O Discovery Kids divulgou nesta terça-feira, 28, o resultado de sua
pesquisa anual intitulada “Razão ou Emoção: o que conecta as famílias
atuais?”. Realizada pelo quarto ano consecutivo, a pesquisa anual da
programadora – que abordou temas diferentes em cada uma de suas edições,
normalmente colocando as crianças em foco – busca entender os hábitos
do novo consumidor, cada vez mais conectado, através do mapeamento da
dinâmica familiar. Para isso, foram entrevistados 1.525 pais de 13
estados do país, com filhos de até dez anos de idade e que tivessem TV
por assinatura em suas residências.
Segundo Marcela Dória, gerente de pesquisa da Discovery Networks no
Brasil, um dos objetivos da pesquisa é entender o público da emissora,
que tem crescido juntamente com o mercado de TV por assinatura: “com a
penetração cada vez maior da TV por assinatura nos lares, queremos
conhecer e entender estes novos espectadores”, afirma. Desta maneira, o
estudo encontrou alguns pontos em comum entre os pais entrevistados,
principalmente em suas preocupações: com famílias menores (61% possuem
apenas um filho) e pais mais maduros e com grau superior completo, a
formação educacional e moral do filho – assim como sua saúde e
socialização (principalmente digital) – aparecem como preocupações
prioritárias para este público.
Para separar os pais de acordo com suas preocupações e comportamentos, a
pesquisa os identificou e separou em quatro tipos diferentes:
engajados, observadores, interativos e participativos. Os pais engajados
(40% do público entrevistado) – grupo que contempla famílias de renda
intermediária com filhos mais novos – são aqueles que buscam uma conexão
com os filhos através do coração, transmitindo suas próprias
experiências a partir de uma interação lúdica, e acabam dando maior
poder de decisão para eles. Já os pais observadores (30%) também tem
renda familiar intermediária, mas seus filhos são mais velhos. Eles
utilizam a intuição para entender suas necessidades, não cedendo às
vontades dos filhos e adotando um perfil mais controlador.
Os pais interativos (20% dos entrevistados) – famílias com renda e
nível educacional mais baixos – são mais liberais e dão maior poder de
consumo aos filhos – atendendo às suas vontades tanto em suas compras
quanto na programação – uma vez que priorizam atividades em que podem
interagir com os filhos, que são muito presentes em seu dia-a-dia.
Assemelham-se, assim, aos pais participativos (10%) – grupo composto por
famílias de renda maior que também dão autonomia para seus filhos terem
poder de escolha na hora da compra. A diferença aparece na hora de
assistir televisão: mais preocupados com a saúde, estes pais proibem as
crianças de ficarem muito tempo em frente ao computador ou à televisão, e
escolhem o que seus filhos vão assistir.
Segundo os dados recolhidos, que também apontaram que 75% deste público
assiste mais à TV por assinatura do que à TV aberta, foi possível
constatar que não só a renda familiar, mas também a idade dos pais
determina muito as conexões que eles têm com seus filhos. Desta maneira,
seguindo as projeções de que até 2015 serão 22 milhões de lares com
acesso a TV por assinatura (totalizando 79 milhões de espectadores), é
importante saber diferenciar cada um desses tipos de pais, a fim de
elaborar estratégias de comunicação para todo o público do canal.
Prezadas e Prezados, como viram a questão da tipologia ainda permanece como um referencial importante para entender o mercado. No entanto, como vimos em aula, todo método para tentar entender o comportamento do consumidor pode ser questionado, assim como seus resultados. Assim, elenque os méritos dos resultados deste levantamento assim como seus contrapontos e contraditórios.