terça-feira, 11 de abril de 2017

Estudo Dirigido II - Motivação na Praça


Façam um grupo de ATÉ quatro membros, ou faça individualmente.


1)     Leiam todas as instruções ANTES de começar o exercício


2)     Vão a uma praça pública e encontrem alguém em uma atividade de consumo. Mas lembrem-se que o conceito de consumo é amplo: alguém sentando no banco ou fazendo uma caminhada está consumindo a estrutura da praça, a segurança pública, o design arquitetônico..., ou mesmo consumindo um produto físico, como na leitura de um livro ou um jornal, ou mesmo um picolé ou pipoca.

3)     Definam apenas UM item de consumo. Exemplos: o livro, a caminhada, o descanso na praça, o picolé.... Anotem!

4)     Abordem a pessoa, se apresentem como estudantes de comunicação, perguntem seu nome e profissão, e se poderiam fazer uma pergunta. Se ela/e concordar, pergunte apenas:

“O que motiva você estar (colocar a opção de consumo: exemplos: lendo/caminhando/sentado no banco) neste momento?”

Anotem a resposta o mais literal possível.

5)     Peçam licença para tirar uma fotografia dela/e na atividade de consumo. Atenção: façam o possível para que não seja uma foto posada, e solicite que ela fique o mais natural possível, repetindo o momento como era ANTES de ser abordada/o por vocês. Agradeçam e façam uma despedida.

Façam um relatório como no exemplo a seguir: 





Nome da pessoa: José da Silva

Profissão: Administrador
Ato de consumo: Lendo um livro

“O que motiva você estar __lendo____ neste momento?



_______________________________________________________________________________________________

Como vocês acreditam que cada escola que estudou as motivações comportamentais explicaria essa resposta? Mas não se baseiem apenas nas respostas, mas também na percepção de vocês de todo o contexto onde está inserida a atividade de consumo:


Behavioristas



Psicanalistas



Humanistas



Cognitivistas



Evolucionistas



 
Datas de entrega: 17 de abril (noite)
                                 18 de abril (manhã

Enviar para unacomportamento@gmail.com

segunda-feira, 10 de abril de 2017

A guerra dos Roses

Resultado de imagem para Can Neuroscience Change Our Minds?
Por Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - 2 abr. 2017

Ceticismo. Se, em doses cavalares, ele nos empurra para posições solipsistas que levam ao imobilismo, em quantidades apropriadas, converte-se no motor da filosofia e da ciência. Ao instilar um pouco de dúvida em tudo, o ceticismo nos faz examinar criticamente as ideias recebidas, permitindo que nos livremos das piores e tenhamos chance de substituí-las por hipóteses mais adequadas. Ninguém nunca perde por aplicar um pouco de ceticismo às coisas, nem que seja para em seguida descartá-lo.

Faço essas reflexões a propósito de "Can Neuroscience Change Our Minds?" (a neurociência pode mudar nossas mentes?), do casal Hilary e Steven Rose. Ela é socióloga da ciência, e ele, professor emérito de neurobiologia na Open University de Londres. O livro tem uma agenda política muito clara. Os Roses frequentemente falam como militantes do PSOL, denunciando complôs neoliberais entre indústria e políticos conservadores para espoliar os pobres.

Se esses complôs são reais, eu não sei, mas sei que a obra é útil para analisarmos criticamente o oba-oba que se faz em torno do cérebro e do prefixo "neuro-" que hoje se acopla a quase tudo: neuromarketing, neuroeconomia, neuropsicanálise etc.

Os Roses não negam que houve importantes avanços na neurociência -Steven contribuiu para alguns deles- que aumentaram muito nossos conhecimentos sobre o cérebro, mas levantam uma série de problemas nos métodos e nos pressupostos daqueles que já querem extrair aplicações práticas desse saber.

Eles mostram, por exemplo, que a teoria do apego, segundo a qual recém-nascidos precisam conectar-se com ao menos um cuidador primário para crescer de forma saudável, que está na base de várias políticas públicas do Reino Unido, tem mais buracos que um queijo suíço. Mesmo que não compremos todas as ideias dos Roses pelo valor de face, seu livro nos aguça um saudável neuroceticismo.

Pessoal, depois de tanto tempo discutindo sobre visões do que nos motiva, encerrando com a Psicologia Evolucionista/ Neurociência, a partir do texto acima, que lições podemos tirar?

segunda-feira, 3 de abril de 2017

10 fatores para você descobrir o que te motiva


Por Paula Nascimento - Blog Scrumhalf - 11/09/2913

Alguma vez você já parou para se perguntar por que você faz as atividades que faz? Pode parecer uma pergunta sem propósito mas meu objetivo é saber o seguinte: você sabe o que te motiva? 


A motivação é um tópico que está sempre em discussão em qualquer equipe e qualquer empresa. Na agilidade, ela até faz parte do Manifesto Ágil sendo o foco do 5º princípio, como falamos aqui. Por ser um assunto tão importante, ele já foi objeto de estudo de diversos autores, dentre eles, Jurgen Appelo. O Jurgen conseguiu nos trazer um resumo de 10 fatores de motivação intrínseca intimamente ligados ao universo das organizações, mas que tal olharmos um pouco além? 


O primeiro contato que tive com estudos sobre a motivação foi através de um artigo de Thomas Malone, onde ele resumiu 3 fatores principais que motivam as pessoas a participar e desenvolver atividades: dinheiro, amor e glória. Para ele, esses eram, até 2009, os 3 fatores básicos de motivação das pessoas. Ou elas se motivam porque buscam um ganho financeiro, ou se motivam a fazer algo simplesmente porque gostam, ou elas se motivam porque querem ser reconhecidas pelo trabalho desempenhado. 


Um pouco depois, li um outro artigo escrito pela Mary Lou Maher, onde ela adicionou mais 5 fatores à esta lista do Malone: desafio, carreira, interação social, diversão e obrigação. Até aqui temos 8 fatores de motivação intrínseca que, ao meu ver, vão além do mundo corporativo. Tenho certeza que existem diversos estudos que levantam outros muitos fatores de motivação, mas acho que esses já são suficientes para nos fazer parar e refletir sobre o que, intrinsecamente, mais nos motiva a fazer nossas atividades diárias, sejam elas pessoais ou profissionais. 


Acho que, pelo bem da simplificação, os 3 fatores iniciais levantados pelo Malone realmente podem ser considerados os fatores básicos de motivação porque, de certa forma, agrupam os demais fatores levantados. E também concordo com o Malone quando ele diz que, atualmente, as pessoas se empolgam mais com os "novos" fatores amor e glória e cada vez menos com o "antigo" dinheiro. 


E, aparentemente, é o que também acha Jurgen Appelo. Então, vamos aos 10 desejos intrínsecos propostos por ele e o que significam. São eles:


motivators


1.    Aceitação: saber que as pessoas ao seu redor gostam de você e do seu trabalho.


2.    Curiosidade: ter sempre que pesquisar e buscar coisas diferentes para incorporar no seu trabalho.


3.    Domínio: ter certeza que o trabalho a ser desempenhado está dentro da sua alçada de conhecimento e ao mesmo tempo te leva a melhorar.


4.    Honra: saber que você consegue passar seus valores para a sua equipe e seu dia a dia na empresa.


5.    Liberdade: não depender de outras pessoas para realizar o seu trabalho.


6.    Objetivo: saber que seu trabalho está alinhado com seu objetivo de vida ou que você está trabalhando para um bem maior.


7.    Ordem: ter um mínimo de ordem e estrutura na empresa para que você possa desemepenhar o seu trabalho.


8.    Poder: saber que sua opinião será ouvida e levada em consideração na tomada de decisão.


9.    Relacionamento: ter um bom relacionamento social com seus colegas de trabalho.


10.  Status: saber que você tem um bom cargo na empresa e é reconhecido por isso. 


Pode não parecer, mas cada um desses fatores é extremamente importante para nos mantermos motivados com o que fazemos. E mais importante ainda é termos consciência deles e sabermos, dentre os 10, quais mais nos motivam e, portanto, precisam de maior atenção e cuidado para que nós mesmos e nossas equipes estejam sempre com a motivação lá em cima. Não é fácil, mas é aquilo… get motivated or die trying.  


Voltando à questão inicial, refaço a pergunta: e agora? você já sabe o que te motiva? 


Pergunto isso novamente porque quando estamos motivados, melhoramos o trabalho para nós e para aqueles que estão no mesmo barco que a gente. Mas como podemos nos motivar e ajudar aos outros a se motivarem se nem ao menos sabemos o que nos motiva? Por isso, minha sugestão, com este post, é que paremos um pouco para tentar analisar o que nos motiva. Com certeza, esta reflexão nos trará bons frutos mais a frente.

Prezadas e Prezados, vocês são capazes de responder a pergunta? Qual o impacto que  as motivações podem ter nos nossos projetos de comunicação?