos, se são pessoas sonhadoras, liberais, ou seja qual tipo de personalidade tem os consumidores hoje em dia.

    Aluno: Ralfi Alexandre de Matos Ferreira
    RA:31118428

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  20. Hoje em dia a população está cada vez mais aumentando seu poder de compra. Sendo assim nós consumidores exigimos bem os locais ou o que queremos e por conta disso as empresas estão se adequando aos clientes para melhor atender a todas as classes. As empresas trabalham hoje sempre inovando e atualizando as informações nas redes sociais que hoje é uma grande fonte de pesquisa e com essas pesquisas que foram ocorrendo as mudanças das classes e as empresas perceberam que teriam que se adequar ao seus cliente de uma forma melhor para atender todos. As empresas passaram então a pesquisar os tipos de pessoas, consumidores que estão surgindo, como por exemplo quais os comportamentos, se são pessoas sonhadoras, liberais, ou seja qual tipo de personalidade tem os consumidores hoje em dia.

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  21. Em tempos atuais os cybers espaços e as convergências de informações estão cada vez mais acessíveis a todas as classes da população brasileira. Estes espaços criam um lugar para que vários tipos de consumidores possam além de pesquisar sobre determinado produto de interesse também troquem informações e opiniões com outras pessoas sobre os mesmo produtos. Com esta ação as empresas acabam precisando adaptar os seus produtos aos grupos ao qual vender.
    Em alguns casos a flexibilidade adotada por algumas empresas (assim como afirma o texto) ajuda e agregar características positivas as marcas. Mas nem toda empresa tem condições de tomar esta mesma atitude. Por exemplo: Na empresa onde trabalho, embora já esteja há cinco anos no mercado, o segmento não permite tal flexibilidade fazendo com que os profissionais de MKT pensem outro tipo de solução/saída.

    OBS.: Caso alguém tenha uma ideia, estou aberto a sugestões!!!

    É sempre necessário se reinventar-se, principalmente para consumidores que estão cada vez mais exigentes em suas compras. Talvez é chegado o momento em que os consumidores é que iram “vender o seu perfil” e as empresas se adequarem.
    Bom pelo menos espero!

    RENÁTO CAROLINO
    RA:31118110

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  22. Engraçado, a minha percepção é de que as empresas não estão mudando tanto assim não. Percebo muito ainda as empresas fazendo de tudo pra ganhar novos clientes, com promoções absurdas e infundadas, praticamente enganando o cliente e para fidelizá-los apelam para extensos contratos com multas altíssimas em caso de rescisão. Nada oferecem de benefício ao cliente antigo e quase sempre acabam nos órgão de defesa do consumidor. A publicidade é que tem tentado mudar a mentalidade de seus ricos clientes que na maioria dos casos acham mais lucrativo enganar novos clientes todos os dias que tentar inventando técnicas de fidelização.

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  23. Ter a percepção de que os consumidores estão mais exigentes é fator primário para que as empresas se mantenham competitivas. Com os adventos tecnologicos, ficou muito mais facil exigir e cobrar. Diante deste cenário, as empresas estão cada vez mais inovando e correndo atras da novidades e avanços tecnológicos.

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  24. A vasto conhecimento oferecido atualmente, torna os consumidores mais exigentes com os produtos e serviços a eles oferecidos. As manifestaçoes por parte dos consumidores tornou-se habitual,exigem seu direito de reclamações, sugestões, dentre outras maneiras de se opiniar sobre o que é vendido. Devido a sua ascessão, a classe C acelera a economia nacional com seu poder de compra, entrando também para a lista de consumidores exigentes.

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  25. Antes o controle era do a industria, depois passou a ser do intermediador e hoje em dia o controle do mercado de consumo esta na mãos dos consumidores, e as empresas estão se adaptando cada dia mais a essa nova realidade. O consumidor deixou de ser passivo no consumo, e esta cada vez mais ativo e exigente, até mesmo a nova Classe C que na teoria seriam consumidores de produtos de segunda ou terceira linha, exigem cada vez mais das empresas que são obrigadas a atender pois a mesma representa a maior fatia do mercado atualmente.

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  26. As empresas devem acompanhar as mudanças que o mercado exige.A cada dia essa busca concorrida por clientes fidelizados a certo serviço, marca ou produto se torna mais acirrada.Um exemplo porque isso ocorre é variedade de produtos no mesmo segmento.À alguns anos comprar era muito mais simples.Hoje, você tem diversas marcas, modelos e benefícios mais específicos na compra do que antes.Empresa, mercado e principalmente consumidores devem ficar atentos e se adequar a essas modificações.

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  27. Karoline Miranda Barreto5 de março de 2012 às 13:12

    O mercado vem passando por muitas mudanças. o consumidor está cada vez mais exigente e com mais acesso, devido a isso, quando seu consumidor esta insatisfeito, a reclamação vem a tona. Para que isso não aconteça, as empresas estão tendo que se adaptar para nao perder seu espaço e se colocando cada vez mais a disposição dos consumidores.

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  28. Mudança e Adaptação. Duas frases que aparecem tanto no texto, quanto nos comentários. Esses dois conceitos dizem muito sobre a realidade contemporânea, uma realidade líquida como afirma Bauman. Os indivíduos identificados com consumidores, que antes eram seres passivos de certo modo em relação aos vários níveis de consumo, hoje experimenta uma ferramenta colaborativa de comunicação que o faz repensar valores e desejos referentes a este consumo. O texto e os comentários são categóricos ao afirmar que consumidores e empresas estão mudando a forma de se relacionar e o mercado vem tentando se adaptar ao que se convencionou chamar de "nova classe C". Mas e nós estudantes de publicidade, estamos mudando nossa percepção do que é esse consumidor e que mensagem podemos utilizar para se comunicar com ele para além do discurso teórico? Estamos na praia observando a onda ou estamos apenas nela esperando quebrar? Apesar de esclarecedor em alguns aspectos, a partir de uma observação mais detalhada, pode-se levantar algumas discussões e apontamentos interessantes sobre o tema.

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  29. Paulo Henrique Lopes14 de março de 2012 às 07:05

    O comércio eletrônico teve expansão de 26 % em 2012, segundo e-bit e Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. Com o crescimento do comércio digital surgem novas maneiras de comprar, via internet, celular, compras coletivas e etc. Surgem também novos perfis de consumidores, que dispõe de agilidade e exigem plataformas digitais, pagamentos on-line, negociações via internet e telefone. Os novos desafios estão aí e disputam lugar com antigos problemas, a comunicação direcionada com linguagem e plataformas adequadas que ainda não foram utilizadas em capacidade suficiente ou desenvolvidas para satisfação do público. Com essa alteração de mercado só as empresas atentas sobreviverão.

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  30. Com a chegada da nova classe média brasileira as empresas se viram obrigadas a refletir sobre como venderiam para ela. O raciocínio de comunicação e publicidade teve de ser revisto, desde a concepção do público alvo - que antes era muito simples e hoje é complexo, tendo nichos cada vez mais específicos, princiapalmente com as redes sociais e internet, que permitem um grau bem superior de "categorização" - até a formulação da mensagem a ser repassada. Não é mais colocar um comercial na Globo que fará com que o produto se torne um sucesso de vendas. As pessoas estão buscando atributos palváveis e que tragam algum benefício para elas. E quem está fornecendo essas vantagens junto a um produto de qualidade e preço acessível com certeza se destacará no mercado.

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  31. Tipologia: Agrupar pessoas de acordo com hábito (de consumo, no caso).
    Com base nessa definição, agruparam-se pessoas que tem baixo poder aquisitivo, necessidade de afirmação enquanto consumidores e que procuram qualidade e praticidade na hora de consumir.
    Por ser de baixa renda, essa nova classe C, predominante no mercado brasileiro, tem especificidades, como a linguagem mais simples e alguns "mimos" fáceis de prover, como brindes, por exemplo.
    Concluo que o mercado produtor de bens está, acertadamente, voltando os olhares para esses novos tipos de consumidor, que, a meu ver, não estão tomando o lugar das classes A e B, mas estão criando uma espécie de conurbação social, onde não se sabe mais quem é quem no mercado.

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  32. O texto ilusttra a mudanca na sociedade e seus interesses de consumos assim como as empresas devem se adaptar a essas mudancas.
    Um olhar mais apurado para a classe c indentificou um grande numero de consumidores em potencial principalmente os jovens que ao iniviar a sua vida profissional aproveita do consumo para se tornar ainda mais independentes. A classe c agora se deletia de experiencias jamais vividas antes e aproveita de empresas que oferecem a ela o credito para que ela consuma ainda mais.

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  33. O artigo acima aborda sobre as mudanças do mercado consumidor brasileiro, que impõe que as empresas reinventem a oferta de produtos e serviços e as formas de fidelização do cliente. Dessa forma as empresas tem que agarrar as oportunidades e conquistar os consumidores de forma criativa e inovadora, pois esses estão cada vez mais exigentes e cercados de informações.

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  34. As mudanças no mercado, como aumento da classe C, excesso de informação, pessoas conectadas a todo o momento, fenômeno das redes sociais e aumento do limite de crédito, têm feito com que as empresas se reorganizem para atender às expectativas dos consumidores.
    O consumidor está cada vez mais exigente e imponente à ponto de se fazer ouvir, seja por meio da internet, por protesto em redes sociais.
    E as empresas têm de conhecer os tipos de consumidores para se adaptar ao perfil de cada um e entender de onde vem a motivação que gera a necessidade de compra. Ou até mesmo estar atento às novas motivações e necessidades.

    Aluno:Alberth Franconaid
    RA: 0922610

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  35. fernanda marques furtado15 de abril de 2012 às 19:17

    O crescimento da classe C, o encasulamentoe os outros tópicos citados, deixaram de ser tendências e hoje são realidade.
    Com a grande procura, a grande oferta e as redes socias, o mercado ficou mais preocupado com o consumidor.
    O processo deixou de ser apenas criar o pruduto e o precificar. Para vender, as empresas precisam adequar o produto ao consumidor, precificar de acordo com seu público, criar um pdv que contenha mais do que apenas o produto físico, trabalhar com SVA, produto ampliado e potencial, garantir sua boa qualidade, entre outras inúmeras coisas.
    Um case que podemos analisar é o da Brastemp.
    Empresa consolidade e referência no mercado.
    Entregou um produto com defeito e não deu "bola" para o consumidor insatisfeito. Provavelmente pensaram, "ah, é apenas um consumidor". O problema é que o consumidor em questão usou as redes sociais a seu favor e conseguir mobilizar um nicho de pessoas que provavelmente já teriam passado por algo semelhante. No final da história, a empresa que não ligava pra internet, para redes sociais, teve sua marca manchada pelo consumidor, que o fez através da tecnologia, utilizando o velho e conhecido marketing boca-a-boca. Esse marketing negativo teve seu ínício na internet, passando pela tv, jornais e até sala de aula. Um ótimo exemplo de transmídia.

    Acredito que muitas empresas ficaram mais atentas depois desse e outros episódios. Mas é bom prestar atenção no processo de compra, como um todo. Desde o atendimento e a experiência no pdv, até a utilização e o descarte do produto.
    Afinal, "o cliente tem sempre razão".

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  36. As constantes inovações levam o mercado a inovações que beneficiam o consumidor. A Internet, por exemplo,é um exemplo de como o consumidor passa a ser produtor, editor e colaborador de conteúdo. Com isso as empresas também temque se adequar para continuar no mercado.

    Marianne Drumond
    PP- Noite

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