quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pesquisa divide classe média em promissores e batalhadores; qual você é?

Do UOL em São Paulo -  18/02/2014 - 11h45

O Instituto Data Popular e a Serasa Experian divulgaram nesta terça-feira (18) um estudo que divide a nova classe média brasileira em quatro perfis: promissores, batalhadores, experientes e empreendedores.
O Data Popular considera como pessoas pertencentes à classe média aquelas com renda familiar mensal de R$ 1.694 a R$ 3.094.

Cerca de 108 milhões de brasileiros, ou 54% da população, fazem parte desse grupo atualmente. Se formasse um país, a classe média brasileira ocuparia a 12ª posição em número de habitantes, à frente, por exemplo, de Alemanha, Egito e França.
Para dividir esses consumidores em quatro perfis, o Data Popular e a Serasa Experian consideraram apenas aqueles que têm mais de 16 anos, ou quase 77 milhões de pessoas.

Jovens, solteiros e com carteira assinada

O que o estudo classifica como "promissores" são, em sua maioria, solteiros, com ensino médio completo, idade média de 22,2 anos e emprego com carteira assinada. Eles totalizam 14,7 milhões de pessoas e gastaram, juntos, R$ 230,8 bilhões, principalmente com beleza, veículos, educação, entretenimento, itens para casa e tecnologia.
Para eles, a vida é feita de oportunidades e o acesso a crédito ajuda a melhorar a condição financeira. Segundo o estudo, porém, mais da metade, ou 51% das pessoas que se encaixaram nesse perfil, já tiveram algum descontrole financeiro.
Os "batalhadores" são, segundo o Data Popular e a Serasa Experian, 30,3 milhões de pessoas (39%). É o maior grupo e o que mais consumiu no ano passado: suas despesas chegaram a R$ 388,93 bilhões. Eles têm idade média de 40,4 anos.
São pessoas que veem, no emprego, o caminho para a estabilidade e para a realização de sonhos e desejos. Integrantes desse grupo gastam seu dinheiro sobretudo em turismo nacional, veículos, eletroeletrônicos, imóveis, movéis, eletrodomésticos e seguros.

Aposentados que se mantêm no mercado de trabalho

Outro perfil detalhado pelo estudo tem 20,5 milhões de pessoas (26%) e classifica os integrantes com "experientes".
São pessoas com idade média de 65,8 anos, muitas aposentadas. Para eles, o momento pós-aposentadoria pode ser sinônimo de depressão e preconceito por parte dos mais jovens. Por isso muitos se mantêm no mercado de trabalho.
O seu consumo anual é de R$ 274 bilhões e está relacionado a turismo nacional, eletroeletrônicos, serviços de saúde, móveis e eletrodomésticos.
Já os "empreendedores" são 11,6 milhões de pessoas (16%) com idade média de 43 anos e maior escolaridade do que os demais. Eles valorizam a liberdade e consideram que o trabalho deve ser responsável pelo sustento, mas é importante fazerem uma atividade de que gostam.
É o grupo com maior renda per capita e seu consumo total chegou a R$ 276 bilhões no ano passado. Os principais gastos foram com educação, eletroeletrônicos, turismo internacional, tecnologia, veículos e entretenimento.

Nova classe média gastou R$ 1,17 trilhão em 2013

O estudo "Faces da Classe Média" demorou um ano para ser finalizado e tem por objetivo ajudar empresas, agências de publicidade e governos a elaborar ações com foco nesses consumidores.
Segundo o estudo, a nova classe média brasileira gastou, no ano passado, R$ 1,17 trilhão. Essa camada da população foi responsável por movimentar 58% do crédito concedido no país no ano passado.
A expectativa, segundo o estudo, é que, até 2028, 58% dos brasileiros façam parte dessa camada da população, o que vai significar 125 milhões de pessoas dentro de uma população total estimada de 216 milhões de habitantes.

Prezadas e Prezados, mais do que responder a pergunta do título, faça uma ligação entre a reportagem e o que discutimos em sala quando falamos sobre grupos sociais, com uma análise crítica. 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Estudo Dirigido III - Personalidade e Percepção



Este Estudo Dirigido tem como objetivo a consolidação dos conhecimentos sobre a formação da personalidade (em especial pelas teorias de Horney, Rieman e Ericksin) e características da percepção.

1) O trabalho é individual para aqueles que não estiveram presentes nas aulas do dia 15/4 (turma manhã) e 26/4 (turma noite), quando puderam fazer em grupo.

2) Escolher um produto ou serviço não lucrativo.

3) Descrever sinteticamente uma ação de marketing sensorial, como o demonstrado no video acima, intitulado Coca-Cola Creates Park: Roll Out Happiness.

4) Elencar as características da percepção que a proposta utiliza como base e justifique a resposta.

5) Descreva os objetivos de proposta e o perfil do público-alvo a partir de uma ou mais teoria de formação de personalidade.


Entregar até o dia 29/4 (turma manhã) e 2/5 (turma noite)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Valores difusos num país sujo


Por Fernando Rodrigues - Folha de S. Paulo - Opinião - 08.03.2014

Com o fim formal da ditadura (1985) e a estabilização da economia (1994), o Brasil passou a enxergar com mais clareza o seu atraso civilizatório. Ficou mais visível como são difusos os valores da nação. O vídeo do prefeito do Rio, Eduardo Paes, jogando sujeira no chão é apenas um microexemplo do caráter e dos costumes nacionais.

Há alguns anos, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um bombom de cupuaçu. Comeu e também jogou o papel no chão sem nenhuma cerimônia.

A greve dos garis no Rio expôs ao país como sua população é composta por Eduardos e Lulas. O volume de lixo jogado nas ruas do balneário fluminense é incompatível com uma sociedade desenvolvida. O brasileiro em geral se comporta como se o espaço público não fosse seu. Todo tipo de porcaria é arremessado na calçada, sem o menor remorso.

Seria possível escrever um tratado a respeito. Ficarei apenas no capítulo sobre a responsabilidade dos políticos e governantes em geral. O Brasil gasta bilhões de reais com publicidade estatal. Quase nunca esses recursos são usados para algum tipo de campanha a favor, por exemplo, de hábitos mais civilizados das pessoas nas ruas. Pior: certas propagandas com apelo cívico erram o alvo, como aquele comercial paraestatal martelando que "o melhor do Brasil é o brasileiro", cujo objetivo era melhorar o astral geral do país.

Se há um povo com excesso de autoestima é o brasileiro. Em ano de Copa do Mundo, nota-se até uma certa arrogância no ar. A campanha de uma marca de guaraná estrelada pelo jogador Neymar eleva ao paroxismo o mau-caratismo nacional. Reedita a "Lei de Gérson". O camisa 10 brasileiro escreve frases em português para estrangeiros que não sabem o idioma se autoridicularizarem ao pedir a bebida. Ao final, fala o anunciante: "Todo mundo quer, mas só a gente tem". É verdade.

Prezada(o)s, comentem o artigo sob a perspectiva da publicidade e do comportamento do consumidor.