Blog da disciplina Comportamento do Consumidor, do curso de Propaganda e Publicidade do Centro Univers. UNA, de BH/MG. Vamos debater casos e a profissão do publicitário.
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Aqui também estarão os trabalhos de classe. Fique atenta(o)!
Ela consiste na realização de uma pesquisa num ponto de venda
direta (PDV) -
supermercado, loja, ou mesmo ambientes culturais como museus ou cinemas, por
exemplo. A proposta aqui é realizar uma pesquisa junto ao público presente no
PDV escolhido, colhendo junto a ele informações pertinentes à sua interação com
o ambiente, com os objetos e informações disponíveis, etc.
É
preciso que as seguintes análises sejam realizadas:
·Fatores situacionais: relembrem o tema e façam uma análise dos
prós e contras, com uma lista de sugestões de melhorias (Eliana Karsaklian, 2008, p. 224).
·Estímulos presentes no PDV: indiquem os principais estímulos importantes presentes no PDV, conforme
o texto de Eliana Karsaklian (2008, p. 232-233), identificados a partir de algumas
regras (deixar tocar, ter espelhos, deixar que o
cliente faça descobertas, proporcionar diálogo e
que ele seja reconhecido). Leiam este texto ANTES de
irem ao local e depois relatem se essas regras foram cumpridas pelo
estabelecimento.
·Razões para experiência: Oshima (2015), no texto estudado em
Comportamento do Consumidor, diz que agora as pessoas estão preferindo comprar
experiências, ao invés de produtos. Aponta quatro razões para
isso: nossa necessidade de convivência e compartilhamento, capacidade
de adaptação, possibilidades de comparação imediata e relaçãomaistênue com o arrependimento.
Na visita, indiquem se essas razões aconteceram e justifiquem a resposta.
·Processo de informação: depois de retornarem, saírem do local,
quando estiverem fazendo o relatório do trabalho, escrevam sobre o que ficou
do processo de informação.
Porque depois? Porque só depois vocês poderão saber se efetivamente passaram
por todo o processo: exposição, atenção, decodificação, aceitação e
retenção. Descrevam o que ficou na memória e
porque vocês acreditam que o que estava no local assim favoreceu.
(A Turma da Manhã está fazendo em conjunto com a
disciplina de Pesquisa de Opinião e, assim, tem outras solicitações
complementares: verificar no documento postado no Ilang - aquele/as
estudantes que, no turno da manhã, não fazem a disciplina de Pesquisa de
Opinião devem fazer o trabalho a) ou junto com colegas que fazem ambas
as disciplinas, b) ou seguir as orientações acima, fazendo individual ou
em grupo de colegas em situação semelhante)
Entrega
até 26/06: enviar para
unacomportamento@gmail.com
Com tanta concorrência e com o
consumidor cada vez melhor informado, as empresas estão investindo ainda
mais em ações no ponto de venda, tanto nos ambientes físicos quanto nos
virtuais, afinal, é no momento da compra que a decisão é realmente
tomada. Segundo a pesquisa “A hora certa de ativar o shopper”, realizada
anualmente pela Nielsen, cerca de 70% das decisões são tomadas na
frente das gôndolas, sendo que 50% destas são feitas por hábito.
De acordo com a analista de mercado da
Nielsen, Stephanie Biglia, durante o processo de compra, o shopper
recebe infinitos estímulos a todo instante e, na impossibilidade de
processar conscientemente todos eles no ato de compra, o consumidor
acaba por tomar muitas decisões no “piloto-automático” e realiza suas
escolhas baseado em fatores emocionais e intuitivos. “Por isso, em
muitos casos, o shopper acaba levando em consideração (de forma
inconsciente) fatores culturais e sociais, humor no momento da compra,
necessidades de uso, dinâmica ou hábitos do local, assim como opções de
compra, valores ou ações de marketing que têm mais destaque.”
Para a executiva, por conta disso, a
indústria e o varejo devem avaliar cada vez mais suas ações em relação
ao consumidor que tem o poder de decisão da compra e, até mesmo, com as
pessoas que influenciam o shopper antes do momento da aquisição.
Stephanie contou que, para a realização
desta pesquisa, além das entrevistas, uma das ferramentas utilizadas
pela Nielsen foi o eye tracking, aparelho que monitora o movimento
ocular das pessoas, permitindo ao pesquisador saber exatamente para onde
a pessoa olhou, quanto tempo, quantas vezes e qual foi o caminho
percorrido. Segundo ela, entre outros pontos, a ferramenta detectou que
cada pessoa fica em média 15 segundos na frente de uma gôndola e foca
sua atenção no máximo 1,6 segundo em cada ação no ponto de venda.
No Brasil
A pesquisa destacou que 61% das compras
são planejadas, sendo que 54% destes shoppers dão prioridade ao tipo de
marca e já saem de casa com esse poder de decisão. No restante, 17% das
compras são feitas por impulso e em 22% das vezes o shopper já sabia que
precisava do produto, mas lembrou apenas no ponto de venda, o que pode
variar muito para cada tipo de produto.
De acordo com os dados apresentados pela
pesquisa, na maioria dos países pesquisados o perfil dos consumidores é
muito semelhante, mas alguns pontos são bastante distintos. No Brasil,
por exemplo, 70% das ocasiões de compra ainda são de abastecimento ou
reposição, bem diferente de uma compra de emergência, ocasião especial
ou para consumo imediato.
Stephanie ressaltou que, nos Estados
Unidos, o perfil é basicamente o mesmo. “Assim como no Brasil, apenas 7%
dos consumidores vão fazer compras pequenas, o mesmo não acontece em
países europeus, por exemplo, onde as compras menores chegam a 20%.”
Para a executiva esse comportamento do
brasileiro é bastante cultural. “As pessoas começaram a adotar esse
procedimento na época da inflação porque tinham que estocar produtos, já
que, no dia seguinte, o preço já estaria maior. “Hoje, ainda temos
reflexos desse comportamento, mas isso vem mudando aos poucos e devemos
ter uma alteração significativa dentro de uns cinco anos.”
O estudo também detectou que, no Brasil,
dependendo da missão de compra, o consumidor pode dar mais preferência
para conveniência, variedade, qualidade, experiência, preços baixos,
promoções, lançamentos ou vários outros.
De acordo com ela, variedade e promoções
ainda são os principais fatores de escolha para os brasileiros,
diferente de outros países onde costumam dar preferência a locais que
ofereçam mais conveniência.
Decisão de compra
Ainda segundo o estudo, 52% da decisão
de compra é toda dos shoppers na escolha de qual produto específico
comprar, mas em 36% eles compram principalmente para satisfazer outras
pessoas. Para outros 12% os shoppers têm parte da responsabilidade, mas
consideram o desejo de outras pessoas na decisão. Ela lembrou que, por
conta disso, é preciso saber o momento certo de falar com esse
consumidor e saber como ativá-lo.
O Nielsen Shopper é um estudo global
realizado em 12 países com aproximadamente 17 diferentes categorias por
ano para entender as principais variáveis sobre comportamento do
shopper. São abordados homens e mulheres, de 18 a 69 anos, responsáveis
pelas compras de seus domicílios. O estudo utiliza a metodologia online,
com uma amostra mínima de 1.900 casos por país e 300 casos por
categoria em cada um deles.
Pessoal, o profissional de comunicação, em grande parte, é formado para o momento de planejamento do consumidor. Daí a ênfase em produtos midiáticos e de planejamentos estratégicos. Mas, conforme a pesquisa, boa parte dos consumidores decidem no ponto de venda. Como os profissionais de comunicação podem atuar neste cenário? Vocês poderiam usar argumentos que falamos ao longo de nosso semestre?