segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estudo Dirigido V: Visita a Supermercado

Prezadas e Prezados,

Em duplas ou individualmente (ou em uma "dupla" onde um é o otário que faz tudo e o "esperto" que vai enganar o professor mas principalmente o otário lá de trás...):

Visitar um supermercado, observar e relatar:

1) A porcentagem de pessoas que a)tocam os produtos antes de levar; b) fazem pesquisa percebida; c) vão direto aos produtos; d) levam listas; e) fazem outra atividade (escutam música, conversam com outros, falam ao celular...); f) são estimuladas por promoções e/ou postos de degustação.

2) A partir destas observações, sugerir melhorias para o PDV do supermercado.

3) Quais são os principais estímulos à percepção encontrados no supermercado. Justifiquem.

4) Quais os canais de diálogo supermercado-cliente que existem?

5) Quais as qualidades e defeitos nos PDVs que vocês observaram?

O trabalho impresso deverá ser entregue no dia 21 de novembro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Classe D é a bola da vez


Por Sylvia de Sá - Mundo do Marketing - 16/03/2010

Depois de todas as atenções voltadas para a classe C, chega a hora da classe D. Com R$ 381 bilhões para gastar em 2010 e expectativa de que a massa de renda ultrapasse a da classe B ainda este ano, é na D que o mercado encontra novos consumidores. Com o perfil de consumo diferente de todas as outras classes sociais, já que não pode arriscar e precisa fazer o orçamento render, as famílias da base da pirâmide aparecem como um desafio para o mercado, mas podem ser uma grande oportunidade para as empresas que conseguirem entendê-las.
Com uma cesta de produtos ainda reduzida, se comparada ao consumo das outras classes, esses consumidores estão em ascensão. O número de categorias consumidas passou de 21, em 2002, para 34, em 2009, segundo o estudo Tendências da Maioria, realizado pelo Datafolha/Data Popular e obtida com exclusividade pelo Mundo do Marketing. Entre os produtos que entraram para a lista de compras recentemente estão suco pronto, massa instantânea, detergente líquido, molho de tomate, creme de cabelo e amaciante de roupa. Esse número tende a crescer e não se limita ao consumo de massa.
Em 2010, estes consumidores pretendem adquirir computador, geladeira, moto, carro e viagens de avião. O segredo para vender para eles está em desvendar as diferenças e características desta classe, que muitas vezes se assemelham às da classe C. Saem na frente as marcas que apoiarem este consumidor no momento em que ele ingressa no mercado de consumo.
“O consumidor de classe D está sendo apresentado agora ao universo das marcas. Aquelas que souberem ensiná-lo que marca não é apenas status, mas que funciona como avalista de qualidade de um produto, tendem a ter a fidelidade desse público”, aponta Renato Meirelles, Sócio-diretor do Data Popular, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Venda deve ser assistida
Marcas que usem embalagem ou material de comunicação para orientar estes consumidores estão no caminho certo. A venda deve ser assistida, o que faz com que o papel do autoserviço seja menor na classe D, que prefere comprar em feira livre, no varejo tradicional ou com um vendedor porta a porta, para que receba explicações sobre a melhor maneira de usar o produto.
As categorias que pretendem conquistar o consumidor da base da pirâmide devem investir em embalagens e quantidades de menor desembolso, que deixem o consumidor seguro para arriscar e experimentar novos produtos. Já aquelas que estão consolidadas e são de presença contínua no dia a dia podem apostar em embalagens tamanho família, que tendem a ser mais econômicas.
Para as marcas de consumo de massa, a classe D é o segmento em que as chances de faturamento são maiores. “É um mercado muito grande, o que para os bens de consumo de massa é fundamental. Tem muito mais gente na classe D do que na A e na B”, conta Meirelles (foto). Atualmente, são 71,3 milhões de pessoas que recebem até três salários mínimos. Até novembro de 2009, 30% da classe D havia migrado para a C, enquanto 55% mantiveram a mesma posição e apenas 15% caiu para a E. “O que a classe C for crescer virá da classe D, eles são os emergentes dos emergentes”, explica Meirelles.
Mulheres respondem por 43% do orçamento
Programas como o Bolsa Família são algum dos responsáveis por impulsionar o consumo entre essas famílias. Outro fator importante é o aumento do salário mínimo. O último reajuste, por exemplo, colocou R$ 27 bilhões na economia. Serviços educacionais, produtos de higiene e beleza e itens de informática são interesses que se destacam por serem vistos como um meio para aumentar o orçamento familiar.
De acordo com a pesquisa do Datafolha/ Data Popular, 25% dos entrevistados pretendem matricular seus filhos em escolas particulares. Atualmente, das 5,5 milhões de crianças de até 14 anos que estudam em colégios privados, 19,1% pertencem à classe D. Já o computador aparece como um dos principais bens a serem consumidos este ano, com 33% das intenções de compras.
A beleza também é vista como um investimento para se destacar no mercado de trabalho.
Isso inclui as mulheres, que já chefiam 32% das famílias de classe D e respondem por 43% do total de rendimento. “A beleza é importante, pois elas tendem a ganhar mais dinheiro quando se apresentam melhor. A busca pela vaidade está relacionada ao resgate da autoestima, mas também é um investimento para se dar melhor no mercado de trabalho”, explica o Sócio-diretor do Data Popular.
Investir na classe D pensando no futuro
Na hora de se comunicar com este consumidor, a televisão ainda é o principal canal, mas não se pode negar o crescimento da penetração da internet neste grupo. “Este consumidor ainda é medroso para a compra on-line e o cartão de crédito é algo recente, mas a internet como fonte de pesquisa de preço já é um fato”, acredita Meirelles.
Com a consolidação da classe C e a ascensão da D, encontrar a forma ideal para se comunicar com este consumidor é o caminho para o sucesso das marcas que toparem o desafio. “Quem foi pioneiro olhando para a classe C olhe para a classe D. Eles são mais jovens e farão parte do mercado consumidor por mais tempo. Investir no futuro é investir na classe D, seja porque ela migrará para a classe C, ou porque tem mais a conquistar, já que a cesta de produtos é menor. As marcas que entenderem essa oportunidade têm grande chance de serem líderes de mercado no futuro”, aconselha do Sócio-diretor do Data Popular.
Prezadas e Prezados, depois de falarmos da classe C no último post, agora é a vez da classe D. O que distingue? No que é igual? O que surpreendeu vocês?

Estudo Dirigido IV - Influência do Grupo



Cigarro: o uso do cigarro e a marca a ser consumida é fortemente influênciada pelos grupos porque se trata de um hábito social.

Cuecas: o seu uso não necessita da pressão do grupo, mas ele tem uma certa influência na escolha da marca, embora não muito forte para a maioria dos consumidores, pela inexistência de visibilidade. O que tem, inclusive, incentivado a 'moda' entre uma parcela pequena de jovens das calças baixas que mostram a marca no elástico. É uma tentativa de 'puxar' o produto para um ponto mais acima da tabela.

Perfume: há uma relativa pressão do grupo para o uso do perfume, embora em grande parte seja uma opção pessoal ligada a personalidade. Mas a escolha da marca é fortemente influenciada pelos grupos de referência.

'Chapinha': os grupos sociais femininos fortemente influenciam seus membros para o uso do produto/serviço, mas ainda não há a pressão forte para a escolha da marca (ou do salão), embora tenha crescido com o tempo.

Prezadas e Prezados,

Lembrando nossa aula (que pode ser também conferida no livro), façam um gráfico de possíveis influências dos grupos de referência no consumo indicando a posição de dez produtos, em posições variadas, conforme seu ponto de vista, justificando, brevemente, sua opinião, como no exemplo acima.

Entregar impresso no dia 24/10

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Classe C: a ascensão e a comunicação

Por Diego De Carli - Duplo M - 25.10.2011


Crescemos com a promessa de um Brasil igualitário, onde o acesso aos bens e serviços seria facilitado e, finalmente, abandonaríamos a nossa posição cativa no pódio dos países com as piores distribuições de renda do mundo. Sempre fomos o país do futuro, e durante muito tempo a maioria esmagadora dos brasileiros enfrentou a dura realidade cotidiana com a esperança de, enfim, viver dias melhores e fazer parte deste amanhã tantas vezes prometido e tantas vezes adiado. Apoiada por reformas econômicas e cansada de esperar, emergiu uma classe que ganhou voz e quer ter a sua vez. A classe C quer a felicidade prometida aqui e agora, e tem dinheiro suficiente para comprá-la – se não à vista, parcelada em 12 vezes no cartão de crédito.

Em 1994, quando o Brasil iniciou a construção do que hoje chamamos de estabilidade econômica, diversos economistas apontavam como um dos resultados desse trabalho o aumento de renda nas classes mais baixas e, consequentemente, o aumento do consumo. O que eles não previram com muita clareza é que passaríamos a conviver com transformações mais profundas na sociedade brasileira: conheceu-se a verdadeira classe média, a mesma que nos anos 80 era esmagada pela fúria da inflação, com sua dignidade desafiada pela falta de emprego e sonâmbula pelo marasmo da estagnação econômica. Agora desperta e em constante expansão, a classe média encontrou no novo panorama econômico o portal para uma nova realidade social. Neste cenário, cabe questionar: se a sociedade claramente não é mais a mesma, por que a comunicação social insiste no mesmo?

Não é difícil perceber o quanto empresários, agências e veículos de comunicação estão despreparados para conversar e se relacionar verdadeiramente com o novo consumidor, que agora tem capacidade financeira para consumir bens antes marginalizados em sua vida. Quando o despreparo dos comunicadores é causado pela falta de conhecimento do cenário, mesmo sendo uma falha grave, é compreensível. O que não faz muito sentido é o preconceito, por incrível que pareça, de empresários que se negam a admitir que seus produtos são voltados à Classe C, e de uma forma quase inconsciente passam a boicotar o próprio negócio.

O economista britânico John Maynard Keynes, que emprestou seus ideais para fundar os pilares da macroeconomia contemporânea, já no século XIX teorizava que as empresas de sucesso seriam aquelas que, obrigatoriamente, fossem voltadas à maioria, aquelas que conquistassem as grandes massas. No Brasil de hoje, quem é a maioria? Pasmem ou não, a Classe C já ultrapassa os 50% do mercado economicamente ativo.

Se os próprios fabricantes têm essa dificuldade de compreensão das mudanças, imaginem as agências de comunicação, formadas e catequizadas há anos com o propósito de salientar os produtos dos seus clientes, tornando-os às vezes em coisas melhores e mais apresentáveis do que realmente são. Não são raros os publicitários que não entendem como vive, o que faz, o que escuta e o que realmente deseja o público de cada peça criada. Vemos hoje verdadeiros absurdos nos meios de comunicação, quando diversas marcas ainda operam no sistema “me engana que eu gosto”, tentando enganar o consumidor com informações distorcidas, verdades mascaradas ou parciais.

O caso da esponja Assolan, de anos atrás, retrata um pouco da realidade que abordamos aqui. Na época, no meio da comunicação, a marca era tratada com certo descaso, com a justificativa de que desbancar a grande Bombril era uma utopia. Entendendo o crescimento das classes C e D, a empresa trilhou o próprio caminho e apresentou às classes emergentes o seu produto utilizando uma comunicação direta, simples, sem grandes sacadinhas publicitárias. Passado pouco mais de 5 anos, o público-alvo das campanhas, que até então não incluíam a esponja de aço na lista de produtos consumidos com regularidade, é hoje responsável por dividir o mercado e elevar a Assolan praticamente ao mesmo degrau da gigante de mil e uma utilidades.
Falamos de um mundo onde o sucesso de vendas na música, por exemplo, certamente não é o ex-beatle Paul McCartney, talvez nem a Ivete Sangalo. Falamos de um mundo onde um menino chamado MC Jean Paul é aguardado por mais de 50 mil fãs em uma festa na periferia de Porto Alegre.

O Brasil só será a grande potência que está predestinada a ser quando perder seu preconceito e assumir que é um país de classe C. Estar conectado com um ícone popular, a exemplo do MC Jean Paul, é acessar uma nova esfera de consumo, em que se encontra um público fiel e com sede de se sentir incluído. Ao contrário dos países que, segundo a convenção, atingiram o estágio pleno de desenvolvimento econômico, não devemos focar apenas no consumo das classes mais abastadas – e essa postura, quando adotada, pode ser uma grande arma na batalha da concorrência global. As marcas que perceberem o tesouro inserido dentro desse universo pouco explorado, terão vantagens relevantes e talvez imutáveis na economia em 10 anos. Passaremos por uma verdadeira inversão de alguns valores e padrões estéticos no mundo, devido ao reposicionamento das economias emergentes mundiais e, finalmente, quebra dos padrões norte-americanos. As novas vedetes serão os países com bases sociais irreverentes e miscigenadas, capazes de entender e se adaptar a qualquer desafio imposto pelo mercado global.

A pretensão deste texto é justamente mexer com as pessoas, chacoalhar as empresas. A intenção aqui é questionar, colocar em causa a forma como se faz comunicação no Brasil. Precisamos estar abertos e sedentos por informação, entender nossos clientes de verdade, sair do conforto da poltrona e ver o mundo como ele realmente é. Em poucas palavras, o que nós – e por “nós” entenda-se o mercado da comunicação – precisamos é entender que o futuro prometido para o Brasil já é presente, queiram ou não as classes AA, A e B, queiram ou não as agências.


Prezados, comentem essa reportagem e tentem entender o que isso tem a ver com sua profissão.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estudo Dirigido III - O caso Dove

Prezadas e Prezados,

Como sabem (ou deveriam saber se estivessem seguindo o plano de aula), dia 8 de outubro é mais um dia de reposição de aulas, uma vez que somente as segundas e terças do semestre não são suficientes para cumprir a carga horária.

E que nestes dias combinamos que serão dedicados a estudos dirigidos que poderão ser feitos em outros ambientes que não os da sala de aula.

Neste sentido, convido-os a buscarem o texto "A verdade sobre a beleza", de Carlos Frederico Lucio, que trata do caso Dove, que está no Material Didático do Sol.

Ao final do texto, há três questões que devem ser respondidas individualmente e entregues no dia 17/10.

Para todos, o caso é muito importante e grande fonte de conhecimento. Para aqueles que precisam de nota, mais uma oportunidade de tirar um pouco a diferença.

Bom trabalho a todos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Twitter e Facebook são como o SAC exposto em praça pública

Por Mariana Barbosa - Folha de S. Paulo - 30/08/2011 - Mercado - Foto Zé Carlos Barretta

ENTREVISTA COM MARCELLO SERPA


PARA PUBLICITÁRIO, DIRETOR DE CRIAÇÃO DA AlmapBBDO, CONSUMIDOR USA REDE SOCIAL COMO SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE E DEIXA MARCAS MAIS HUMANAS

Sócio e diretor-geral de criação da AlmapBBDO, Marcello Serpa, 49, é o criativo mais premiado do Brasil -e um dos cinco mais premiados do mundo, segundo o ranking Creativity Awards Report.
Na mais recente edição do festival de publicidade de Cannes, em junho, levou pra casa, com sua equipe e pelo segundo ano consecutivo, a estatueta de melhor agência do mundo.
Na entrevista, ele fala sobre o atual momento da propaganda brasileira e sobre como a internet e a nova classe média estão mudando a relação entre as marcas e o consumidor.


Folha - No Brasil, as mídias tradicionais ainda são muito fortes. A TV abocanhou 62,9% da publicidade no país no ano passado, um recorde.
Marcello Serpa - O Brasil ainda é um país onde as mídias clássicas contam com uma dominância muito grande. Os jornais não estão desaparecendo, as revistas também não -assim como não estão desaparecendo em nenhum lugar do mundo. Mas não é só aqui. Na crise de 2008, nos EUA, os grandes anunciantes correram para anunciar na TV, pois tinham certeza do resultado imediato. Há muita euforia em cima da tese do fim do mundo. As pessoas são iguais, o dia continua tendo 24 horas, o ser humano continua nascendo, morrendo e consumindo mídia igual.

Por que a publicidade na internet ainda é tímida no Brasil?
Temos um gargalo muito grande de banda larga. Mas as revoluções estão acontecendo da mesma maneira que lá fora, com Facebook, Orkut etc. É uma questão de tempo.

Como a internet está mudando a propaganda?
Hoje temos uma série de possibilidades de como chegar no consumidor e fazê-lo interagir com a marca. Antes ele era passivo, hoje é muito mais ativo. Ativar esse consumidor, fazê-lo assistir o comercial, entrar no Facebook e curtir a página do anunciante e ao mesmo tempo fazer uma compra on-line é a nossa tarefa hoje em dia.

As redes sociais são o novo SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente)?
As redes sociais estão fazendo as marcas se comunicarem de maneira mais humana, sem aquele oba-oba marquetês. O Twitter e o Facebook são o SAC exposto em praça pública. Não há nada pior do que um cliente mal atendido com o poder de disseminação da internet. Se o cliente gosta da marca, divulga com uma vontade enorme. Mas, se não está satisfeito, é capaz de um estrago absurdo. Esse pra mim é o grande fascínio da propaganda hoje, a rapidez do retorno, para o bem e para o mal.


É possível medir a eficácia de uma propaganda pelos hits no YouTube?
Existe uma regra de ouro na propaganda: toda comunicação tem que ter o produto ou serviço como centro. Quando as campanhas não seguem essa regra, corre-se o risco de contar uma história muito engraçada que não tem relação com o produto ou a marca. Cria um "buzz" (repercussão), mas não vende. Por isso a propaganda tem outra regra clássica: se não funciona, o cliente cobra. "Buzzshit" [repercussão inútil] não funciona.

Como a classe C está influenciando a propaganda?
Existe um preconceito muito grande sobre a classe C. Se olharmos a fundo, as referências não são tão distantes das nossas. A molecada tem as mesmas referências de todos os outros jovens do Brasil e do mundo.

A propaganda é a mesma?
A propaganda, independentemente se é para classe C, A ou B, tem que ser muito objetiva, com referências universais: o ser humano é o mesmo, as emoções e as ambições, as mesmas. O que muda é o objeto da ambição.

Mas a publicidade que se faz para a classe C é mais pobre.
Existe uma preguiça grande e um certo medo de anunciantes e de agências em mudar formatos para não desagradar à classe C. É uma grande estupidez. Estamos fazendo uma pesquisa sobre a classe C e os primeiros resultados mostram que há mais semelhanças que diferenças.

Campanhas para a classe C vendem, mas não dão prêmio em festivais...
Existe muito publicitário que gostaria de fazer campanha só para a Vila Madalena. Mas a Vila é uma ilha. Propaganda não é um filmezinho para passar no cineclube.

A publicidade brasileira vive um bom momento. Grupos estrangeiros estão pagando caro pelas agências do país.
Antes éramos o grande país exótico que de vez em quando fazia uma coisa bacana. Hoje somos absolutamente "mainstream". Eles vêm para cá e nos olham com outro olhar. Com admiração e um pouquinho de inveja. O Brasil virou uma ilha no meio da retração mundial.


Como o sr. vê a publicidade brasileira hoje?
A nossa publicidade é uma das duas ou três mais criativas do mundo. Mas sofre com uma série de inibidores da inovação

Quais são esses inibidores?
As métricas de eficiência. Se você calcula cientificamente a eficácia de toda a ação, isso tira toda e qualquer irreverência e leveza de seu movimento. Hoje, a propaganda, brasileira e mundial, sofre de uma necessidade absurda de medidores de eficiência. Mas a propaganda está baseada no lúdico. E o lúdico não se mede com régua.


Essa métrica vem de fora?
De fora, mas também é criada aqui. Ela é justificada pelos milhões e milhões que são colocados na comunicação pelos anunciantes. Quando o número é muito alto, o medo de errar é muito maior do que a vontade de acertar. Mas a gente sabe que, seja na Bolsa de Valores, seja em uma relação amorosa, quem não arrisca não petisca.

Há no Congresso inúmeros projetos de lei para restringir a propagada, e em especial a infantil. Como o sr. vê isso?
Com muita tristeza. O Brasil adora proibir e detesta fiscalizar. Se o produto é livre para ser vendido, deve poder ser anunciado. Dentro de regras éticas acordadas entre a sociedade e não ditadas pelo poder público.

Mas outros países são mais rigorosos com a publicidade infantil.
A propaganda brasileira - infantil, de bebidas- é muito mais restrita do que na grande maioria dos países desenvolvidos. Existem maneiras de lidar com propaganda sem proibir. Nos EUA, se a propaganda desagrada, o anunciante se retrai. Não existe lei federal proibindo. As restrições acontecem por meio da sociedade. Isso é justo e válido.

Será que o radicalismo não está aí por falta de um rigor maior por parte do Conar [Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária]?
Antes no Brasil se fazia campanha de brinquedos que voavam pelo espaço. O Conar não permite mais usar esse tipo de artifício. Querem proibir propaganda infantil de cima para baixo, para educar as crianças em nome dos pais. Hoje é a TV, amanhã vão mandar botar uma tarja preta na vitrine da loja de brinquedo.

Prezadas e Prezados, comentem a entrevista e digam, na opinião de vocês, o que as declarações do publicitário têm a ver com o comportamento do consumidor.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Anúncio que usa imagem do Cristo Redentor para incentivar traição revolta Igreja Católica no Rio

De Rodrigo Teixeira - Especial para o UOL Notícias - 06/09/2011 - 16h58 

Um anúncio publicitário do site de encontros Ohhtel.com –voltado para quem procura sexo fora do casamento– que usa uma imagem do Cristo Redentor ao lado de uma mensagem incentivando relações extraconjugais no Rio de Janeiro causou revolta na Igreja Católica. “Tenha um caso agora! Arrependa-se depois”, diz o anúncio.
Para a Arquidiocese do Rio, responsável pelo santuário onde está o Cristo e detentora dos direitos de imagem, o anúncio é uma “blasfêmia” e denota uma ofensa sem precedentes. O caso pode acabar em uma ação criminal na Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa da arquidiocese, o setor jurídico da instituição já solicitou a retirada, de imediato, do outdoor localizado na avenida Armando Lombardi – um dos principais acessos para quem chega a Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.
“O uso do Cristo Redentor neste outdoor é um absurdo. É um desrespeito à fé, à integridade religiosa, à imagem de Jesus. O Redentor agrega coisas boas e não combina com coisas errôneas, obscuras. A comunidade católica está chateada. Não faz sentido o Cristo ser vinculado a um anúncio como este. Eles foram muito imprudentes”, diz o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo.
A responsável pelo marketing do site no Brasil, Karen Neohas, afirma que a empresa não teve a intenção de ofender a Igreja Católica e que a ação foi uma demanda publicitária. "A escolha do Cristo foi uma forma encontrada para nos aproximarmos do público no Rio, para aumentar nossos assinantes na cidade. A compra da imagem foi feita pelo nosso escritório em Las Vegas, milhões de sites vendem estas imagens", disse Karen.
A representante afirma que ainda tem contrato de mais duas semanas de publicidade no local, mas avalia a possibilidade de ceder o espaço para a Arquidiocese. "Vamos oferecer o espaço para a Igreja, tentamos contato com eles, mas ainda não obtivemos resposta. É uma forma de retratação, nosso objetivo não era ofender a ninguém, no mais tardar, até amanhã, a imagem não estará no local.”

Entenda como funciona o site

O polêmico serviço do site Ohhtel.com é um sucesso nos EUA –onde tem 1,3 milhões de usuários e ganha um novo inscrito a cada 30 segundos– e foi lançado em maio na Argentina, onde 70 mil pessoas se cadastraram em 50 dias. No Brasil, o serviço estreou em 11 de julho deste ano.
Segundo os organizadores, o site já tem mais de 190 mil membros no país. Além de EUA, Brasil e Argentina, o serviço é oferecido também no Canadá e no Chile.
O sistema funciona por meio de perfis: os usuários exibem suas preferências sexuais e podem travar conversas on-line ou trocar mensagens com perfis de seu interesse. O cadastro é gratuito, mas os homens precisam pagar uma taxa para se ter acesso ilimitado; já as mulheres têm acesso grátis.
A vice-presidente de operações para o Brasil, Lais Ranna, afirma que o objetivo da empresa é atender pessoas que vivem em um casamento sem sexo, mas não querem o divórcio.
Para Ranna, a infidelidade pode ser o segredo para um casamento duradouro. “O Ohhtel vai mudar a forma como os brasileiros enxergam o casamento e a infidelidade. É um serviço polêmico e muitas pessoas são contrárias a ele, porém muitas agradecem ao Ohhtel.com por existir.”
Uma pesquisa realizada entre os brasileiros, porém, indicou que o perfil de quem procura o site por aqui é diferente do encontrado em outros países. “Os próprios usuários responderam um questionário sobre seus hábitos sexuais e relacionamentos. A porcentagem de homens que afirmaram ter relações sexuais dentro do casamento mais de uma vez por semana foi 36% e a de mulheres, 33%” diz Lais.
O principal motivo apresentado pelo público masculino para trair foi a necessidade de “variar”. Na ala feminina, a razão alegada foi a necessidade de "romance".
Mais da metade dos usuários afirmam ter tido pelo menos cinco casos fora do casamento, mas que não pedem o divórcio porque amam suas mulheres. Entre as mulheres cadastradas pesquisadas, 38% afirmam ter tido de dois a quatro relacionamentos fora do casamento, enquanto 50% delas também alegam amor ao marido para o fato de continuarem casadas.

Prezadas e Prezados, o que essa notícia nos diz sobre comportamentosocial e individual e a publicidade?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Venda de imóveis não vive mais sem internet, aplicativos e redes sociais

Por Letícia Alasse, do Mundo do Marketing, em Exame.Com, Estratétia, em 31/08/2011
Matéria sugerida pela colega Camila Gonçalves

Quase 100% das compras passam em algum momento pela internet

Rio de Janeiro - Nada de entrar em canteiros de obras ou stand de vendas. Já há alguns anos, quando um consumidor decide comprar um imóvel, o seu ponto de partida é a internet.
Por isso, construtoras e imobiliárias passaram a investir em conteúdo e ferramentas digitais para conquistar o público e se aproximar dos clientes.
Sites, blogs, canais multimídia, perfis em redes sociais, aplicativos para smartphones, ações mobile e atendimento online formam a base do alicerce para se vender uma casa atualmente.
As compras de imóveis pela internet, no entanto, estão ainda longe de ser uma modalidade de transação efetiva. Os tramites burocráticos da ação não permitem que o consumidor realize todas as etapas da compra no conforto da sua casa.
As imobiliárias, por outro lado, oferecem cada vez mais serviços online, deixando apenas que as assinaturas de contrato sejam presenciais. Até os casos de compras do exterior, por enquanto, são realizados por um procurador.
“Acredito que vamos ainda vender um empreendimento 100% pela internet. Não será hoje, mas no futuro conseguiremos que o cliente escolha e compre seu imóvel por meio de um certificado e uma assinatura digital, que já existe, e faça o pagamento da entrada via internet bank”, declara Gustavo Zobaran, especialista em comércio eletrônico e coordenador de departamento de marketing digital da Brookifield.
Estratégias para diversificar no mercado
Os meios digitais têm um papel importante no plano de divulgação, venda e pós-venda de empreendimentos imobiliários.
Em 2010, a Cyrela contabilizou 20% das vendas realizadas por meio de um canal online, o dobro do ano anterior. O site da companhia recebeu quatro milhões de visitas no mesmo período.
“Acreditamos que uma fração desses acessos gera contatos e uma fração de contatos gerará vendas”, afirma Fernando Moulin, gerente-geral de E-Business da Cyrela Brazil Realty.
Em 2011, as construtoras passaram a investir em novidades para atrair o público e aumentar o relacionamento das empresas com os clientes, com ações desde o chat online com os corretores a aplicativos para smartphones e canais de comunicação pelas redes sociais.
Afinal, a busca por imóvel no meio digital não é mais uma novidade e todas as imobiliárias já possuem, pelo menos, uma página na web.
Por isso, a Coelho da Fonseca aumentou sua presença nas redes sociais como um caminho para o crescimento de vendas. Recentemente, a empresa criou um brand channel no Youtube com mais de 1.200 vídeos com lançamentos e informações que os internautas buscam por meio de filtros ou por um mapa.
Somente em três dias no ar, o canal de pesquisa já tinha recebido mais de 10 mil acessos. “Percebemos que o cliente passava muito tempo olhando os vídeos no site e decidimos criar uma ferramenta totalmente inédita na América Latina”, afirma Allan Fonseca, diretor de canais e inovação da Coelho da Fonseca.
A busca pela inovação
A plataforma de atendimento online da Cyrela existe desde 2003 e após tanto tempo a empresa decidiu inovar na comunicação com o cliente.
No início do ano, a companhia estreou no Facebook com a intenção de criar uma plataforma direta de diálogo com os compradores. O chat virtual com o corretor do site passou a ser disponível também na fan page da marca, que hoje conta com mais de 8,4 mil usuários.
“A capacitação do corretor online na relação com o cliente é totalmente direcionada para converter o contato em uma visita, um agendamento e até uma possível venda. Consideramos que um negócio foi fechado pela internet quando todo o processo de escolha é realizado por meio desse corretor”, explica Moulin, da Cyrela.
Na busca pela inovação a construtora também entrou no Instagram. A rede social de compartilhamento de fotos pelo Iphone foi usada como ferramenta para a campanha promocional “Decora Minha Casa”, realizada em parceria com a Florense Alphaville. A ação, ainda em andamento, premiará um usuário com móveis planejados no valor de R$ 10 mil para transformar um cômodo da casa. Com o projeto, a Cyrela pretende transmitir o conceito de realizadora de sonhos e aumentar o relacionamento da marca com os consumidores.
Ações de mudança
Para ir além, a Coelho da Fonseca disponibilizou o site e sua página no Facebook em seis línguas para aumentar a comunicação com todos os públicos, já que os estrangeiros representam 5% dos acessos totais dos canais da empresa. Presente em 16 capitais brasileiras, a imobiliária de alta renda estima que 30% das vendas realizadas no ano passado começaram pelo meio online.
“Para não criar confusão no mercado, não comunicamos que realizamos vendas pela internet. Mas quase 100% dos clientes para procurarem um imóvel em algum momento passam pela internet”, esclarece Allan Fonseca.
A falta de uma regulamentação e indicadores do comércio eletrônico, principalmente no setor imobiliário, não permitem que as companhias digam que realizaram vendas pela internet. Apenas mediante uma norma reguladora, que faça com que todas as empresas sigam os mesmos indicadores, é que será creditada uma quantificação de vendas online. Cada empresa segue atualmente seus próprios padrões.
Realizações pioneiras
Já é possível, contudo, receber informações de imóveis até mesmo por SMS. Nas placas de vende-se de algumas casas relacionadas a Coelho da Fonseca, por exemplo, o consumidor encontra um código para enviar uma mensagem e recebe todas as informações e fotos da casa pelo celular. A ação realiza um movimento de crossmedia, transportando os usuários da mídia offline para os canais online.
Indo para o relacionamento com o cliente online, a Masb, criada em 2007, a partir de uma equipe de antigas construtoras, criou o portal meu Meu Masb, que permite aos clientes terem todos os dados financeiros, boletos bancários, estatísticas do andamento das obras e a possibilidade de antecipar as parcelas do pagamento apenas acessando o canal. Em ação desde o começo do ano, a página recebeu 52 mil visitas e 40% dos clientes já a utilizam.
“Trabalhamos com empreendimento na planta e o ciclo é muito longo, geralmente três anos. Durante este tempo, recebíamos muitas demandas, principalmente de questões financeiras, por isso há um ano e meio começamos a planejar o canal de relacionamento com o cliente parar resolver estas questões em um ambiente totalmente online”, conta Camila Enoque, Coordenadora de Comunicação da Masb.

Prezadas e Prezados, comentem sobre o artigo e digam, na opinião de vocês, onde os profissionais de publicidade e propaganda se encaixam nesta 'bagaça'.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estudo Dirigido II - Publicidade, Características Psíquicas e Processos de Negação

Esse exercício refere-se a aula de 3 de setembro de 2011, como reposição.


1) Selecionar 6 anúncios de revista;



2) Três dos anúncios devem representar uma ênfase em uma das três características psíquicas (Id, Ego e Superego). Justifique sua escolha.


3) Os demais três anúncios devem representar os três processos de negação dos desejos (Projeção, Identificação e Sublimação). Igualmente justifique sua escolha.




4) Escolha um dos anúncios anteriores e faça sua interpretação a partir das teorias da motivação (Behaviorista, Cognitiva, Psicanalítica e Humanista).




Prazo: 05/09/2011



Trabalho individual

Conheça os serviços que permitem ver programas de TV a qualquer hora


Brasil já está na onda dos vídeos sob demanda, febre nos EUA.
Serviços permitem assistir a programas por streaming na rede.

Laura Brentano Do G1, em São Paulo, 15/08/2011

Assistir a filmes e seriados a qualquer hora se tornou uma tendência entre os usuários graças à internet. Velocidades de acesso cada vez mais rápidas permitiram que o internauta baixasse vídeos em alta definição, aproximando o computador das funções da TV. Agora, o movimento é no sentindo contrário: as TVs é que ganharam tecnologias que deixam nas mãos do telespectador a opção de escolher quando ele quer ver seu programa predileto.

“Algumas coisas não adianta tentarmos lutar contra. O consumidor quer assistir ao programa favorito dele a qualquer hora. A evolução da tecnologia da TV permitiu juntar a alta definição com essa característica sob demanda inerente da internet”, diz Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, que lançou em abril o NOW.

A solução da Net é exclusiva para assinantes Net HD e Net HD Max. Assim que a tecnologia chega à região do cliente, um ícone do NOW entra automaticamente na TV, sem nenhuma cobrança adicional. Por meio dessa plataforma, o usuário pode navegar pelos programas e selecionar os episódios que quer assistir. Também há a opção de alugar filmes. Os lançamentos em HD custam R$ 10, enquanto do catálogo saem por R$ 3,90.

O NOW usa a capacidade da rede de fibras ópticas da Net para entregar o conteúdo aos clientes, diferentemente do Netflix, serviço de vídeos popular nos Estados Unidos e que anunciou que chegará ao Brasil ainda em 2011.

“O Netflix transmite vídeos inteiramente pela internet e depende da web para isso. Já o NOW usa apenas a rede de fibras da Net. Nos EUA, um serviço similar ao NOW foi lançado pela operadora Comcast há seis anos. Aqui demorou para chegar pois não tínhamos estrutura”, conta Hugo Marques, consultor de engenheira da Cisco no Brasil, que fornece a plataforma para o NOW.

Tanto o modelo do Netflix quanto do NOW possuem a característica de entregar vídeos por streaming, ou seja, as imagens não precisam ser baixadas ou armazenadas no computador ou na televisão antes de serem assistidas. “Eu aperto o ‘play’ no controle remoto e recebo o vídeo pela rede de fibra ótica ou pela internet automaticamente, sem precisar fazer o download do conteúdo”, explica Marques. No Netflix, os vídeos podem ser acessados de qualquer dispositivo, como smartphones, tablets e notebooks. O NOW funciona apenas pelo decodificador da Net conectado à TV.

As operadoras TVA e Sky também possuem serviço de vídeo sob demanda com a mesma tecnologia do NOW – transmissão por fibra óptica. O “Sky on demand” disponibiliza 30 títulos entre filmes e shows para clientes HD. Depois de apertar o “play”, o usuário tem até 24 horas para assistir aos filmes. Alguns deles são gratuitos e outros custam R$ 4,90 e R$ 9,90. A TVA possui uma locadora virtual com 1,3 mil títulos. O serviço é oferecido apenas na cidade de São Paulo. Os custos variam entre R$ 3,90 (para filmes do catálogo) e R$ 9,90 (para lançamentos).

Aluguel de DVD
Nos Estados Unidos, por US$ 8 por mês, o usuário do Netflix pode assistir a filmes e seriados ilimitados pela internet em computadores e televisores. Por lá, TVs inteligentes e aparelhos multimídia já vêm com um aplicativo do Netflix instalado, como a Apple TV, que permite aos usuários fazer streaming de vídeos. Em maio, lojas que comercializam produtos da Apple no Brasil confirmaram que a empresa planeja vender cartões pré-pagos para o iTunes. Com a notícia, surgiram rumores de que a Apple TV também chegaria ao Brasil.

O Netflix foi fundado em 1997 como uma locadora virtual de filmes que entregava o DVD físico na casa do consumidor. A empresa ainda mantém esse serviço, assim como a brasileira NetMovies, criada em 2009 com o objetivo de vender assinaturas de aluguel de DVDs. Hoje, além dos 25 mil títulos disponíveis em DVD, a empresa tem 4 mil vídeos on-line que podem ser acessados por streaming em TVs conectadas, computadores e smartphones.

Por R$ 9,90 por mês, o usuário pode assinar um pacote que dá acesso ilimitado aos vídeos on-line. Por R$ 15,90, além dos vídeos por streaming, ele tem direito a receber um DVD físico em casa. Em 2010, o NetMovies lançou o primeiro serviço de venda avulsa para as TVs conectadas da LG. Em abril, o serviço “Premium” chegou às smarTVs da Samsung, que permite comprar filmes recém-lançados.

Na tabela abaixo, confira os serviços de vídeo por streaming que já foram lançados no Brasil e aqueles que devem chegar em breve.

JÁ CHEGOU AO BRASIL
NetMovies (Foto: Reprodução)
O NetMovies é uma locadora de vídeos virtual que disponibiliza 4 mil filmes on-line, para serem acessados por streaming pela internet, e entrega em casa mais de 25 mil títulos em DVD e Blu-ray. A assinatura ilimitada de vídeos custa R$ 10. Por R$ 15,90, o usuário ainda recebe em casa um DVD físico. A NetMovies já tem assinantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.
Net NOW (Foto: Reprodução)

O NOW é uma plataforma de vídeos sob demanda que leva filmes, seriados e programas de TV por meio de streaming para os assinantes. Nenhuma cobrança adicional é feita aos assinantes Net HD e Net HD Max para acessar programas de alguns canais. O aluguel de filmes custa R$ 10 para os lançamentos em HD e R$ 3,90 para os do catálogo. O NOW já está disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Campinas.
Sky on demand (Foto: Divulgação)
O serviço “Sky on Demand" permite selecionar 30 títulos entre filmes, shows e documentários para assistir no horário que o assinante quiser. Alguns títulos da grade de vídeos são gratuitos. Filmes mais antigos custam R$ 4,90. Os últimos lançamentos saem por R$ 9,90. “Sky on demand” está disponível para os assinantes HD que possuem o equipamento SKY HDTV Plus. A Sky tem assinantes em todos os estados brasileiros.
TVA (Foto: Divulgação)
A TVA tem um serviço de vídeo sob demanda na Fibra TV que dá acesso a uma locadora virtual com 1,3 mil títulos – incluindo o lançamento de 100 conteúdos em HD. Os custos do serviço variam entre R$ 3,90 (para filmes do catálogo) e R$ 9,90 (para lançamentos, disponíveis durante 24h). O vídeo sob fibra é oferecido apenas na cidade de São Paulo pela TVA.
Muu (Foto: Divulgação)
A Globosat desenvolveu o site Muu, que permite assistir a programas na íntegra em dispositivos móveis e no computador. São 1,4 mil horas da programação dos canais Globosat, como filmes do Telecine e programas do Multishow e GNT. Por enquanto, o serviço está disponível apenas para assinantes da Net, que podem se cadastrar gratuitamente no site. O site Muu pode ser acessado na internet de qualquer lugar do país.

ESTÁ PARA CHEGAR
Netflix (Foto: Divulgação)

Netflix oferece filmes e seriados por streaming na internet. Os vídeos podem ser acessados inclusive em aparelhos móveis, como smartphones. Por US$ 8, usuários do Netflix podem assistir por tempo ilimitado a filmes e episódios de programa por streaming. Em julho, o Netflix anunciou que irá expandir seu serviço para a América Latina, incluindo o Brasil, ainda em 2011.
Apple TV (Foto: Divulgação)
O aparelho Apple TV permite fazer streaming de seriados e filmes diretamente da internet para as televisões, sem a necessidade de armazenar o conteúdo em um disco rígido. O aluguel de filmes parte de US$ 3. Em alta definição, o preço começa em US$ 4. O usuário tem 30 dias para começar a assistir ao filme. Os programas de TV podem ser alugados a partir de US$ 2 e, em HD, por US$ 3. Segundo lojistas, a Apple está preparando o lançamento de cartões pré-pagos para o iTunes no Brasil. A notícia pode sugerir que a Apple TV também está prestes a chegar ao país.

Prezadas e Prezados, como vocês acreditam que será o comportamento do consumidor neste novo consumo de mídia? Como afeta o comportamento da publicidade neste aspecto?

domingo, 21 de agosto de 2011

84% dos internautas brasileiros assistem vídeo online

Da Redação da Tela Viva News - 11/02/2011, 17h59

A grande maioria dos brasileiros que acessam a Internet busca vídeos online. Segundo a pesquisa Estado da Internet no Brasil, da norte-americana ComScore, 84% dos internautas assiste vídeos na Internet. A pesquisa contabiliza pessoas com 15 anos ou mais que acessam a Internet de casa ou do trabalho, descartando aquelas que acessam apenas em outros ambientes, como lan houses. Mesmo assim, a pesquisa aponta que 23% da população brasileira consome vídeos online. O internauta brasileiro assiste, em média, 79 vídeos por mês.

Prezadas e Prezados, sendo com quase 70% da verba publicitária nacional vai para a TV aberta, como esse novo comportamento está afetando, deve ou irá afetar o próprio consumo de mídia e sua vida como publicitário? Por outro lado, recentemente foi divulgado que a verba publicitária para TV aumentou mais de 10%. Como explicar esse paradoxo?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estudo Dirigido I - Consumo

Prezadas e Prezados,

Leiam o texto "CONSUMO: A FORÇA QUE MOVE A ECONOMIA", de FABIANE STEFANO e "QUER PAGAR EM QUANTAS VEZES?" de CRISTIANE MANO, publicado na REVISTA EXAME, EDIÇÃO 972, DE 28/7/2010 – PAGS. 20-37.

O texto encontra-se na Seção Material Didático no SOL. Prazo de entrega: 22/08. INDIVIDUALMENTE.

RESPONDA AS SEGUINTES PERGUNTAS:

  1. EM RELAÇÃO AOS NOVOS CICLOS DO CONSUMO, A PARTIR DAS TRÊS TENDÊNCIAS DE ASPIRAÇÕES, DÊ OUTROS EXEMPLOS DE SERVIÇOS E PRODUTOS DE CONSUMO QUE TERÃO IMPULSO, ALÉM DOS CITADOS NA REPORTAGEM, PARA CADA UMA DAS TENDÊNCIAS.

  1. PELA PRIMEIRA VEZ, OS EMPRÉSTIMOS ÀS PESSOAS FÍSICAS SÃO MAIOR DO QUE PARA EMPRESAS. MAS HÁ MUITA MARGEM PARA CRESCER AINDA MAIS. EM QUE DIREÇÃO VOCÊ ACREDITA QUE DEVERÃO CRESCER MAIS (EMPRÉSTIMOS PESSOAIS, FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS, DE IMÓVEIS E CARTÃO DE CRÉDITO...)? PORQUE?

  1. QUAIS AS OPORTUNIDADES E OS RISCOS PARA O CONSUMIDOR COM A FACILITAÇÃO DO CRÉDITO?

  1. NAS REPORTAGENS, HÁ ANÁLISES EM VÁRIOS CAMPOS. MAS, PARA O MERCADO PUBLICITÁRIO, QUAIS SERÃO AS OPORTUNIDADES?

  1. E OS RISCOS?

  1. EM QUE ASPECTO AS MUDANÇAS APONTADAS NAS REPORTAGENS AFETARAM A SUA VIDA E DA SUA FAMÍLIA

  1. NAS REPORTAGENS, HÁ EXEMPLOS DE CASOS PESSOAIS. CONTE ALGUM CASO DE ALGUÉM PRÓXIMO QUE TEVE SEU COMPORTAMENTO AFETADO.

  1. POR FIM, FALE SOBRE SENTIMENTOS DOS CONSUMIDORES. O QUE ESSA MUDANÇA PODE AFETAR NO EMOCIONAL DAS PESSOAS DE TODAS AS CLASSES?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Neoconsumidor exige mudança no mercado

Consumidor multicanal mostra-se mais exigente e preparado para negociações

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing - 17/09/2009

A constante expansão dos canais e ferramentas de consumo faz emergir um novo perfil de consumidor: o neoconsumidor. O termo é atribuído aqueles que, além de terem acesso às lojas físicas, estão em contato com outros canais de venda, inclusive os digitais, como internet, TV interativa e celular. Para acompanhar essas mudanças do consumo, a consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza, em parceria com a Ebeltof – International Retail Experts, realizou um estudo que mapeou este perfil.

A inserção dos canais digitais na vida das pessoas permitiu que o consumidor tivesse acesso global às informações e às ferramentas para comparação e pesquisa de uma forma mais rápida. Este consumidor multicanal está mais exigente e mais propenso a negociações graças à facilidade para pesquisar e comparar serviços e produtos oferecidos pelas empresas.

“A internet possibilita que os consumidores cheguem às lojas em um patamar diferente do que chegavam há dois anos, por exemplo. Cada vez mais os vendedores encontrarão um cliente mais preparado para negociar graças às pesquisas feitas antes da compra”, explica Luiz Góes (foto), sócio-sênior da GS&MD - Gouvêa de Souza, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O levantamento estudou tendências do consumo e o comportamento de compra em quatro setores: alimentação, eletrônico, vestuário e beleza. O projeto foi realizado em 11 países, em um total de 5.500 entrevistas on-line, além de um trabalho de campo no Brasil, com 500 entrevistas em São Paulo, Recife e Porto Alegre.

Brasil é o país que mais pesquisa e compara preços
O estudo concluiu que quanto mais maduro é o país, mais multicanal ele é. No Brasil, o interesse por absorver e participar de canais digitais tende a se expandir em pouco tempo. Um exemplo disso é o dado que indica que 73% dos brasileiros utilizam ferramentas ou sites para comparar preços pela internet, enquanto a média mundial é de 52%.

Este comportamento de consumo influencia as empresas a pensarem em outras ofertas além do preço. “Os varejistas devem oferecer algo a mais, como um serviço de entrega mais rápido ou uma garantia estendida. É necessário também ter uma estratégia multicanal. Se as empresas não estiverem presentes em canais digitais, correm o risco de ficarem para trás no mercado”, diz Goés, da GS&MD - Gouvêa de Souza.

O acesso a meios virtuais também muda a dinâmica da economia no mundo off-line e afeta, inclusive, a relação entre varejistas e fabricantes. A partir do momento em que o consumidor pode fazer todo tipo de comparação, é normal que ele parta para uma negociação mais agressiva. Por isso, a tendência é de que os varejistas trabalhem com margens cada vez mais apertadas e se voltem aos fabricantes para exigirem preços mais baixos.

Desafios do e-commerce
Esta nova realidade do consumo não poderia deixar de incluir o e-commerce. No Brasil, 92% dos entrevistados afirmaram fazer compras pela internet, enquanto a média global é de 88%. O estudo indica dois obstáculos para o setor, tanto mundialmente, quanto nacionalmente.

O primeiro exige que as empresas encontrem alternativas para tornar o processo de pagamento pela internet efetivamente mais seguro. O levantamento indicou que, no Brasil, 55% dos entrevistados não gostam de passar seus dados bancários ou de cartão de crédito pela internet. Mundialmente, essa média é semelhante: 56%.

Já o segundo desafio é tecnológico. As empresas devem evoluir a ponto de fazerem as pessoas sentirem que tem um contato mais próximo com o produto. De acordo com a pesquisa, 55% dos brasileiros não compram pela internet porque gostam de ver, tocar e sentir o produto antes de adquiri-lo. Globalmente, esta média sobe para 66%.

Brasileiros estão dispostos a receberem ofertas via celular
O cenário também exige uma reestruturação do Marketing. A base da escolha do consumidor passa a ser o boca a boca digital, o que reduz o espaço do Marketing tradicional e da mídia de massa. Este movimento exige que as empresas revejam suas estratégias de comunicação.
Segundo o estudo, o Brasil foi o país que apresentou maior índice de interesse em receber promoções e propaganda pelo celular, com 42% dos entrevistados, enquanto globalmente a média foi de 17%. A classe D brasileira foi a que se mostrou mais receptiva, com 51%, seguida pelas classes E (50%) e C2 (43%). A explicação para isso, segundo Goés, é a sensação que as pessoas têm de estarem sendo incluídas social e digitalmente.

O consumidor de baixa renda observa de forma positiva este tipo de oferta, ao contrário do que acontece com as classes sociais mais altas. Esta realidade imprime mudanças na forma de comunicação. É importante que os profissionais encontrem formas de comunicar cada vez mais apuradas para este público.

“A princípio, o consumidor se mostra favorável a este tipo de ação, mas ainda não houve teste para que isso seja comprovado. Eles percebem que seria interessante, mas isso não significa que reagirão positivamente quando forem ‘bombardeados’ por propagandas. As empresas devem encontrar a equação. Uma ideia é patrocinar parte da conta: os consumidores aceitam receber este tipo de material, desde que recebam um bônus em troca, por exemplo”, explica Goés.

Prezados, façamos um debate sobre o tema. Qual a opinião de vocês sobre as questões levantadas no artigo?

Dicas para uma Boa Disciplina

Prezadas e Prezados,

Seguem algumas informações sobre a nossa disciplina:

1) São três os tipos de avaliações: 4 provas de 15 pontos cada; 20 pontos de participação neste Blog e 20 pontos de estudos dirigidos. Datas e regras de avaliação dos estudos dirigidos encontram-se no Plano de Aula, distribuído em sala e presente na seção de Material Didático do SOL.

2) Nossa carga horária nas segundas e terças-feiras não é o suficiente para cumprir as obrigações da grade. Portanto, teremos alguns sábados dedicados aos Estudos Dirigidos. Tais datas já estão no Plano de Aula.

3) Tais Estudos Dirigidos serão explicados em sala de aula mas estarão também neste Blog. É importante ficar atento às postagens e aos prazos de entrega.

4) Todos os textos dos Estudos Dirigidos serão disponibilizados digitalmente na seção Material Didático no SOL.

5) Todos os trabalhos deverão ser entregues em formato físico, não aceitando, sob qualquer argumento, a entrega virtual, via endereço eletrônico ou outro. Trabalhos entregues fora do prazo perderão pontos.

6) Nossas aulas são expositivas, com debates e ampla participação, que também será avaliada.

7) É importante os alunos manterem um caderno de anotações para as aulas expositivas. O professor alterna escrita no quadro com slides, mas apenas as idéias principais. Os estudantes devem anotar suas próprias impressões ou observações que acharem pertinentes junto ao tópico. Tal metodologia ajuda na fixação da matéria e tem se mostrado um fundamental roteiro de estudo para as avaliações.

8) Os slides apresentados NÃO serão disponibilizados.

9) Não há abono de faltas, nem por doença atestada com comprovante. Os únicos abonos aceitos são aqueles determinados pela secretaria acadêmica.

10) O livro base da disciplina, "O Comportamento do Consumidor", de Eliane Karsaklian, tem em bom número na biblioteca, conforme determinação do MEC, mas costuma serem todos emprestados nas vésperas das provas pois outras disciplinas também o utilizam. Fique atento!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Experiência da compra

Um dos mais fascinantes desafios do varejo é entender o comportamento do consumidor e as sensações que ele tem

Por Cláudio Conz - Diário do Grande ABC - 21/10/2010

Um dos mais fascinantes desafios do varejo é entender o comportamento do consumidor e as sensações que ele tem quando está comprando.
Estamos, sem dúvida, vivendo excelente momento para o setor da construção com as políticas de desoneração, os programas habitacionais e o acesso ao crédito.
Para varejistas da construção ou não, seguem algumas sugestões para aumentar as vendas e aproveitar ao máximo o potencial do mercado.

Para movimentar o seu negócio, é preciso ser inovador, saber manter-se à frente num meio cada vez mais dinâmico, inspirar tendências e ter uma percepção inovadora. Um caminho para isso é melhorar a experiência de quem está comprando, ou seja, fazer com que sua ida até a loja seja encantadora, um momento prazeroso e de lazer.

Segundo pesquisas recentes, os meios de comunicação de massa não são mais suficientes para motivar o consumidor, que está cada vez mais resistente. Por isso, estimular o comprador dentro do seu próprio estabelecimento pode ser excelente saída, já que 75% de todas as decisões de compra são tomadas dentro do próprio estabelecimento.

APELO AOS SENTIDOS
Em um mundo marcado pela interatividade, não é mais tão simples transformar um comprador em potencial em um comprador efetivo. Uma das chaves para conseguir ser bem sucedido está em propiciar, dentro da loja, uma experiência diferenciada ao consumidor, por meio do apelo aos sentidos.

Materiais, detalhes e a própria tecnologia interativa estão mudando o suporte e ajudando nas vendas. Os cientistas explicam que estímulos relacionados ao design "ligam" as regiões do cérebro responsáveis pela compra. Por isso, ele se tornou uma chave estratégica, garantindo vantagens competitivas.

O consumidor não quer apenas ver o que está comprando, mas tocar, cheirar, provar, ouvir. Assim, detalhes como a iluminação, cores, sabores, cheiros e som passam a ter importância na montagem de um ambiente diferenciado para alavancar as vendas.

Quando escolhemos algo para comprar, cerca de 70% da nossa preferência está relacionada à visão. Por isso, sugiro aos varejistas cuidados com a escolha das cores, da iluminação, da disposição das prateleiras e dos displays, pois a primeira avaliação da loja é feita pelo olhar.

No entanto, o ser humano possui quatro outros sentidos, que até pouco tempo, estavam à margem dos planos de venda. A fragrância pode ser uma estratégia de marketing interessante, pois desperta valores subjetivos, que, no caso do comércio, estão associados à qualidade e ao requinte. O som ambiente, através do uso de rádios internas ou programação previamente gravada, é mais eficaz que a panfletagem, pois o estímulo sonoro age no momento exato em que o consumidor recebe a mensagem. O paladar e o tato também podem ser explorados no momento da compra, pois os estímulos químicos gerados por eles estão também ligados ao ato da compra.

LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO
Manter sua loja sempre bonita e higienizada também faz toda a diferença para seu consumidor, independentemente de sua classe social. Mostrar capricho e cuidado inspira as pessoas, faz com que elas sintam mais segurança quanto ao que você está oferecendo. Quando se entra num ambiente limpo e agradável, é muito mais fácil que o consumidor se sinta tentado ao ato da compra.

Organizar os produtos de forma clara, com identificações e subdivisões visíveis também facilita que seu cliente encontre o que quer, de maneira rápida e eficaz. Dispor produtos que estejam relacionados uns próximos dos outros também pode ajudar. Tente entender o que seu cliente procura e como ele compra.

AMBIENTE ACONCHEGANTE
Trate bem seu cliente. Um bom atendimento aumenta as chances de efetuar a venda. Treine bem seus vendedores, para que ele possa esclarecer as dúvidas do consumidor da maneira mais clara possível. Ser simpático, atencioso e gentil, sem pressionar as pessoas é muito importante. Coloque-se sempre no lugar de quem está comprando.

Invista em comodidade e segurança. Faça com que seu cliente se sinta confortável, à vontade, em casa. Ter um espaço para um café pode melhorar essa relação e aproximá-lo emocionalmente de sua loja.

É interessante fazer uso dos benefícios destas estratégias para ampliar as vendas. Diversas ideias simples podem fazer a diferença e, com um pouco de vontade, muitas ações desenvolvidas em setores que parecem distantes do nosso podem ser aplicadas com sucesso em nossos negócios.
Quem sair na frente terá todas as vantagens.

Prezadas e Prezados, comentem o artigo e quais as implicações para o mercado publicitário.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Eles querem tudo para já


Uma pesquisa feita pelo instituto Retrato mostra uma juventude impaciente, mas versátil e empreendedora

Por Letícia Sorg, com André Sollitto, Eliseu Barreira Junior e Luíza Karam - Revista Época - Ed. 680 - 30/05/2011

Para as crianças, eles são aspiração. Para os mais velhos, inspiração. Os jovens, com sua beleza, vigor físico e inquietação, servem de referência para o comportamento de toda a população. Por isso é tão importante entendê-los. Uma pesquisa exclusiva feita por ÉPOCA em parceria com o instituto Retrato Pesquisa de Opinião e Mercado mostra que a geração atual de jovens, que está moldando a cara do Brasil, é flexível, empreendedora e surpreendentemente apegada à família. Foram ouvidos 400 jovens de 25 a 30 anos das classes A e B em quatro capitais. As respostas colocam em xeque estereótipos – e ajudam a vislumbrar o futuro próximo do país.

Desde 1960, uma das principais crenças é que para ser jovem é preciso romper com tudo o que veio antes – a começar pela relação com os próprios pais. Para a geração Y ou do milênio, como ficaram conhecidos os nascidos no final dos anos 70 em diante, é diferente. Para ela, a família é fonte de apoio e inspiração. Segundo a pesquisa, a família está no topo da lista de importância – junto com saúde e qualidade de vida –, com a nota máxima: 10. O resultado é corroborado por um estudo da Escola Superior de Marketing e Propaganda (ESPM), que constatou que a família é a instituição em que os jovens mais confiam. “Houve uma aproximação: em vez de romper com os pais, os jovens os admiram”, afirma Lívia Barbosa, antropóloga autora da pesquisa e diretora do Centro Altos Estudos da ESPM.

Em vez de ouvir repreensões dos pais, a publicitária paulistana Mariana Gentile Nobre, de 26 anos, recebeu o apoio deles quando decidiu se casar aos 19, depois de seis meses de namoro. Eles confiaram no amor que a filha sentia pelo então namorado, Alexandre Nobre, enquanto as amigas, inconformadas, diziam que ela perderia a juventude. Mariana, como elas, também pensava em esperar até os 30 para casar, mas mudou de ideia. Hoje, grávida de nove meses de sua primeira filha, a publicitária optou novamente pela família: saiu do emprego numa grande empresa para trabalhar na agência de design gráfico de seu marido e, assim, ter mais flexibilidade de horários. “Prezo pela qualidade de vida e, sobretudo, pela felicidade de minha família”, diz.

Assim como Mariana, os membros da geração Y têm planos e objetivos, mas não se importam de mudá-los. Mais do que olhar para o futuro, eles querem aproveitar o caminho. Segundo um amplo estudo que será divulgado nas próximas semanas pela consultoria especializada em comportamento jovem Box 1824, a ênfase no tempo presente seria consequência do contato com a tecnologia. “O jovem hoje consegue aproveitar as oportunidades que se apresentam quando se apresentam”, diz Carla Maiumy, sócia diretora da Box 1824. “Ele não vive refém do futuro.”

Logo depois de começar o curso de engenharia na Universidade de São Paulo, Gustavo Young, de 27 anos, sabia que não era disso que gostava. Não abandonou a faculdade, mas, em 2004, morando em Londres para aperfeiçoar o inglês, descobriu que seu hobby, a gastronomia, poderia ser sua nova carreira. Ao estagiar num restaurante a convite de uma amiga, descobriu que s poderia usar seus conhecimentos de engenharia para aprimorar as técnicas do preparo dos alimentos e apressar a realização dos pratos. Foi o início de sua bem-sucedida carreira como chef e consultor de gastronomia. “Nunca tive medo de mudar. Só nunca tinha pensado que meu hobby poderia se tornar meu trabalho”, diz Gustavo.

Além de deixar de lado os planos iniciais da engenharia, Gustavo também abandonou a relativa segurança de um emprego numa empresa privada para se tornar um empreendedor. Segundo a pesquisa ÉPOCA/Retrato, 30% dos jovens, se pudessem, escolheriam abrir um negócio próprio. A maioria (39,5%) ainda prefere uma colocação na iniciativa privada, opção mais segura que o empreendedorismo e mais arriscada que o emprego público.

É significativo que quase um terço dos jovens queira ser seu próprio chefe. É possível que o número fosse maior caso o jovem se sentisse mais otimista em relação à economia. Segundo o levantamento, os jovens de hoje são muito inseguros. Numa escala de 0 a 10, a média de preocupação com todos os fatores é 7. Os principais temores dos jovens são o desemprego e a violência urbana. Logo em seguida vêm a inflação e a possibilidade de uma crise econômica. Apesar do bom momento econômico do país, apenas 28% dos jovens acham que seu futuro será melhor que o de seus pais.

Para o economista Sérgio Braga, diretor da Retrato, o pessimismo do jovem brasileiro foi o que mais surpreendeu. É possível, porém, que o resultado reflita as altas expectativas dos jovens para si mesmos – mais do que sua falta de confiança em relação ao futuro. Estudos americanos mostram que a geração Y quer, de imediato, salários altos, horários flexíveis e mais tempo de férias. Eles também exigem atenção constante de seus chefes e querem saber com frequência como estão se saindo no trabalho. “O jovem de hoje é ansioso, tem expectativas muito maiores. É imediatista, quer tudo no presente. E inseguro, precisa de retorno constante”, diz Braga.

Os medos e as insatisfações com o presente, contudo, não estão, no momento, impulsionando a atuação social ou política dos jovens. De acordo com os entrevistados na pesquisa, apesar de a maioria (53,8%) se dizer de centro-esquerda, apenas 23,5% já fizeram algum trabalho social – incluindo apoiar alguma causa on-line. Essa geração tem seus valores sociais. Talvez o principal deles seja o respeito aos direitos humanos. O tema vem em primeiro lugar na lista de importância, antes do casamento, da democracia e de Deus. Mas os jovens de hoje se dizem descrentes da forma tradicional de fazer política – em partidos políticos e militâncias estruturadas – e talvez não tenham encontrado ainda uma forma de atuar no espaço público.

Embora as causas ambientais tenham ganhado relevo nos últimos 30 anos, relativamente poucos jovens decidiram fazer algo contra a degradação do planeta. A paulistana Gabriela Marques, de 23 anos, faz parte de uma minoria – e é até chamada de “ecochata” pelas amigas. Formada em gestão ambiental, ela tem um gaveteiro com minhocas para fazer a compostagem do lixo de sua casa, dá cursos de conscientização ambiental para crianças e até substituiu os absorventes pelos paninhos à moda antiga durante a menstruação. “Busco contribuir para o meio ambiente em tudo o que faço”, afirma Gabriela, que diz não fazer parte de nenhum movimento político.

Thalita Duarte, de 19 anos, estudante do curso de relações internacionais, já usa a internet para tentar engajar mais pessoas em suas causas. Ela faz parte de um projeto social que apoia hospitais e creches. “Costumo pedir ajuda para meus amigos pela internet”, afirma Thalita. Uma das apostas dos pesquisadores é que, a exemplo de Thalita, o engajamento dos jovens aumente à medida que eles aprendam a usar as novas ferramentas para fazer política.

Prezadas e Prezados, comentem o artigo a partir dos conhecimentos debatidos em sala e se posicionem, enquanto jovens, sobre o que a reportagem diz sobre vocês mesmos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O prazer de experimentar

A nova onda do marketing no Brasil é pôr o cliente para testar produtos – de cadeiras de avião a camisinhas

Por Rodrigo Turrer - Revista Época - Ed. 675 - 25/04/2011

O estudante Roger Lima, de 28 anos, ganhou a tarefa dos sonhos de muita gente: testar todo tipo de camisinha e gel lubrificante. Ele foi um dos 100 ganhadores do primeiro concurso para ser um testador da marca de preservativos Prudence, no ano passado. Sua única obrigação era receber e usar, todo mês, kits gratuitos com 50 produtos. “Meus amigos me perguntam qual é a melhor camisinha e quando usar, e eu sei indicar a melhor para cada momento”, diz Roger, em tom de autopropaganda.

Por um ano, Roger avaliou os produtos. “Eu me surpreendi com a variedade de camisinhas e de outros produtos, nunca pensei que houvesse tantos.” O teste acabou se tornando um argumento para sair com mulheres. “A ideia me assustou, fiquei com medo de que elas me achassem um tarado ou pervertido.” Diz ele que ocorreu o contrário. “Elas adoravam, achavam sexy. Teve uma que tentou monopolizar, mas não deixei”, afirma, rindo.

Transformar o consumidor em profundo conhecedor do produto para colher a opinião dele logo depois é uma jogada de marketing comum em outros países. Na Inglaterra, uma cervejaria faz testes semestrais com um seleto grupo de beberrões que atestam – de preferência ainda sóbrios – a qualidade do produto. No Japão e nos Estados Unidos existem “clubes” de experimentadores: os interessados se cadastram, pagam uma anuidade e retiram produtos fornecidos por diversas marcas, de ração para cachorro a TVs de LED. A contrapartida? Preencher formulários com opiniões e informações depois de experimentar.

No Brasil, essa tendência é novidade. No fim do ano passado, a Embraer fez uma parceria com estudantes da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de São Carlos e da Federal de Santa Catarina. Os alunos haviam criado um simulador das condições reais de voo (capaz de reproduzir condições de pressão, temperatura, ruído e vibração). A Embraer cadastrou pessoas acostumadas a viajar de avião para avaliar, no simulador, o que pode ser feito pelo conforto do passageiro. Os testes já começaram.

No ano passado, uma loja só com produtos para teste estreou em São Paulo: o Clube Amostra Grátis. O cliente paga uma taxa anual de R$ 50 e tem direito a retirar cinco produtos por mês na loja, na Vila Madalena. Também pode experimentar inúmeros eletrodomésticos. A empresa já tem mais de 10 mil associados e pretende abrir uma filial no Recife, em julho. A Sample Central, nos Jardins, também segue o conceito de “lojas grátis”: cobra uma anuidade de R$ 15 e permite testes com hora marcada na loja.

As duas formas de incluir o consumidor nos testes de produtos fazem parte de uma jogada de marketing que incentiva a propaganda boca a boca. O jargão chama isso de “tryvertising” – mistura das palavras inglesas “try”, de teste, e “advertising”, de propaganda. “A ideia é estabelecer um contato do cliente com o produto pela experiência direta, que aumenta as chances de ele ser fiel à marca”, afirma David Aaker, professor de marketing da Haas Business School, em Berkeley, na Califórnia. “É uma forma infalível de valorizar a marca porque estufa o ego do consumidor, aproxima o cliente da marca e dá mais chances de a empresa acertar em iniciativas futuras.” A experiência convenceu Roger. “Testar fisicamente todos os produtos de uma marca me fez sentir especial”, diz.

Prezadas e Prezados, o que essa iniciativa por parte das empresas pode nos dizer sobre os estudos do Comportamento do Consumidor?