Alguma vez você já parou para se perguntar por que você faz as
atividades que faz? Pode parecer uma pergunta sem propósito mas meu objetivo é
saber o seguinte: você sabe o que te motiva?
A motivação é um tópico que está sempre em discussão em qualquer equipe
e qualquer empresa. Na agilidade, ela até faz parte do Manifesto Ágil sendo o
foco do 5º princípio, como falamos aqui. Por ser um assunto tão importante, ele já
foi objeto de estudo de diversos autores, dentre eles, Jurgen Appelo.
O Jurgen conseguiu nos trazer um resumo de 10 fatores de motivação intrínseca
intimamente ligados ao universo das organizações, mas que tal olharmos um pouco
além?
O primeiro contato que tive com estudos sobre a motivação foi através de
um artigo de Thomas Malone, onde ele resumiu 3
fatores principais que motivam as pessoas a participar e desenvolver
atividades: dinheiro, amor e glória. Para ele, esses eram, até 2009, os
3 fatores básicos de motivação das pessoas. Ou elas se motivam porque buscam um
ganho financeiro, ou se motivam a fazer algo simplesmente porque gostam, ou
elas se motivam porque querem ser reconhecidas pelo trabalho desempenhado.
Um pouco depois, li um outro artigo escrito pela Mary Lou Maher, onde ela
adicionou mais 5 fatores à esta lista do Malone: desafio, carreira,
interação social, diversão e obrigação. Até aqui temos 8 fatores de
motivação intrínseca que, ao meu ver, vão além do mundo corporativo. Tenho
certeza que existem diversos estudos que levantam outros muitos fatores de
motivação, mas acho que esses já são suficientes para nos fazer parar e
refletir sobre o que, intrinsecamente, mais nos motiva a fazer nossas
atividades diárias, sejam elas pessoais ou profissionais.
Acho que, pelo bem da simplificação, os 3 fatores iniciais levantados
pelo Malone realmente podem ser considerados os fatores básicos de motivação
porque, de certa forma, agrupam os demais fatores levantados. E também concordo
com o Malone quando ele diz que, atualmente, as pessoas se empolgam mais com os
"novos" fatores amor e glória e cada vez menos com o
"antigo" dinheiro.
E, aparentemente, é o que também acha Jurgen Appelo. Então, vamos aos 10
desejos intrínsecos propostos por ele e o que significam. São eles:
1. Aceitação: saber que as pessoas ao seu redor
gostam de você e do seu trabalho.
2.
Curiosidade: ter sempre que pesquisar e buscar coisas diferentes
para incorporar no seu trabalho.
3.
Domínio: ter certeza que o trabalho a
ser desempenhado está dentro da sua alçada de conhecimento e ao mesmo tempo te
leva a melhorar.
4.
Honra: saber que você consegue passar
seus valores para a sua equipe e seu dia a dia na empresa.
5.
Liberdade: não depender de outras pessoas
para realizar o seu trabalho.
6.
Objetivo: saber que seu trabalho está
alinhado com seu objetivo de vida ou que você está trabalhando para um bem
maior.
7.
Ordem: ter um mínimo de ordem e estrutura na empresa para que você
possa desemepenhar o seu trabalho.
8.
Poder: saber que sua opinião será ouvida e levada em consideração
na tomada de decisão.
9.
Relacionamento: ter um bom relacionamento social com seus colegas
de trabalho.
10. Status:
saber que você tem um bom cargo na empresa e é reconhecido por isso.
Pode não parecer, mas cada um desses fatores é extremamente importante
para nos mantermos motivados com o que fazemos. E mais importante ainda é
termos consciência deles e sabermos, dentre os 10, quais mais nos motivam e,
portanto, precisam de maior atenção e cuidado para que nós mesmos e nossas
equipes estejam sempre com a motivação lá em cima. Não é fácil, mas é aquilo… get
motivated or die trying.
Voltando à questão inicial, refaço a pergunta: e agora? você já sabe o
que te motiva?
Pergunto isso novamente porque quando estamos motivados, melhoramos o
trabalho para nós e para aqueles que estão no mesmo barco que a gente. Mas como podemos nos motivar e
ajudar aos outros a se motivarem se nem ao menos sabemos o que nos motiva? Por
isso, minha sugestão, com este post, é que paremos um pouco para tentar
analisar o que nos motiva. Com
certeza, esta reflexão nos trará bons frutos mais a frente.
Prezadas
e Prezados, vocês são capazes de responder a pergunta? Qual o
impacto que as motivações podem ter nos nossos projetos de
comunicação?